Destinação de resíduos orgânicos e efluentes de abatedouro para produção de biogás.
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33600 |
Resumo: | O impacto ambiental desencadeado por atividades antropogênicas no ecossistema é altamente dependente da magnitude que se realiza o processo produtivo do metabolismo social, sem preocupação com o meio ambiente. Segundo Pacheco (2008), o setor cárneo nacional, após alto investimento nos elos da cadeia produtiva, sofreu acelerada expansão na criação e, consequentemente, no aumento do despejo de resíduos no meio ambiente. Os efluentes líquidos agroindustriais, também conhecidos por águas residuais do processo de produção, são gerados inevitavelmente. Esses efluentes podem provocar impactos ambientais negativos ao meio ambiente, devido às suas características físico-químicas decorrentes principalmente da alta carga orgânica que apresentam, e que se não tratados podem via a acarretar a poluição dos corpos hídricos, eutrofização, poluição do solo, proliferação de vetores e doenças, entre outros (KAZMIERCZAK, et al., 2016). Segundo o Art. 21 do Decreto nº 30.691/52 da Lei Federal nº 1.283/50, que especifica a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal, a definição de matadouro, abatedouro ou frigorífico é o estabelecimento dotado de instalações adequadas para a matança de quaisquer das espécies de açougue, visando o fornecimento de carne em natureza ao comércio interno, com ou sem dependências para industrialização. Os efluentes do matadouro compreendem uma mistura de gorduras, proteínas e fibras, resultando em um alto teor de matéria orgânica e nos resíduos, parcialmente solubilizado, que podem causar um efeito contaminante nos rios e ao sistema de esgoto, se não tratados (KOBYA et al., 2005; AL-MUTAIRI, 2006). Para Cardoso (2015), parte dos problemas ambientais decorrentes dos abates de bovinos são resultantes do pouco, ou não tratamento, do efluente gerado a partir das várias etapas de abate dos animais. Embora o tratamento destes resíduos seja obrigatório por lei (Resoluções 357/2005 e 385/2007 do CONAMA), a fiscalização dos pequenos abatedouros não é rotineira e criteriosa os resíduos dos mesmos muitas vezes são descartados sem tratamento no meio ambiente, frequentemente nos recursos hídricos. As indústrias estão cada vez mais preocupadas em atingir e demonstrar desempenho ambiental correto, que seja coerente com a política adotada pela empresa e seus objetivos ambientais. Agem assim dentro do contexto da legislação cada vez mais exigente, do desenvolvimento de políticas econômicas, e outras medidas visando adotar a proteção ao meio ambiente, e da crescente preocupação das partes interessadas em relação às questões ambientais e ao desenvolvimento sustentável (NBR ISO 14001, 2004). U ma técnica amplamente empregada no tratamento de resíduos em matadouros ou abatedouros é a biodigestão anaeróbia para captação destes gases, sendo apontada como um dos melhores processos para o tratamento de efluentes oriundos de abatedouros (GAVRILESC & CHISTI, 2005). Segundo Salerno et al. (2015), os biodigestores equipamentos que possibilitam o reaproveitamento de detritos para gerar gás e adubo, também chamados de biogás e biofertilizantes que podem ser alimentados com restos de alimentos e fezes de animais, acrescidos de água, transformando estes resíduos em biogás. De acordo com estudos de Oliveira (2011), uso do biogás não traz ganhos econômicos devido à redução dos gastos com combustíveis, mas também traz ganhos ambientais. Nesta temática o presente trabalho tem objetivo estudar a viabilidade ambiental da construção de biodigestores em pequenos matadouros públicos utilizados no tratamento de efluentes (resultantes da matança de bovinos, suínos, caprinos e ovinos) e sua implantação na geração de biogás. |
