Prevalência da sífilis gestacional e congênita no Brasil nos últimos 15 anos: uma revisão sistemática.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BARROS, Hanna Sthefanie Tavares
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: CALÚ, Maria Eduarda Costa.
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30777
Resumo: A sífilis é uma doença sexualmente transmissível com grande impacto na saúde pública e que pode ocorrer também nas formas gestacional e congênita. A transmissão vertical da sífilis, quando não evitada precocemente, pode gerar repercussões ao concepto, sendo que as taxas de transmissão refletem a qualidade da assistência pré-natal. OBJETIVOS: Demonstrar a prevalência e/ou incidência de sífilis gestacional e congênita no Brasil nos últimos 15 anos. MÉTODO: Estudo de Revisão Sistemática, para a qual foram pesquisados artigos científicos completos do tipo Corte Transversal ou Coorte sobre a prevalência da sífilis gestacional e congênita no Brasil nos últimos 15 anos, utilizando-se os descritores: “prevalência”, “sífilis gestacional”, “sífilis congênita”, “Brasil” em português e seus correspondentes em inglês, nos Bancos de Dados Virtuais: LILACS, MEDLINE, Pubmed e Scielo nos idiomas português, inglês e espanhol. RESULTADOS: A prevalência da sífilis gestacional variou entre 1,02% e 1,9 %, nas mulheres avaliadas. A prevalência por região brasileira apresentou pouca variação entre 2006 e 2014, estando a mesma em todas as regiões, acima do valor estipulado pelo Ministério da Saúde como meta a ser alcançada no Brasil até o ano 2015. A maioria dos estudos mostrou maior prevalência entre mulheres não brancas (72,9%), na faixa etária de vinte ou mais anos (81,6%), com baixa escolaridade (74,1%) e que realizaram acompanhamento pré-natal adequado (68,2%). Em dois estudos que demonstraram a prevalência por macrorregião do Brasil, observou-se uma variação de 0,6% no Sul a 1,5% no Norte em 2007, e de 0,76% no Norte a 1,1% no Sul em 2014. Já a sífilis congênita teve sua incidência, em número de nascidos vivos, que variou de 2/1000 a 39,4/1000. A taxa de transmissão vertical nacional foi alta, sendo uma média de 34,3% e a maior, verificada no Nordeste (37,9%). CONCLUSÃO: O perfil epidemiológico das pacientes mostrou mulheres pardas, na faixa etária de vinte ou mais anos, com baixa escolaridade e, mas que realizaram acompanhamento pré-natal adequado. Apesar da discreta diminuição nos últimos anos, a sífilis gestacional e congênita continuam prevalentes em todas as regiões do Brasil. Houve pouca variação da primeira por região brasileira, sendo o valor estimado superior às metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. A prevalência observada foi maior nas regiões Norte e Nordeste. Quanto à sífilis congênita, a transmissão vertical foi alta em todas as regiões brasileiras. O encaminhamento do concepto infectado para tratamento em serviços adequados foi pouco frequente, talvez devido à ausência de sintomas no período neonatal, ou à falta de registro desses sintomas. Esses dados apontam para falhas na atenção à saúde da gestante no acompanhamento pré-natal e do concepto, no período neonatal referentes às pacientes que apresentam o perfil da população estudada.
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MÉTODO: Estudo de Revisão Sistemática, para a qual foram pesquisados artigos científicos completos do tipo Corte Transversal ou Coorte sobre a prevalência da sífilis gestacional e congênita no Brasil nos últimos 15 anos, utilizando-se os descritores: “prevalência”, “sífilis gestacional”, “sífilis congênita”, “Brasil” em português e seus correspondentes em inglês, nos Bancos de Dados Virtuais: LILACS, MEDLINE, Pubmed e Scielo nos idiomas português, inglês e espanhol. RESULTADOS: A prevalência da sífilis gestacional variou entre 1,02% e 1,9 %, nas mulheres avaliadas. A prevalência por região brasileira apresentou pouca variação entre 2006 e 2014, estando a mesma em todas as regiões, acima do valor estipulado pelo Ministério da Saúde como meta a ser alcançada no Brasil até o ano 2015. A maioria dos estudos mostrou maior prevalência entre mulheres não brancas (72,9%), na faixa etária de vinte ou mais anos (81,6%), com baixa escolaridade (74,1%) e que realizaram acompanhamento pré-natal adequado (68,2%). Em dois estudos que demonstraram a prevalência por macrorregião do Brasil, observou-se uma variação de 0,6% no Sul a 1,5% no Norte em 2007, e de 0,76% no Norte a 1,1% no Sul em 2014. Já a sífilis congênita teve sua incidência, em número de nascidos vivos, que variou de 2/1000 a 39,4/1000. A taxa de transmissão vertical nacional foi alta, sendo uma média de 34,3% e a maior, verificada no Nordeste (37,9%). CONCLUSÃO: O perfil epidemiológico das pacientes mostrou mulheres pardas, na faixa etária de vinte ou mais anos, com baixa escolaridade e, mas que realizaram