Escuta o choro e comemora: nascimento na comunidade quilombola do Grilo-PB.
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34042 |
Resumo: | O presente trabalho que se constitui de um recorte da pesquisa (em andamento), - práticas culturais, memória e a arte de inventar o cotidiano: (re) escrevendo as brincadeiras infantis, cantigas, festas e práticas de cura em três comunidades afrodescendentes paraibanas- toma como objeto/sujeito a comunidade remanescente de quilombola do Grilo, pertence à zona rural do município de Riachão do Bacamarte-PB. Objetivamos perceber como no cotidiano dos sujeitos do grupo negro/rural em questão é representado o nascimento, bem como as transformações pelas quais o mesmo passou, evidenciando as táticas que permitiram tais transformações. Metodologicamente utilizamos a pesquisa bibliográfica, suporte especialmente no que tange ao aparato conceitual acerca do quilombo, assim como a pesquisa de campo, erigida sobre História Oral, por reconhecermos, em tal método, um instrumento de grande importância para o trabalho do historiador, uma vez que nos permite, não apenas entrar em contato com o indivíduo que nos fala, mas por meio dele entramos também em sintonia com o contexto sócio-histórico no qual ele está inserido, já que ativa, segundo Oliveira, citado por Araújo & Santos (2007), a memória coletiva. Nosso estudo está fortemente vinculado à nova história cultural, assim, teoricamente ajudam a costurar nossas análises, sobretudo, Certeau (2002) e Chartier (1990). Do primeiro fazemos uso, especialmente, do conceito de representação e do último, os conceitos de cotidiano e tática. Desse modo, a inventividade do mais fraco é o que esta em relevo nesse estudo, sendo aquela permanente no cotidiano dos quilombolas. Buscamos nas imagens do cotidiano, traços da identidade do Grilo, compreendendo-a, em sintonia com Hall (2002), como definida historicamente, logo passível de transformações, um eterno “por vir”. Devido ao fato da pesquisa estar em andamento, nossas conclusões são preliminares. Entretanto as representações coletivas que emergiram acerca do nascimento evidenciaram o movimento de construção e desconstrução de um sujeito de status, para a comunidade: a parteira. Destacaram ainda a importância da festa no nascimento, que fez do mesmo um dos mais importantes ritos de sociabilidade da comunidade, mas que com a medicalização/mercantilização do nascimento - que passou a acontecer na maternidade - passou por ressignificações que desagregou a participação de outros membros do Grilo, passando a ser um acontecimento vivenciado, majoritariamente, no âmbito da família nuclear. |
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