Libidibia ferrea (jucá): produção de farinha, bioaditivo e embalagem ativa antioxidante.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GRISI, Cristiani Viegas Brandão.
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4049
Resumo: O jucá (Libidibia ferrea) é uma planta comum no nordeste brasileiro, utilizada na medicina popular, devido ao seu poder terapêutico, porém subutilizada quanto ao potencial tecnológico. Diante deste fato, objetivou-se utilizar o fruto e a casca do caule do jucá no desenvolvimento de farinha, bioaditivo e embalagem ativa antioxidante. O capítulo 1 apresenta a composição nutricional e a estabilidade físicoquímica das farinhas do fruto e da casca do caule do jucá indicando seu potencial como ingrediente para indústria de produtos alimentícios, que requer baixa retenção de água e de gordura, para melhorar as características como: crocância, aumentar a sensação e a retenção do sabor do produto, possibilitando o depósito do pedido de patente para o desenvolvimento do processo de obtenção e uso das farinhas do jucá. No capítulo 2, os extratos hidroalcoólicos de jucá mostraram sua eficácia como aditivos antioxidantes para o óleo de soja, pois apresentaram uma boa estabilidade oxidativa durante 90 dias de monitoramento, também confirmados pelo alto teor de compostos fenólicos e atividade antioxidante. A análise cromatográfica dos compostos fenólicos dos extratos do jucá mostrou que a miricetina e a catequina são os compostos majoritários. O capítulo 3 apresenta o desenvolvimento do filme de polissacarídeos bioaditivos com extratos do jucá, onde foi observado uma diminuição da permeabilidade ao vapor de água e do percentual de alongamento. No entanto, ocorreu um aumento da resistência à tração, produzindo filmes resistentes, pouco flexíveis e com baixa permeabilidade; com relação à tonalidade, os filmes aditivados com extratos de jucá se mostraram semelhantes ao vidro âmbar, uma característica interessante para aplicação em produtos lipídicos que necessitam de proteção à luz. Os filmes apresentaram uma boa estabilidade oxidativa, com alto teor de compostos fenólicos e atividade antioxidante, durante os 180 dias de monitoramento. O desenvolvimento deste material biodegradável ativo resultou no deposito do pedido de patente do processo de obtenção do material bioaditivado com extratos de jucá. O capítulo 4 traz os filmes desenvolvidos no capítulo 3 modelados como embalagem no formato de sachê, para o armazenamento de óleo de soja. A eficácia deste material como embalagem ativa antioxidante, foi comprovada quando comparados aos controles sem antioxidante. Observou-se ainda, a migração dos antioxidantes naturais presentes na embalagem para a matriz oleaginosa, confirmada pelo aumento do período de indução por Rancimat e por PetroOXY, durante o armazenamento de 180 dias. O potencial antioxidante das embalagens ativas monitoradas apresentaram uma perda de 45% no teor de compostos fenólicos e a diminuição em 10% do percentual de inibição de radical livre DPPH na formulação de melhor desempenho, com 0,85% de cada bioaditivo do jucá, em relação ao início da vida de prateleira. O óleo de soja embalado no sachê de jucá manteve-se estável durante todo o período de monitoramento, atendendo os parâmetros de qualidade da legislação brasileira. Portanto, o jucá pode ser utilizado como farinha na produção de produtos crocantes, e bioaditivo na produção de revestimento, material de parede ou embalagem ativa antioxidante para indústria de alimentos que requer proteção as reações oxidativas durante o armazenamento.
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O capítulo 1 apresenta a composição nutricional e a estabilidade físicoquímica das farinhas do fruto e da casca do caule do jucá indicando seu potencial como ingrediente para indústria de produtos alimentícios, que requer baixa retenção de água e de gordura, para melhorar as características como: crocância, aumentar a sensação e a retenção do sabor do produto, possibilitando o depósito do pedido de patente para o desenvolvimento do processo de obtenção e uso das farinhas do jucá. No capítulo 2, os extratos hidroalcoólicos de jucá mostraram sua eficácia como aditivos antioxidantes para o óleo de soja, pois apresentaram uma boa estabilidade oxidativa durante 90 dias de monitoramento, também confirmados pelo alto teor de compostos fenólicos e atividade antioxidante. A análise cromatográfica dos compostos fenólicos dos extratos do jucá mostrou que a miricetina e a catequina são os compostos majoritários. O capítulo 3 apresenta o desenvolvimento do filme de polissacarídeos bioaditivos com extratos do jucá, onde foi observado uma diminuição da permeabilidade ao vapor de água e do percentual de alongamento. No entanto, ocorreu um aumento da resistência à tração, produzindo filmes resistentes, pouco flexíveis e com baixa permeabilidade; com relação à tonalidade, os filmes aditivados com extratos de jucá se mostraram semelhantes ao vidro âmbar, uma característica interessante para aplicação em produtos lipídicos que necessitam de proteção à luz. Os filmes apresentaram uma boa estabilidade oxidativa, com alto teor de compostos fenólicos e atividade antioxidante, durante os 180 dias de monitoramento. O desenvolvimento deste material biodegradável ativo resultou no deposito do pedido de patente do processo de obtenção do material bioaditivado com extratos