Amores que apedrejam, ódios que afagam: a mulher campinense e o discurso jurídico no início do século XX.

• Autor(a) principal: MARQUES, Alluska Cristieeny Justino.
• Data de Publicação: 2007
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35174
• topic: Mulher campinense; Discurso jurídico - mulheres; Modernidade - Campina Grande - PB; Papel feminino; Discurso disciplinador - mulheres; Processos crimes; Identidades femininas - Campina Grande moderna; Marginais - identidades femininas; Campina Grande - PB - mulheres; Campinas woman; Legal discourse - women; Modernity - Campina Grande - PB; Female role; Disciplining speech - women; Criminal proceedings; Female identities - modern Campina Grande; Marginals - female identities; Campina Grande - PB - women; História.

Este trabalho pretende analisar as identidades femininas construídas pelos discursos normativos, em especial pelo discurso jurídico. nas primeiras décadas do seculo XX. tem como foco a cidade de Campina Grande. O efervescer do processo de modemização trouxe profundas transformações sociais que resultaram num reordenamento de uma sociedade que se constituía enquanto “moderna e liberal”. O estado burgues exercia sua autoridade de “Pai Ordeiro” através das instituições normativas, que buscavam através de seus discursos disciplinadores organizar, vigiar e controlar os indivíduos. Assim, as mulheres apresentadas neste trabalho representam a tentativa de quebra das amarras disciplinadoras, o exercício da resignificação dos valores e costumes, o deslocamento do papel feminino, a negação do destino pronto, acabado e decidido por outros, a ocupação do “não-lugar”, enfim o desbravamento de simplesmente ser mulher. Portanto, utilizaremos como fonte os processos-crimes, já que os mesmos contribuíram para a elaboração de identidades femininas tidas como “marginais”. Alem disso, destacaremos as contradições desse mesmo discurso como forma de problematizarmos os lugares de “verdade” atribuídos a essas mulheres.