Estudo comparativo de duas doses de lidocaína 2% para bloqueio do nervo pudendo em gatos.

• Autor(a) principal: OLIVEIRA, Lídia Virginia da Silva Xavier de.
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24189
• topic: Anestesiologia Veterinária; Lidocaína 2%; Bloqueio do nervo pudendo - gatos; Gatos - bloqueio do nervo pudendo; Anestesia perineural; Anestesia em gatos; Veterinary Anesthesiology; Lidocaine 2%; Pudendal nerve block - cats; Cats - pudendal nerve block; Perineural anesthesia; Anesthesia in cats; Medicina Veterinária

A doença do trato urinário inferior dos felinos é uma síndrome patológica de etiologia complexa, com vários fatores predisponentes, que pode levar o animal à obstrução uretral. Uma vez diagnosticada seu tratamento é emergencial, procura-se estabilizar o animal, restabelecer a passagem da uretra e corrigir quaisquer distúrbios causados pela doença. Entre os tipos de anestesia utilizados destaca-se a anestesia locorregional por sua segurança, simplicidade e eficácia. O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos de duas doses de lidocaína para bloqueio do nervo pudendo em gatos saudáveis. O experimento foi realizado nas instalações do Biotério pertencente ao Centro de Saúde e Tecnologia Rural da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos - PB. Nove gatos machos, saudáveis, pesando em média 3,5 ± 0,5 kg foram usados. Cada animal foi pesado antes de cada procedimento anestésico, contido, submetido à anestesia geral por indução inalatória, e logo depois se realizou a técnica anestésica de bloqueio do nervo pudendo. Cada animal foi submetido a dois protocolos de bloqueio com um intervalo de 15 dias entre cada anestesia: 0,05 mL/kg (grupo A) e 0,1 mL/kg (grupo B), bilateralmente. Foram avaliados: latência, extensão e duração do bloco de anestésico; lateral e medial reflexos interdigitais; reflexo anal; e a postura/marcha. O bloqueio do nervo pudendo ocorreu em apenas dois animais no grupo A e cinco animais do grupo B. sobre o período de latência, não houve diferença entre os grupos, e foi de um minuto. No grupo A, período anestésico de 31 ± 2 minutos foi observado e no Grupo B 33 ± 15 minutos, sem diferença estatística. Quanto à extensão do bloqueio avaliada pela sondagem uretral, nos animais do grupo A e B, em que a anestesia perineural foi eficaz, não houve diferença estatística pela passagem da sonda através do óstio uretral, esfíncter uretral externo, uretra peniana e uretra pélvica. Não havia nenhuma diferença estatística entre os grupos sobre os reflexos interdigitais analisados. Houve diferença significativa em relação ao reflexo anal em alguns momentos no grupo B e entre os grupos. Em dois animais do grupo A, houve bloqueio concomitante do nervo ciático, enquanto no grupo B isso ocorreu em quatro animais. Pode-se concluir, pelos resultados do experimento, que a utilização da lidocaína na dose de 0,1 mL/kg/nervo para bloqueio do nervo pudendo, é efetiva na maioria dos animais, e a redução da dose para 0,05 mL/kg/nervo diminui esta efetividade e não evita o bloqueio concomitante do nervo ciático