Sofrimento psíquico em enfermeiros de um hospital oncológico.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/5684 |
Resumo: | O trabalho de enfermagem em oncologia requer um maior controle emocional do que em outras áreas, uma vez que a maioria dos casos de internação é de paciente grave, que necessita de cuidados intensivos e as internações são prolongadas, estreitando a relação do enfermeiro com a família e o paciente, podendo conduzir ao desgaste físico e emocional. Para tanto, esta pesquisa focalizou na descrição da rotina de trabalho de enfermeiros de um Hospital Oncológico para investigar se esta causa sofrimento psíquico, bem como identificar os sentimentos que emergem no cotidiano do trabalho e descrever as estratégias utilizadas pelos profissionais para suportar ou minimizar esse estresse. Este estudo é qualitativo de caráter exploratório e descritivo. Para a coleta de dados, utilizou-se um roteiro de entrevista semiestruturado, aplicado a 20 enfermeiros. Os dados sociodemográficos foram organizados em gráficos e os dados oriundos das entrevistas foram analisados na modalidade de análise temática na perspectiva de Bardin. Após leituras, os depoimentos foram organizados nas seguintes categorias: Rotina de trabalho – desgaste cotidiano; Sentimentos contraditórios; e Diálogo, interação com familiares e fé como estratégia para minimizar os problemas no trabalho. A rotina de trabalho foi identificada pela maioria como desgastante/estressante; a convivência com sentimentos ambivalentes também ficou explícito, variando de acordo com o prognóstico do paciente. Como estratégia para amenizar o sofrimento psíquico, identificou-se o diálogo com o paciente, acompanhantes e colegas de trabalho, em alguns casos. Entretanto, para outros, o não envolvimento afetivo foi identificado como forma de proteção emocional. A fé e a interação com seus familiares também estiveram presentes nas entrevistas. Os resultados encontrados indicam que o ambiente é propício ao desgaste físico e emocional, sendo necessária a criação de espaços de conversas nos quais se possam discutir os mais variados sentimentos e experiências, além do acompanhamento psicológico dos enfermeiros evitando o sofrimento psíquico decorrente da rotina de trabalho. |
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Sofrimento psíquico em enfermeiros de um hospital oncológico.Psychic suffering in nurses of a hospital oncologic.Sofrimento psíquicoEnfermeiroOncologiaPsychic SufferingNurseOncologyEnfermagem.O trabalho de enfermagem em oncologia requer um maior controle emocional do que em outras áreas, uma vez que a maioria dos casos de internação é de paciente grave, que necessita de cuidados intensivos e as internações são prolongadas, estreitando a relação do enfermeiro com a família e o paciente, podendo conduzir ao desgaste físico e emocional. Para tanto, esta pesquisa focalizou na descrição da rotina de trabalho de enfermeiros de um Hospital Oncológico para investigar se esta causa sofrimento psíquico, bem como identificar os sentimentos que emergem no cotidiano do trabalho e descrever as estratégias utilizadas pelos profissionais para suportar ou minimizar esse estresse. Este estudo é qualitativo de caráter exploratório e descritivo. Para a coleta de dados, utilizou-se um roteiro de entrevista semiestruturado, aplicado a 20 enfermeiros. Os dados sociodemográficos foram organizados em gráficos e os dados oriundos das entrevistas foram analisados na modalidade de análise temática na perspectiva de Bardin. Após leituras, os depoimentos foram organizados nas seguintes categorias: Rotina de trabalho – desgaste cotidiano; Sentimentos contraditórios; e Diálogo, interação com familiares e fé como estratégia para minimizar os problemas no trabalho. A rotina de trabalho foi identificada pela maioria como desgastante/estressante; a convivência com sentimentos ambivalentes também ficou explícito, variando de acordo com o prognóstico do paciente. Como estratégia para amenizar o sofrimento psíquico, identificou-se o diálogo com o paciente, acompanhantes e colegas de trabalho, em alguns casos. Entretanto, para outros, o não envolvimento afetivo foi identificado como forma de proteção emocional. A fé e a interação com seus familiares também estiveram presentes nas entrevistas. Os resultados encontrados indicam que o ambiente é propício ao desgaste físico e emocional, sendo necessária a criação de espaços de conversas nos quais se possam discutir os mais variados sentimentos e experiências, além do acompanhamento psicológico dos enfermeiros evitando o sofrimento psíquico decorrente da rotina de trabalho.The work of oncology nursing requires a greater emotional control than in other areas, since most cases hospitalization is serious patients needing intensive care and hospitalizations are prolonged, enhancing the relationship between the nurse and the family and the patient and can lead to physical and emotional exhaustion. To this end, this research focused on the description of the routine work of nurses a Oncological Hospital to investigate whether this cause psychological distress, as well as identify the feelings that emerge in daily work and describe the strategies used by professionals to support or minimize this stress . This qualitative study is exploratory and descriptive. To collect data, we used a semistructured interview script, applied to 20 nurses. Demographic data were organized into charts and data from the interviews were analyzed in the form of thematic analysis in terms of Bardin. After reading the statements were organized into the following categories: Routine work - everyday wear; Contradictory feelings; and Dialogue, interaction with family and faith as a strategy to minimize problems at work. The routine work was identified as the most exhausting / stressful; living with ambivalent feelings was also explicit, varies according to the patient's prognosis. As a strategy to alleviate the psychological distress, identified the dialogue with the patient, caregivers and co-workers in some cases. However, for others, the emotional involvement was not identified as a form of emotional protection. Faith and the interaction with their families were also present during the interviews. The results indicate that the environment is conducive to physical and emotional exhaustion, creating spaces for conversations in which it is necessary to discuss the most varied feelings and experiences and psychological support of nurses avoiding psychological suffering resulting from routine work.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Formação de Professores - CFPUFCGOLIVEIRA, Francisca Bezerra de.OLIVEIRA, Francisca Bezerra de.http://lattes.cnpq.br/7742884718048985SILVA, Francisco Fábio Marques da.MOREIRA, Maria Rosilene Cândido.OLIVEIRA, Thaiany Batista Sarmento de.20142019-08-12T16:06:57Z2019-08-122019-08-12T16:06:57Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/5684OLIVEIRA, Thaiany Batista Sarmento de. Sofrimento psíquico em enfermeiros de um hospital oncológico. 2014. 52f. 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