Análise comparativa de custos de uma residência usando o SINAPI e o INCC durante o período da pandemia da covid-19.

• Autor(a) principal: VIEIRA, Vitória Gomes.
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27237
• topic: Setor construtivo; Construction sector; Obra residencial; Residential work; Controle de custos; Cost control; SINAPI; INCC; Pandemia; Pandemic

O setor construtivo é uma das principais veias de alimentação da economia brasileira, sendo considerado como um termômetro da geração de empregos e do crescimento econômico. Historicamente, o setor construtivo é espelho da economia brasileira: se a economia vai bem, o setor se expande, e o inverso acontece em cenários de crise. A recente pandemia vivenciada, desequilibrou as cadeias de consumo e produção em todo o globo, desencadeando uma série de problemas nas indústrias dos mais variados setores, inclusive o da construção. A paralisação temporária das indústrias gerou um déficit na produção de matérias-primas e bruscas variações de preços, e após dois anos, ainda não se normalizou. À vista disso, o presente trabalho comparou a evolução dos custos de uma obra residencial de aproximadamente 120 m² de área construída, em períodos pré-pandêmicos e atual, através de composições da base SINAPI e índice INCC. Além disso, a pesquisa identificou as maiores variações entre grupos de serviços do orçamento, como também as composições individuais com maior variação no período averiguado. Antes da pandemia, entre 01/2018 e 01/2020, o orçamento com base SINAPI apresentou um aumento acumulado de 8,50%, já no período pandêmico (de 01/2020 à 04/2022), obteve-se um aumento acumulado de 43%. No geral, o orçamento da residência apresentou conformidade com o crescimento do INCC no período analisado, com ressalvas para os grupos de serviços de limpeza, esquadrias e estruturas, que obtiveram variações superiores a 40% quando comparadas ao Índice da Construção Civil. Além disso, constatou-se que dos insumos utilizados no orçamento, o alumínio apresentou a maior variação de custo no período de 2018 a 2022, com cerca de 355% de variação. Apesar das diferenças metodológicas entre os índices, ambos possuem representatividade no acompanhamento de custos de insumos e mão de obra no setor construtivo.