A luta pela terra e a educação do campo: o caso do assentamento Zé Marcolino, Prata-PB.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BATISTA, Geovânio Lima.
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: https://dx.doi.org/10.52446/cursolecampoCDSA.2015.tccmon.batista
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/5511
Resumo: A luta pela terra no Brasil inicia-se desde a nossa colonização com a formação do latifúndio e a exploração de negros e índios, isso se aprofunda com a constituição do campesinato espoliado pela opressão e da terra pelas oligarquias agrárias. Toda nossa história vai ser marcada pela relação conflituosa e pela busca dos camponeses por ter terra para viver, plantar e morar como afirmação de sua identidade. Através do processo de organização dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, a luta pela reforma agrária, tornou-se uma bandeira central ao longo dos tempos. Na década de 1990, observamos no País a luta pela terra se articular cada vez mais com a luta pela Educação, e daí emergir a concepção da Educação do Campo, como contraposição ao modelo hegemônico de escola existente no meio rural. Esse processo vai ocorrer também no Assentamento Zé Marcolino no Cariri Paraibano, campo de pesquisa e objeto do nosso estudo, que teve como objetivo geral identificar a formação e organização do Assentamento na luta pela terra e pela escola, e qual a percepção que os diferentes sujeitos: lideranças, professoras e assentados tem sobre a organização e a escola. A abordagem qualitativa na perspectiva descritiva (Minayo, 1997), orientou todo o percurso metodológico num diálogo permanente com o método dialético. A revisão da literatura nos ajudou a entender melhor essa relação, dentre os autores consultados destacamos: Arroyo e Fernandes (1999); Caldart (2002 e 2012); Fernandes(2006); Freire (2011) Gohn(1997); Silva (2002, 2009). O trabalho de campo nos possibilitou uma aproximação do contexto social, político e educacional dos moradores, no qual utilizamos instrumentos como observação, questionário e entrevistas semiestruturadas com lideranças, educadoras e famílias assentadas. O que identificamos é que a luta pela educação do campo tem possibilitado, através da organização do Assentamento e do protagonismo das mulheres, gerar grandes transformações na comunidade, que conseguiu construir sua própria escola, através de parceria e da formação de mutirões. O referido espaço vem possibilitando que as crianças do primeiro ciclo do ensino fundamental, tenham acesso a uma educação contextualizada, vinculando sua prática ao universo da cultura da comunidade.
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Na década de 1990, observamos no País a luta pela terra se articular cada vez mais com a luta pela Educação, e daí emergir a concepção da Educação do Campo, como contraposição ao modelo hegemônico de escola existente no meio rural. Esse processo vai ocorrer também no Assentamento Zé Marcolino no Cariri Paraibano, campo de pesquisa e objeto do nosso estudo, que teve como objetivo geral identificar a formação e organização do Assentamento na luta pela terra e pela escola, e qual a percepção que os diferentes sujeitos: lideranças, professoras e assentados tem sobre a organização e a escola. A abordagem qualitativa na perspectiva descritiva (Minayo, 1997), orientou todo o percurso metodológico num diálogo permanente com o método dialético. A revisão da literatura nos ajudou a entender melhor essa relação, dentre os autores consultados destacamos: Arroyo e Fernandes (1999); Caldart (2002 e 2012); Fernandes(2006); Freire (2011) Gohn(1997); Silva (2002, 2009). O trabalho de campo nos possibilitou uma aproximação do contexto social, político e educacional dos moradores, no qual utilizamos instrumentos como observação, questionário e entrevistas semiestruturadas com lideranças, educadoras e famílias assentadas. O que identificamos é que a luta pela educação do campo tem possibilitado, através da organização do Assentamento e do protagonismo das mulheres, gerar grandes transformações na comunidade, que conseguiu construir sua própria escola, através de parceria e da formação de mutirões. O referido espaço vem possibilitando que as crianças do primeiro ciclo do ensino fundamental, tenham acesso a uma educação contextualizada, vinculando sua prática ao universo da cultura da comunidade.The struggle for land in Brazil begins from our settlement with the formation of large estates and the exploitation of blacks and Indians, that deepens with the constitution of the peasantry dispossessed by oppression and land by the agrarian oligarchies. All our history will be marked by the conflicting relationship and the pursuit of peasants to have land to live, grow and live as an affirmation of their identity. Through the process of organization of workers of the field, the struggle for agrarian reform, has become a central flag over time. In the 1990s, observed in the country the struggle for land articulate increasingly to fight for education, and there emerges the concept of Rural Education, as opposed to the existing school hegemonic model in rural areas. This process will also occur on the Settlement Zé Marcolino in Cariri Paraibano, search field and object of our study, we aimed to identify the training and organization of the settlement in the struggle for land and school, and the perception that the different subjects : leaders, teachers and settlers have on these processes. The qualitative approach in descriptive perspective (Minayo, 1997), directed all the methodological itinerary in an ongoing dialogue with the dialectical method. The literature review helped us to better understand this relationship, among the authors consulted include: Arroyo and Fernandes (1999); Caldart (2002 and 2012); Fernandes (2006); Freire (2011) Gohn (1997); Silva (2002, 2009). . The field work enabled us an approximation of social, political and educational advancement of the inhabitants, in which we use tools such as observation, questionnaire and semi-structured interviews with leaders, educators and families settled. The struggle for the field of education has allowed, through the organization of the settlement and the role of women, generate major changes in the community, who managed to build their own school through partnership and joint efforts for training. That space has enabled children aged series of the first grade of primary education, access to a contextual education, linking their practice at the community culture universe.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido - CDSAUFCGSILVA, Maria do Socorro.SILVA, M. S.http://lattes.cnpq.br/6964593101151807OLIVEIRA, Fabiano Custódio de.SILVA, Isaac Alexandre da.BATISTA, Geovânio Lima.2015-03-202019-08-07T17:30:56Z2019-08-072019-08-07T17:30:56Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttps://dx.doi.org/10.52446/cursolecampoCDSA.2015.tccmon.batistahttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/5511BATISTA, Geovânio Lima. A luta pela terra e a educação do campo: o caso do assentamento Zé Marcolino, Prata-PB. 2015. 113f. (Trabalho de Conclusão de Curso – Monografia), Curso de Licenciatura em Educação do Campo, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande, Sumé – Paraíba – Brasil, 2015. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/5511porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2023-06-05T21:22:29Zoai:localhost:riufcg/5511Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512023-06-05T21:22:29Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false
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