Úlceras do pé diabético: caracterização e tratamento de pacientes atendidos em um ambulatório.

• Autor(a) principal: CARVALHO, Gabrielly de Carly Pereira de.
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8446
• topic: Cuidados de enfermagem; Pé diabético; Cicatrização de Feridas; Nursing care; Diabetic foot; Wound Healing; Cuidado de enfermera; Pie diabético; Cicatrización de la herida; Saúde Publica

O diabetes mellitus (DM) é uma doença de complicações multifatoriais, dentre as quais o pé diabético, se caracteriza por comprometimento neural, articular, vascular, infeccioso, sendo 90% por neuropatia. As complicações de extremidades inferiores têm se tornado um crescente e significante problema de saúde. A falta de cuidados, prevenção e adesão ao tratamento, resultam, cada vez mais, no crescimento do percentual de complicações à doença. Metodologia: Este estudo se caracteriza como descritivo, com abordagem quantitativa. Foi realizado com pacientes do ambulatório de pé diabético do Hospital Universitário Alcides Carneiro, situado no município de Campina Grande-PB, foram entrevistados 56 pacientes, para a coleta de dados, investigou-se aspectos relacionados a dados sociodemográficos, perfil clínico, caracterização da ferida e tratamento, sendo utilizadas as escalas de Pressure Ulcer Scale for Healing (PUSH), Barbara Bates-Jensen e Classificação da Ferida de Wagner. Resultados: Os resultados dos dados tem como faixa etária de 67-75 anos, com 18 (32,5%), masculino 35 (62,5%), casados 32 (57,1%), aposentados 40 (71,4%), com renda familiar de um salário mínimo 38 (67,8%). Estão no grupo dos não fumantes e do não uso ao álcool com 53 (94,6%), 40 (71,4%) tem parentes com DM, o tempo de diagnóstico 15 (26,7%) de 14-19 anos, 31 (55,3%) com lesão no pé de 1 à 10 anos, o tipo de DM 2, com 53 (94,6%). O local mais acometido é a região da fáscia plantar, 27 (48,2%), têm área de 12,1-24cm²; 31 (55,3%), sendo sensorial, 42 (75%) apresentam Grau 1 da lesão. Produtos da limpeza no ambulatório clorexidina 0,2% e soro fisiológico 0,9% 56 (87,5%), na residência o uso sabão neutro 24 (42,8%), o produto utilizado na ferida é o Ácido Graxo Essencial (A. G. E.), com 45 (80,3%). Os próprios pacientes trocam o curativo, 20 (35,7%). A maioria realizou desbridamento com 43 (76,7%), o cirúrgico, com 15 (26,7%). Quanto a utilização de medicamentos, a insulina com 35 (62,5%), seguida pelo uso de metformina com 15 (26,7%), losartan 9 (16,1%). Conclusão: A pesquisa em questão, visou contribuir com a responsabilidade do profissional de enfermagem quanto ao conhecimento dos pacientes tratados no ambulatório de um Hospital-Escola, sendo de suma importância à análise crítica do tipo de tratamento disponível nos serviços públicos.