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Destinação de resíduos orgânicos e efluentes de abatedouro para produção de biogás.Disposal of organic waste and slaughterhouse effluents for biogas production.Resíduos orgânicos de abatedouroEfluentes de abatedouroBiogás - produçãoBiodigestoresMatadouros públicos - biodigestoresResíduos de abatedouros - produção de biogásOrganic slaughterhouse wasteSlaughterhouse effluentsBiogas - productionBiodigestersPublic slaughterhouses - biodigestersSlaughterhouse waste - biogas productionEcologia.O impacto ambiental desencadeado por atividades antropogênicas no ecossistema é altamente dependente da magnitude que se realiza o processo produtivo do metabolismo social, sem preocupação com o meio ambiente. Segundo Pacheco (2008), o setor cárneo nacional, após alto investimento nos elos da cadeia produtiva, sofreu acelerada expansão na criação e, consequentemente, no aumento do despejo de resíduos no meio ambiente. Os efluentes líquidos agroindustriais, também conhecidos por águas residuais do processo de produção, são gerados inevitavelmente. Esses efluentes podem provocar impactos ambientais negativos ao meio ambiente, devido às suas características físico-químicas decorrentes principalmente da alta carga orgânica que apresentam, e que se não tratados podem via a acarretar a poluição dos corpos hídricos, eutrofização, poluição do solo, proliferação de vetores e doenças, entre outros (KAZMIERCZAK, et al., 2016). Segundo o Art. 21 do Decreto nº 30.691/52 da Lei Federal nº 1.283/50, que especifica a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal, a definição de matadouro, abatedouro ou frigorífico é o estabelecimento dotado de instalações adequadas para a matança de quaisquer das espécies de açougue, visando o fornecimento de carne em natureza ao comércio interno, com ou sem dependências para industrialização. Os efluentes do matadouro compreendem uma mistura de gorduras, proteínas e fibras, resultando em um alto teor de matéria orgânica e nos resíduos, parcialmente solubilizado, que podem causar um efeito contaminante nos rios e ao sistema de esgoto, se não tratados (KOBYA et al., 2005; AL-MUTAIRI, 2006). Para Cardoso (2015), parte dos problemas ambientais decorrentes dos abates de bovinos são resultantes do pouco, ou não tratamento, do efluente gerado a partir das várias etapas de abate dos animais. Embora o tratamento destes resíduos seja obrigatório por lei (Resoluções 357/2005 e 385/2007 do CONAMA), a fiscalização dos pequenos abatedouros não é rotineira e criteriosa os resíduos dos mesmos muitas vezes são descartados sem tratamento no meio ambiente, frequentemente nos recursos hídricos. As indústrias estão cada vez mais preocupadas em atingir e demonstrar desempenho ambiental correto, que seja coerente com a política adotada pela empresa e seus objetivos ambientais. Agem assim dentro do contexto da legislação cada vez mais exigente, do desenvolvimento de políticas econômicas, e outras medidas visando adotar a proteção ao meio ambiente, e da crescente preocupação das partes interessadas em relação às questões ambientais e ao desenvolvimento sustentável (NBR ISO 14001, 2004). U ma técnica amplamente empregada no tratamento de resíduos em matadouros ou abatedouros é a biodigestão anaeróbia para captação destes gases, sendo apontada como um dos melhores processos para o tratamento de efluentes oriundos de abatedouros (GAVRILESC & CHISTI, 2005). Segundo Salerno et al. (2015), os biodigestores equipamentos que possibilitam o reaproveitamento de detritos para gerar gás e adubo, também chamados de biogás e biofertilizantes que podem ser alimentados com restos de alimentos e fezes de animais, acrescidos de água, transformando estes resíduos em biogás. De acordo com estudos de Oliveira (2011), uso do biogás não traz ganhos econômicos devido à redução dos gastos com combustíveis, mas também traz ganhos ambientais. Nesta temática o presente trabalho tem objetivo estudar a viabilidade ambiental da construção de biodigestores em pequenos matadouros públicos utilizados no tratamento de efluentes (resultantes da matança de bovinos, suínos, caprinos e ovinos) e sua implantação na geração de biogás.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilUFCG20182023-12-14T18:58:37Z2023-12-142023-12-14T18:58:37Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33600ANDRADE, Rômulo Wilker Neri de; SANTOS, Adriana Maria dos; NASCIMENTO, Gypson Dutra Junqueira. Destinação de resíduos orgânicos e efluentes de abatedouro para produção de biogás. In: CIRNE, Luiza Eugênia da Mota Rocha et al. Campina Gestão integrada de resíduos: universidade e comunidade. Grande - PB: EPGRAF, 2018. v.3. (Coletânea de publicações do 8th International Symposium on Residue Management in Universities). ISBN: 978-85-60307-31-9. