Complicações de pé diabético em pessoas atendidas em um ambulatório de curativos.

• Autor(a) principal: CHAVES, Carlos Emmanuel Gonçalves.
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24682
• topic: Diabetes mellitus; Pé diabético; Educação em saúde; Autocuidado; Diabetic foot; Health education; Self care; Pie diabético; Educación para la salud; Cuidados personales; Enfermagem

O Diabetes Mellitus se caracteriza como um grupo de distúrbios metabólicos de múltiplas causas, nos quais apresentam a hiperglicemia como um fator predominante, causada por alterações na ação da insulina, na secreção deste hormônio ou até mesmo uma combinação desses fatores. Muitos profissionais de saúde ainda não se atentam para uma assistência qualificada à pessoa com Diabetes mellitus. Aproximadamente 40 a 70% das amputações não traumáticas estão diretamente relacionadas ao pé diabético e 85% das amputações em pessoas com Diabetes mellitus ocorrem após ulcerações, sendo a neuropatia periférica, traumatismos e deformidades os principais fatores causais. Dessa forma, esta pesquisa tem como objetivo principal investigar a ocorrência das complicações de pé diabético em pessoas atendidas no ambulatório de curativos de um hospital escola do município de Campina Grande, PB. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva, com abordagem quantitativa, realizada em um ambulatório de atendimento de pacientes com úlceras nos pés, decorrentes do Diabetes mellitus, localizado no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), no município de Campina Grande, PB. A população foi composta por usuários atendidos no referido serviço e a pesquisa se deu com 38 participantes. A coleta de dados ocorreu de abril a maio de 2018, com a aplicação de um questionário com anamnese e exame físico dos participantes. Os dados obtidos nos questionários foram analisados quantitativamente por meio do pacote estatístico SPSS (Statistical Package for Social Sciences) – versão 20.0. Resultados e discussão: Das 38 pessoas entrevistadas, verificou-se uma prevalência de DM2 (97,4%), com uma faixa etária média de 58,45 anos, sendo na maioria no sexo masculino (76,3%), com ensino fundamental incompleto (52,6%). A maioria (71,1%) relatou fazer o controle glicêmico somente após o agravamento da doença. A pesquisa apontou ainda que 94,7% tinham duas ou mais alterações neuropáticas nos pés, 36,8% apresentavam neuropatia, que afetava a coordenação motora, 34,2% possuíam duas ou mais alterações evidentes de deformidades; 42,1% não sentiam dor neuropática, contudo 86,8% tinham ferida aberta e 63,2% dos participantes apresentavam algum tipo de amputação em membros inferiores. Mais de 78% das pessoas utilizavam calçados inadequados e 64,8% tinham higiene adequada dos pés. Conclusão: Houve um maior número de casos de Diabetes mellitus tipo II, além de um maior predomínio em homens com complicações de pé diabético, visto que eles têm maior dificuldade para o autocuidado. Foi perceptível um grande número alterações nos pés dos participantes. Percebeu-se também, que mais da metade dos participantes são bem orientados em relação cuidado as complicações nos pés, porém, ainda há uma deficiência em relação a vários fatores relevantes, como o uso de calçados inadequados.