Aproveitamento alternativo de resíduos do maracujá-amarelo (Passiflora edulis fo. flavicarpa o. Deg.).
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33427 |
Resumo: | No Brasil, um dos principais problemas enfrentados pelas indústrias de processamento de sucos é o grande volume de resíduos produzidos diariamente. Apesar da grande parte dos resíduos sólidos, constituídos pelas cascas, sementes e polpas, serem utilizados como componente de ração animal ou como material de compostagem, o grande volume e o descarte, vêm exigindo uma atenção especial (CÓRDOVA et al., 2005; ANDRADE et al., 2013; NASCIMENTO et al., 2013), não só devido a sua toxicidade, potencial contaminante ou alguma característica particularmente poluidora do ambiente, mas também por constituir muitas vezes em desperdício de uma matéria-prima, de compostos orgânicos com categoria bioquímica definida (proteínas, açúcares, ceras, graxas, resinas), que poderia ser aproveitada. Dados de produção demostram que a indústria de processamento de maracujá gera aproximadamente 60% do peso total do fruto na forma de resíduo, assim, o aproveitamento da casca do maracujá pode trazer benefícios tanto do ponto de vista nutricional quanto ambiental (SANTOS et al., 2011; NASCIMENTO et al., 2013; OLIVEIRA et al., 2015). O maracujá pode ser consumido ao natural, e os resíduos têm sido utilizados por produtores rurais na suplementação da alimentação animal, como ração para bovinos e aves, ainda sem muita informação técnica adequada. Como este volume representa inúmeras toneladas, agregar valor a estes subprodutos é de interesse econômico, científico e tecnológico (FERRARI, 2004). A casca do maracujá é composta por fibras insolúveis e solúveis, em especial a pectina, niacina (vitamina B3), nutriente que atua no crescimento, na produção de hormônios e previne problemas gastrointestinais; também é rico em ferro, cálcio e fosforo, por isso é usado na prevenção da anemia, no crescimento e fortalecimento dos ossos e na formação celular (fósforo), além de possuir propriedades terapêuticas através do uso de suas folhas e do suco, que contêm passiflorina, conhecido como um sedativo natural (PITA, 2012). O desenvolvimento de novos produtos como a farinha da casca, pectina e óleos, obtidos através da utilização dos resíduos da indústria de suco de maracujá vem se mostrando uma alternativa viável e rentável (OLIVEIRA, 2009). Além de açúcares, o resíduo do maracujá contém proteínas e minerais, apresentando potencial para aproveitamento (CÓRDOVA et al., 2005). Segundo Reolon (2008), a partir das cascas do maracujá pode-se obter farinha por meio da secagem e moagem da parte branca do fruto, a qual pode ser uma boa alternativa de alimento. Ishimoto et al. (2007), explicam que farinha da casca do maracujá pode ser aproveitada como ingrediente na indústria de panificação para enriquecer a qualidade nutricional dos produtos, uma vez que as cascas do maracujá são constituídas basicamente por carboidratos, proteínas e pectinas. Pensando em reaproveitar a casca do maracujá, bem como contribuir para a diminuição da produção de resíduos gerados a partir do processamento deste fruto, objetivou-se com esse trabalho produzir um produto farináceo da casca do maracujá- amarelo (Passiflora edulis fo. Flavicarpa O. Deg.) utilizando forno de micro-ondas, e realizar uma caracterização física e química da farinha produzida para saber se a mesma possui potencial para ser empregada na alimentação humana ou animal. |