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33600porANDRADE, Rômulo Wilker Neri deSANTOS, Adriana Maria dos.NASCIMENTO, Gypson Dutra Junqueira.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2023-12-14T18:59:08Zoai:localhost:riufcg/33600Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512023-12-14T18:59:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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O impacto ambiental desencadeado por atividades antropogênicas no ecossistema é altamente dependente da magnitude que se realiza o processo produtivo do metabolismo social, sem preocupação com o meio ambiente. Segundo Pacheco (2008), o setor cárneo nacional, após alto investimento nos elos da cadeia produtiva, sofreu acelerada expansão na criação e, consequentemente, no aumento do despejo de resíduos no meio ambiente. Os efluentes líquidos agroindustriais, também conhecidos por águas residuais do processo de produção, são gerados inevitavelmente. Esses efluentes podem provocar impactos ambientais negativos ao meio ambiente, devido às suas características físico-químicas decorrentes principalmente da alta carga orgânica que apresentam, e que se não tratados podem via a acarretar a poluição dos corpos hídricos, eutrofização, poluição do solo, proliferação de vetores e doenças, entre outros (KAZMIERCZAK, et al., 2016). Segundo o Art. 21 do Decreto nº 30.691/52 da Lei Federal nº 1.283/50, que especifica a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal, a definição de matadouro, abatedouro ou frigorífico é o estabelecimento dotado de instalações adequadas para a matança de quaisquer das espécies de açougue, visando o fornecimento de carne em natureza ao comércio interno, com ou sem dependências para industrialização. Os efluentes do matadouro compreendem uma mistura de gorduras, proteínas e fibras, resultando em um alto teor de matéria orgânica e nos resíduos, parcialmente solubilizado, que podem causar um efeito contaminante nos rios e ao sistema de esgoto, se não tratados (KOBYA et al., 2005; AL-MUTAIRI, 2006). Para Cardoso (2015), parte dos problemas ambientais decorrentes dos abates de bovinos são resultantes do pouco, ou não tratamento, do efluente gerado a partir das várias etapas de abate dos animais. Embora o tratamento destes resíduos seja obrigatório por lei (Resoluções 357/2005 e 385/2007 do CONAMA), a fiscalização dos pequenos abatedouros não é rotineira e criteriosa os resíduos dos mesmos muitas vezes são descartados sem tratamento no meio ambiente, frequentemente nos recursos hídricos. As indústrias estão cada vez mais preocupadas em atingir e demonstrar desempenho ambiental correto, que seja coerente com a política adotada pela empresa e seus objetivos ambientais. Agem assim dentro do contexto da legislação cada vez mais exigente, do desenvolvimento de políticas econômicas, e outras medidas visando adotar a proteção ao meio ambiente, e da crescente preocupação das partes interessadas em relação às questões ambientais e ao desenvolvimento sustentável (NBR ISO 14001, 2004). U ma técnica amplamente empregada no tratamento de resíduos em matadouros ou abatedouros é a biodigestão anaeróbia para captação destes gases, sendo apontada como um dos melhores processos para o tratamento de efluentes oriundos de abatedouros (GAVRILESC & CHISTI, 2005). Segundo Salerno et al. (2015), os biodigestores equipamentos que possibilitam o reaproveitamento de detritos para gerar gás e adubo, também chamados de biogás e biofertilizantes que podem ser alimentados com restos de alimentos e fezes de animais, acrescidos de água, transformando estes resíduos em biogás. De acordo com estudos de Oliveira (2011), uso do biogás não traz ganhos econômicos devido à redução dos gastos com combustíveis, mas também traz ganhos ambientais. Nesta temática o presente trabalho tem objetivo estudar a viabilidade ambiental da construção de biodigestores em pequenos matadouros públicos utilizados no tratamento de efluentes (resultantes da matança de bovinos, suínos, caprinos e ovinos) e sua implantação na geração de biogás. |
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