Controle de qualidade físico-químico das folhas de ora-pro-nobis (Pereskia aculeata) comercializadas no município de Santa Cruz -RN.

• Autor(a) principal: MEDEIROS, Izabelle Ohane Xavier de.
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35910
• topic: Pereskia aculeata Miller; Plantas medicinais; Controle de qualidade; Plantas medicinais – Santa Cruz – RN; Medicinal plants; Control quality; Medicinal plants – Santa Cruz – RN; Plantas medicinales; Controlar calidad; Plantas medicinales – Santa Cruz – RN; Farmácia

As plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos são reconhecidos no Brasil como uma alternativa terapêutica para grande parte da população, sendo utilizadas com finalidade de aliviar ou curar enfermidades. Na medicina popular a Pereskia aculeata, popularmente conhecida como ora-pro-nóbis, é detentora de propriedades medicinais cicatrizantes e anti- inflamatórias. Pode ser indicada no tratamento da anemia, queimaduras e sífilis, apresentando ainda propriedades emolientes, analgésicas, expectorante, anticonceptivas e antitumorais. Nessa perspectiva, o presente trabalho se propôs a avaliar os parâmetros físico-químicos de qualidade e a fitoquímica de quatro amostras de Pereskia aculeata (A, B, C e D) comercializadas no município de Santa Cruz-RN. Para tanto, foi realizada a análise dos aspectos morfológicos das folhas, material estranho e ensaios para determinação do teor de umidade, cinzas totais, resíduo seco e pH, além da determinação de grupos fitoquímicos e a caracterização microscópica. Os resultados obtidos para as quatro amostras de Pereskia aculeata foram comparados entre si e com a literatura existente. Para os aspectos morfológicos, as amostras A e B apresentam coloração verde escura, com formato elíptico a lanceolado, planas, base cuneada, carnosas e glabras, enquanto as amostras C e D eram rasurados com aparência de uma mistura de folhas, caule e espinhos com coloração amarela predominante e fragmentos de cor verde. O teor de material estranho foi maior que as especificações farmacopeicas para todas as amostras; o teor de umidade variou de 9,07% a 10,88% entre as amostras; as cinzas totais ficaram na faixa de 4,13% a 8,20%; resíduo seco de 0,04 ± 0,01 a 0,14 ± 0,01; pH ácido de 4,88 a 5,75. A triagem fitoquímica identificou forte presença de compostos fenólicos em todas as amostras e a presença de flavonoides nas amostras A e B. Na análise microscópica, foi possível observar a ausência de estômatos na face abaxial da folha e a presença de estômatos do tipo anomocítico na face abaxial. Enquanto os fragmentos das amostras C e D revelaram a presença de cristais de oxalato de cálcio na forma de drusas. Os resultados evidenciam a necessidade de mais estudos a fim de padronizar valores nos parâmetros físico-químicos, para, então, atestar a qualidade do material analisado. Os dados também revelam o potencial terapêutico da espécie, sobretudo pela presença de compostos fenólicos com ação antioxidante e anti-inflamatória.