Avaliação clínica de crianças acompanhadas pelo Programa de Atenção Integral à Criança com Asma (PROAICA).

• Autor(a) principal: SOUSA, Joelma Aurélio de.
• Data de Publicação: 2016
• Outros Autores: MACIEL, Rayani Oliveira.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8118
• topic: Asma - criança; PROAICA; Saúde pública; Asma- perfil de impacto da doença; Asthma - Child; Public health; Asthma- disease impact profile; Medicina.

A asma tornou-se um importante problema de saúde pública, nas últimas décadas, visto o significativo crescimento da sua prevalência e mortalidade. Desde 1996, as entidades médicas e governamentais promoveram a criação de consensos sobre o assunto com o objetivo de programar medidas para melhorar a assistência médica e reduzir a morbimortalidade dessa enfermidade. Nesse contexto, surgiram programas de controle da asma em várias regiões do país, dentre eles o Programa de Atenção Integral à Criança com Asma (PROAICA), em Fortaleza, Ceará. Percebe-se que há crescente discussão sobre o tema no meio médico, mas existem poucos estudos que avaliem o impacto clínico do PROAICA. Essa pesquisa tem como objetivos avaliar a resposta clínica de crianças participantes do programa e verificar a relação da evolução clínica com à adesão ao tratamento medicamentoso e/ou ambiental. Para isso foi realizado um estudo documental retrospectivo descritivo analítico, através de dados coletados de prontuários de pacientes que participaram do programa na Unidade de Saúde Lineu Jucá, em Fortaleza-Ceará, no período de 2009 a 2014. Esses dados foram armazenados e processados usando o programa Epi Info 7.0 s. Os resultados mostraram melhora clínica dos pacientes após o inicio da participação no programa, assim como melhora na classificação de gravidade da asma quando se compara a primeira à ultima consulta médica. Houve aumento de 28,06% nos pacientes classificados como intermitente, redução de 20,15% dos casos persistentes leves e diminuição de 10,79% nos classificados como persistente moderado. No entanto, ocorreu um aumento de 2,88% de pacientes graves. Houve melhora na classificação de controle clinico, com aumento de 26,77% de pacientes com asma controlada e redução de 19,72% e 7,05%, respectivamente, nos pacientes com classificação parcialmente controlada e não controlada. Houve redução significativa da frequência das crises, do absenteísmo escolar, do atendimento em emergências e hospitalizações nas crises. Constatou-se também maior tolerância aos exercícios físicos e adesão ao tratamento medicamentoso, este último influenciou diretamente a redução das crises asmáticas. No entanto, não constavam informações sobre o controle ambiental na maioria dos prontuários e, naqueles que constavam o registro, a maior parte dos pacientes não realizava esse controle. Os dados analisados mostram a importância do programa e sua colaboração para o controle da asma, facilitando a melhor visualização das dificuldades ainda encontradas em sua implementação de modo a promover possíveis mudanças para garantir um melhor atendimento e maior efetividade do PROAICA.