de jucá. O capítulo 4 traz os filmes desenvolvidos no capítulo 3 modelados como embalagem no formato de sachê, para o armazenamento de óleo de soja. A eficácia deste material como embalagem ativa antioxidante, foi comprovada quando comparados aos controles sem antioxidante. Observou-se ainda, a migração dos antioxidantes naturais presentes na embalagem para a matriz oleaginosa, confirmada pelo aumento do período de indução por Rancimat e por PetroOXY, durante o armazenamento de 180 dias. O potencial antioxidante das embalagens ativas monitoradas apresentaram uma perda de 45% no teor de compostos fenólicos e a diminuição em 10% do percentual de inibição de radical livre DPPH na formulação de melhor desempenho, com 0,85% de cada bioaditivo do jucá, em relação ao início da vida de prateleira. O óleo de soja embalado no sachê de jucá manteve-se estável durante todo o período de monitoramento, atendendo os parâmetros de qualidade da legislação brasileira. Portanto, o jucá pode ser utilizado como farinha na produção de produtos crocantes, e bioaditivo na produção de revestimento, material de parede ou embalagem ativa antioxidante para indústria de alimentos que requer proteção as reações oxidativas durante o armazenamento.The jucá (Libidibia ferrea) is a common plant in the Brazilian northeast, used in popular medicine, due to its therapeutic power, but underutilized as far as the technological potential. In view of this fact, aimed to use the fruit and the stem bark of jucá in the development of flour, bioadditive and antioxidant active packaging. Chapter 1 presents the nutritional composition and the physicochemical stability of jucá flour, indicating its potential as an ingredient for the food industry, which requires low water and fat retention, to improve the characteristics as, crispiness, enhance the feel and flavor retention of the product, enabling the filing of the patent to develop the process of obtaining and using jucá flour. In chapter 2, the hydroalcoholic extracts jucá showed its efficacy as antioxidant additives to soybean oil, they showed a good oxidative stability over 90 days of monitoring, also confirmed by the high content of phenolics and antioxidant activity. Chromatographic analysis of phenolic compounds from jucá extracts showed that myricetin and catechin are the major compounds. Chapter 3 shows the development of the polysaccharides film with additives jucá extracts, which was observed a decrease in water vapor permeability and elongation percentage. However, there was an increase in tensile strength, producing resistant films, low flexibility and low permeability; with respect to the hue, the films with additives jucá extracts were similar to amber glass, an interesting feature for use in lipid products that require protection to light. The films exhibit good oxidative stability, high phenolic content and antioxidant activity during 180 days of monitoring. The development of this active biodegradable material resulted in the filing of the patent application for the process of obtaining the biodegradable material with additives jucá extracts. Chapter 4 brings the films developed in Chapter 3 modeled as sachet packaging for the storage of soybean oil. The efficacy of this material as active antioxidant packaging was proven when compared to antioxidant-free controls. It was also observed the migration of the natural antioxidants present in the packaging to the oil, confirmed by the increase of the induction period by Rancimat and PetroOXY, during storage of 180 days. The antioxidant potential of active packaging showed a loss of 45% in the content of phenolic compounds and 10% decrease in the percentage of inhibition of DPPH free radical in the best performing formulation with 0.85% of each of bioadditive jucá in relation to the onset of shelf life. Soybean oil packaged in sachet of jucá remained stable throughout the period of monitoring, meeting the quality parameters of Brazilian law. Therefore, the jucá can be used as flour in the production of crispy product, and bioadditive in the production of coating, wall material or antioxidant active packaging for the food industry that requires protection oxidative reactions during storage.CapesUniversidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Ciências e Tecnologia - CCTPÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICAUFCGARAÚJO, Gilmar Trindade deARAÚJO, Gilmar TrindadeARAUJO, GILMAR T. DEhttp://lattes.cnpq.br/6960917117472093CORDEIRO, Angela Maria Tribuzy de MagalhãesCordeiro, A. M. T. MCordeiro, Angela Maria Tribuzi de MagalhãesCordeiro, Ângela M.T.Mhttp://lattes.cnpq.br/7536810176248057OLIVEIRA, Líbia de Sousa ConradoCONRADO, L. SOLIVEIRA,L. S. COLIVEIRA,L. S. Chttp://lattes.cnpq.br/1704346203363785ROCHA, Ana Paula TrindadeROCHA, A. P. T.http://lattes.cnpq.br/3481809668194722ALBUQUERQUE, Caroline Lima C. deGRISI, Cristiani Viegas Brandão.2019-03-252019-05-31T13:48:30Z2019-05-312019-05-31T13:48:30Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4049GRISI, Cristiani Viegas Brandão. Libidibia ferrea (jucá): produção de farinha, bioaditivo e embalagem ativa antioxidante. 2019. 147f. (Tese de Doutorado), Programa de Pós-graduação em Engenharia Química, Centro de Ciências e Tecnologia, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande - Paraíba - Brasil, 2019. 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