acompanhamento pré-natal adequado. Apesar da discreta diminuição nos últimos anos, a sífilis gestacional e congênita continuam prevalentes em todas as regiões do Brasil. Houve pouca variação da primeira por região brasileira, sendo o valor estimado superior às metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. A prevalência observada foi maior nas regiões Norte e Nordeste. Quanto à sífilis congênita, a transmissão vertical foi alta em todas as regiões brasileiras. O encaminhamento do concepto infectado para tratamento em serviços adequados foi pouco frequente, talvez devido à ausência de sintomas no período neonatal, ou à falta de registro desses sintomas. Esses dados apontam para falhas na atenção à saúde da gestante no acompanhamento pré-natal e do concepto, no período neonatal referentes às pacientes que apresentam o perfil da população estudada.Syphilis is a sexually transmitted disease with a great impact in public health which can also occur in maternal and congenital forms. The vertical transmission of syphilis, when not early prevented, can bring repercussions to the fetus, with transmission rates reflecting the quality of prenatal care. OBJECTIVE: Demonstrate maternal and congenital syphilis prevalence and/or incidence in Brazil in the last 15 years. METHODS: A Sistematic Review Study, for which were searched cross-sectional and cohort complete scientific articles about maternal and congenital syphilis prevalence in Brazil in the last 15 years, using the descriptors: “prevalence”, “syphilis in pregnant women”, “congenital syphilis”, “Brazil” in portuguese and its english correspondents in virtual databases: LILACS, MEDLINE, Pubmed and Scielo in Portuguese, English and Spanish languages. RESULTS: The prevalence of maternal syphilis ranged between 1,02% and 1,9% in the women evaluated. The prevalence by Brazilian regions presented discreet variation between 2006 and 2014, being the same in all regions and above the established value as goal by the Ministry of Health to be reached in Brazil until 2015. Most of studies showed higher prevalence among non-white women (72,9%), in the age group older than 20 years (81,6%), with low schooling (74,1%) and the ones who performed adequate prenatal care (68,2%). In two studies that demonstrated the prevalence by Brazilian regions, it was observed a variation between 0,6% in South Region and 1,5% in North Region in 2007, and from 0,76% in North Region to 1,1% in South Region in 2014. Congenital syphilis had its incidence, in number of live birth, ranging from 2/1000 to 39,4/1000. National vertical transmission rate was high, an average of 34,3%, which its highest percentage was verified in Brazil’s Northeast (37,9%). CONCLUSION: Patients epidemiologic profile are brown women, older than 20 years, with low schooling and who performed adequate prenatal care. Although the discrete decrease in the last few years, maternal and congenital syphilis are still prevalent in all regions of Brazil. There was little variation in maternal syphilis considering the Brazilian regions, with estimated values above the goals that Ministry of Health has established. Higher prevalences were observed in North and Northeast of Brazil. Due to the presence of a social component, it turns to be necessary to implement health and education public policies, to achieve the established goals for this pathology. As for congenital syphilis, the vertical transmission was high in all Brazilian regions. The referral of infected concept to be treated in adequate services was infrequent, perharps due to the absence of symptoms in neonatal period or the lack of registration of the symptoms. These data point to failures in health care of pregnant women, in prenatal care, and to the concept, in neonatal period referring to those patients who present the profile of the studied population.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBSUFCGDANTAS, Deborah Rose Galvão.DANTAS, D. R. G. D.DANTAS, DEBORAH ROSE GALVÃO.DANTAS, DEBORAH ROSE GALVÃO.http://lattes.cnpq.br/8835093220021812BARROS, Andréa de Amorim Pereira.BARROS, Andréa de Amorim Pereira.http://lattes.cnpq.br/5113645566356581FIGUEIREDO, Evânia Claudino Queiroga de.FIGUEIREDO, E. C. Q.Figueiredo, Evânia Claudino Q.FIGUEIREDO, EVÂNIA CLAUDINO QUEIROGA DE.FIGUEIREDO, EVANIA C. Q. DE.http://lattes.cnpq.br/3991247272492124TRINDADE, Mônica Cavalcanti.FIGUEIREDO, M. C. T.TRINDADE, M. C.http://lattes.cnpq.br/2398664562552146BARROS, Hanna Sthefanie TavaresCALÚ, Maria Eduarda Costa.2017-12-192023-07-11T17:22:59Z2023-07-112023-07-11T17:22:59Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30777BARROS, Hanna Sthefanie Tavares. CALÚ, Maria Eduarda Costa. Prevalência da sífilis gestacional e congênita no Brasil nos últimos 15 anos: uma revisão sistemática. 2017. 43f. 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