Representações sociais sobre quedas construídas por idosos: um estudo no Curimataú Ocidental Paraibano.

• Autor(a) principal: MEDEIROS, Michele Caliane Fernandes de.
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8700
• topic: Idoso; Acidentes por quedas; Atenção integral à saúde; Elderly; Accidents by falls; Integral attention to health; Anciano; Accidentes por caídas; Atención integral de salud; Saúde Publica

Nas últimas décadas a população de idosos no Brasil vem aumentando significativamente. Com o comprometimento da capacidade de resposta do idoso secundária às alterações intrínsecas ao envelhecimento, as quedas passam a evidenciar um verdadeiro problema de saúde pública, seja pela elevada prevalência, consequências decorrentes ou altos custos assistenciais. Para a execução de práticas de atenção à saúde eficazes diante da problemática dos episódios de quedas, emerge a necessidade de compreender a percepção subjetiva que os idosos têm acerca desse evento. Dessa forma, objetivou-se neste estudo conhecer as representações sociais sobre quedas construídas por idosos; descrever a caracterização socioeconômica e demográfica dos participantes do estudo; e propor ações de Enfermagem no âmbito da educação em saúde para idosos vulneráveis à ocorrência de quedas e àqueles outrora acometidos. Consta de estudo exploratório-observacional de natureza qualitativa desenvolvido com amostra de 444 idosos domiciliados em cinco municípios do Curimataú ocidental paraibano. Para a coleta de dados utilizou-se uma entrevista semiestruturada e o Teste de Associação Livres de Palavras (TALP) por meio do estímulo indutor “queda” e analisado pelo software EVOC, com vistas à construção da análise e discussão. Os resultados apontam que as representações sociais evidenciadas pelos idosos sobre queda, elencadas no núcleo central, se estruturam por meio de elementos como dor (F=146 e OME=1,856), fratura (F=83 e OME=2,024), medo (F=140 e OME=1,814) e sofrimento (F=68 e OME=2,294). As representações identificadas no núcleo periférico foram: adoecer, cirurgia, dependência, ferimento, fraqueza, gastos, limitação, médico, perigo, problemas, espiritualidade e remédio, denotando uma percepção predominantemente negativa e exigindo intervenções que permitam a prevenção deste evento e consequentemente a desconstrução e reconstrução desse pensamento social. Nessa lógica, é essencial a execução de estratégias que assegurem uma assistência integral e humanizada, sobretudo pela equipe de enfermagem, a todos idosos – vítimas ou não de quedas – envolvendo a promoção, proteção, tratamento e reabilitação da saúde, no âmbito individual e coletivo, com a finalidade de orientá-los quantos aos potenciais fatores predisponentes para quedas e aos cuidados fundamentais cotidianos, preservando, por conseguinte, sua saúde e qualidade de vida.