A escrita de si nos ensaios de Montaigne.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GADELHA, Luísa de Araújo Pereira.
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34101
Resumo: O escritor e filósofo francês Michel de Montaigne (1533-1592), criador do gênero ensaio, propôs-se a fazer um auto-retrato de si mesmo em sua obra, intitulada também Os Ensaios, dividida em três volumes. A escrita de si está presente nos Ensaios a partir das reflexões que o autor faz com base em leituras anteriores de clássicos como Sêneca, Plutarco e Sexto Empírico. Montaigne alia suas experiências pessoais a considerações sobre temas como dor, tristeza, amizade e morte, convidando o leitor à reflexão à medida que fala de si da maneira mais natural e espontânea possível. A obra de Montagine resume bem o humanista que foi, e é estudada até hoje em áreas diversas como Sociologia, Direito, Literatura, História, Pedagogia e Filosofia. Seus pensamentos, à medida que pintam seu autoretrato, nos trazem também reflexões que se mostram, por vezes, atuais, como o relativismo cultural mostrado em Dos canibais, ensaio no qual Montaigne critica aqueles que consideravam os nativos das Américas como uma civilização inferior. A diversidade dos assuntos abordados pelos Ensaios, em que se misturam os mais comuns aos mais profundos, a profusão de máximas, de citações e de anedotas, a morte, a dor, a solidão filosófica e a sabedoria, é constitutiva desse exercício de juízo que caracteriza o ensaio. Montaigne tomou a si como assunto de seu livro, alegando que não havia tarefa mais difícil do que descrever a si próprio. Nosso objetivo, neste trabalho, é fazer uma breve análise da escrita de si no ensaio intitulado Da tristeza - originalmente escrito em 1580, a versão modificada, de 1588, traz em seus acréscimos passagens em que o autor fala de si próprio - do primeiro volume dos Ensaios, com base nos estudiosos Birchal, de Souza Filho, Brody, entre outros, mostrando, assim, a originalidade da composição do humanista francês, que incorporou sua experiência pessoal às suas leituras, notas e citações.
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