Cuidados farmacêuticos e os medicamentos isentos de prescrição: uma revisão integrativa da literatura.

• Autor(a) principal: MIRANDA FILHO, Jorge Paulo de.
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/6701
• topic: Farmacologia Clínica; Cuidados farmacêuticos; Medicamentos isentos de prescrição; Automedicação; Pharmaceutical Services; Nonprescription Drugs; Self Medication; Atención farmacéutica; Medicamentos de venta libre; Automedicación

Os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) são muito utilizados para manejo de problemas de saúde autolimitados (ou transtornos menores), merecendo especial atenção no contexto da automedicação, com o intuito de torná-la responsável, vislumbrando o alcance do autocuidado. A automedicação não orientada expõe os usuários a prejuízos ao seu bem-estar e causa impactos nos sistemas de saúde. Nesse contexto, o farmacêutico ganha espaço como o profissional capacitado para cuidar e educar a população ao promover o uso racional da farmacoterapia por meio da prestação de serviços clínicos, prevenindo os riscos atrelados à má utilização do insumo farmacêutico. Diante disso, este estudo compreender os impactos do cuidado, por meio dos serviços farmacêuticos na farmácia comunitária no tocante ao uso dos MIPs, para o manejo dos problemas de saúde autolimitados. Sendo assim, buscou-se publicações englobando o uso dos MIPs no período de 2013 a 2018, nas bases de dados do PubMed, SciELO, LILACS, periódicos CAPES, nos idiomas inglês e português. A amostra desta pesquisa foi composta por 29 estudos. Os resultados desta revisão mostram que os serviços farmacêuticos reduzem os custos tanto para os pacientes como para os sistemas de saúde, diminuem a quantidade de visitas médicas e melhoram a qualidade de vida atenuando riscos potenciais à saúde. Os fatores que induzem automedicação não orientada são a ausência de educação em saúde, acessibilidade aos medicamentos, percepção da função do farmacêutico no tratamento de problemas autolimitados, as experiências favoráveis ao uso, à falta de advertências nas embalagens, dentre outros. Dentre as variáveis que interferem na qualidade do aconselhamento segundo os resultados foram: tempo de experiência do farmacêutico, nível de satisfação com a profissão, duração do aconselhamento, conhecimento em saúde baseado em evidências. Este estudo pode contribuir para a elaboração de estratégias para a conscientização dos pacientes e profissionais sobre gestão de condições de saúde que podem ser melhor administradas de forma responsável e eficiente nas farmácias comunitárias e também para mudar o comportamento de busca por saúde pelo paciente.