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Aproveitamento alternativo de resíduos do maracujá-amarelo (Passiflora edulis fo. flavicarpa o. Deg.).Alternative use of waste from yellow passion fruit (Passiflora edulis fo. flavicarpa o. Deg.).Resíduos do maracujá amarelo - aproveitamentoMaracujá amarelo - resíduos - aproveitamentoPassiflora adulis fo. flavicarpa O. deg.Jaçanã - RN - maracujá amareloAproveitamento alternativo - resíduos de maracujá amareloYellow passion fruit waste - usePassiflora adulis fo. flavicarpa O. deg.Jaçanã - RN - yellow passion fruitAlternative use - yellow passion fruit wasteEcologia.No Brasil, um dos principais problemas enfrentados pelas indústrias de processamento de sucos é o grande volume de resíduos produzidos diariamente. Apesar da grande parte dos resíduos sólidos, constituídos pelas cascas, sementes e polpas, serem utilizados como componente de ração animal ou como material de compostagem, o grande volume e o descarte, vêm exigindo uma atenção especial (CÓRDOVA et al., 2005; ANDRADE et al., 2013; NASCIMENTO et al., 2013), não só devido a sua toxicidade, potencial contaminante ou alguma característica particularmente poluidora do ambiente, mas também por constituir muitas vezes em desperdício de uma matéria-prima, de compostos orgânicos com categoria bioquímica definida (proteínas, açúcares, ceras, graxas, resinas), que poderia ser aproveitada. Dados de produção demostram que a indústria de processamento de maracujá gera aproximadamente 60% do peso total do fruto na forma de resíduo, assim, o aproveitamento da casca do maracujá pode trazer benefícios tanto do ponto de vista nutricional quanto ambiental (SANTOS et al., 2011; NASCIMENTO et al., 2013; OLIVEIRA et al., 2015). O maracujá pode ser consumido ao natural, e os resíduos têm sido utilizados por produtores rurais na suplementação da alimentação animal, como ração para bovinos e aves, ainda sem muita informação técnica adequada. Como este volume representa inúmeras toneladas, agregar valor a estes subprodutos é de interesse econômico, científico e tecnológico (FERRARI, 2004). A casca do maracujá é composta por fibras insolúveis e solúveis, em especial a pectina, niacina (vitamina B3), nutriente que atua no crescimento, na produção de hormônios e previne problemas gastrointestinais; também é rico em ferro, cálcio e fosforo, por isso é usado na prevenção da anemia, no crescimento e fortalecimento dos ossos e na formação celular (fósforo), além de possuir propriedades terapêuticas através do uso de suas folhas e do suco, que contêm passiflorina, conhecido como um sedativo natural (PITA, 2012). O desenvolvimento de novos produtos como a farinha da casca, pectina e óleos, obtidos através da utilização dos resíduos da indústria de suco de maracujá vem se mostrando uma alternativa viável e rentável (OLIVEIRA, 2009). Além de açúcares, o resíduo do maracujá contém proteínas e minerais, apresentando potencial para aproveitamento (CÓRDOVA et al., 2005). Segundo Reolon (2008), a partir das cascas do maracujá pode-se obter farinha por meio da secagem e moagem da parte branca do fruto, a qual pode ser uma boa alternativa de alimento. Ishimoto et al. (2007), explicam que farinha da casca do maracujá pode ser aproveitada como ingrediente na indústria de panificação para enriquecer a qualidade nutricional dos produtos, uma vez que as cascas do maracujá são constituídas basicamente por carboidratos, proteínas e pectinas. Pensando em reaproveitar a casca do maracujá, bem como contribuir para a diminuição da produção de resíduos gerados a partir do processamento deste fruto, objetivou-se com esse trabalho produzir um produto farináceo da casca do maracujá- amarelo (Passiflora edulis fo. Flavicarpa O. Deg.) utilizando forno de micro-ondas, e realizar uma caracterização física e química da farinha produzida para saber se a mesma possui potencial para ser empregada na alimentação humana ou animal.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilUFCG20182023-12-05T20:29:48Z2023-12-052023-12-05T20:29:48Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33427SANTOS, Francisca das Graças Nascimento; SILVA, Luana Fernanda Costa Raulino; MEDEIROS, Maria Franco Trindade; CAMPOS, Ana Regina Nascimento. Aproveitamento alternativo de resíduos do maracujá-amarelo (Passiflora edulis fo. flavicarpa o. Deg.). In: CIRNE, Luiza Eugênia da Mota Rocha et al. Campina Gestão integrada de resíduos: universidade e comunidade. Grande - PB: EPGRAF, 2018. v.2. (Coletânea de publicações do 8th International Symposium on Residue Management in Universities). ISBN: 978-85-60307-30-2. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33427porSANTOS, Francisca das Graças Nascimento.SILVA, Luana Fernanda Costa Raulino.MEDEIROS, Maria Franco Trindade.CAMPOS, Ana Regina Nascimento.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2023-12-05T20:30:15Zoai:localhost:riufcg/33427Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512023-12-05T20:30:15Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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No Brasil, um dos principais problemas enfrentados pelas indústrias de processamento de sucos é o grande volume de resíduos produzidos diariamente. Apesar da grande parte dos resíduos sólidos, constituídos pelas cascas, sementes e polpas, serem utilizados como componente de ração animal ou como material de compostagem, o grande volume e o descarte, vêm exigindo uma atenção especial (CÓRDOVA et al., 2005; ANDRADE et al., 2013; NASCIMENTO et al., 2013), não só devido a sua toxicidade, potencial contaminante ou alguma característica particularmente poluidora do ambiente, mas também por constituir muitas vezes em desperdício de uma matéria-prima, de compostos orgânicos com categoria bioquímica definida (proteínas, açúcares, ceras, graxas, resinas), que poderia ser aproveitada. Dados de produção demostram que a indústria de processamento de maracujá gera aproximadamente 60% do peso total do fruto na forma de resíduo, assim, o aproveitamento da casca do maracujá pode trazer benefícios tanto do ponto de vista nutricional quanto ambiental (SANTOS et al., 2011; NASCIMENTO et al., 2013; OLIVEIRA et al., 2015). O maracujá pode ser consumido ao natural, e os resíduos têm sido utilizados por produtores rurais na suplementação da alimentação animal, como ração para bovinos e aves, ainda sem muita informação técnica adequada. Como este volume representa inúmeras toneladas, agregar valor a estes subprodutos é de interesse econômico, científico e tecnológico (FERRARI, 2004). A casca do maracujá é composta por fibras insolúveis e solúveis, em especial a pectina, niacina (vitamina B3), nutriente que atua no crescimento, na produção de hormônios e previne problemas gastrointestinais; também é rico em ferro, cálcio e fosforo, por isso é usado na prevenção da anemia, no crescimento e fortalecimento dos ossos e na formação celular (fósforo), além de possuir propriedades terapêuticas através do uso de suas folhas e do suco, que contêm passiflorina, conhecido como um sedativo natural (PITA, 2012). O desenvolvimento de novos produtos como a farinha da casca, pectina e óleos, obtidos através da utilização dos resíduos da indústria de suco de maracujá vem se mostrando uma alternativa viável e rentável (OLIVEIRA, 2009). Além de açúcares, o resíduo do maracujá contém proteínas e minerais, apresentando potencial para aproveitamento (CÓRDOVA et al., 2005). Segundo Reolon (2008), a partir das cascas do maracujá pode-se obter farinha por meio da secagem e moagem da parte branca do fruto, a qual pode ser uma boa alternativa de alimento. Ishimoto et al. (2007), explicam que farinha da casca do maracujá pode ser aproveitada como ingrediente na indústria de panificação para enriquecer a qualidade nutricional dos produtos, uma vez que as cascas do maracujá são constituídas basicamente por carboidratos, proteínas e pectinas. Pensando em reaproveitar a casca do maracujá, bem como contribuir para a diminuição da produção de resíduos gerados a partir do processamento deste fruto, objetivou-se com esse trabalho produzir um produto farináceo da casca do maracujá- amarelo (Passiflora edulis fo. Flavicarpa O. Deg.) utilizando forno de micro-ondas, e realizar uma caracterização física e química da farinha produzida para saber se a mesma possui potencial para ser empregada na alimentação humana ou animal. |
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