Mais tapas que beijos: violência contra mulher na Campina Grande Imperial.

• Autor(a) principal: SANTOS, Harriet Karolina Galdino dos.
• Data de Publicação: 2010
• Outros Autores: APOLINÁRIO, Juciene Ricarte.
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34126
• topic: Violência contra a mulher; Campina Grande - PB - violência contra a mulher; Campina Grande imperial - violência contra a mulher; História de Campina Grande - PB; Gênero; Processos-crime do império; História das mulheres - Campina Grande - PB; Fórum Afonso Campos; Documentação; Violence against women; Campina Grande - PB - violence against women; Campina Grande imperial - violence against women; History of Campina Grande - PB; Gender; Criminal proceedings of the empire; Women's history - Campina Grande - PB; Afonso Campos Forum; Documentation; História.

O presente artigo emergiu de minha pesquisa de monografia, esta apresentada no ano de 2010, sobre o olhar solicito de minha orientadora que me abriu um leque maravilhoso de oportunidades de pesquisa, o arquivo documental sempre é um sonho para alguém que almeja ser um grande historiador ou historiadora; assim como também a arte do desapego e do aventurar-se, tinha tudo para continuar seguindo minha vertente de estudo até que me apareceram os processos-crime do Império tão pouco explorados, e diga-se de passagem tão mau cuidados, desrespeito esse não muito incomum quando se trata da memória escrita como é o caso da documentação. Tal pesquisa se deu no Fórum Afonso Campos no 1o Tribunal do Júri da Comarca de Campina Grande, onde tentei utilizar-me do pouco conhecimento de Paleografia que tinha para aprender na marra o ofício da pesquisa. As fontes apesar de em péssimo estado de conservação me ocasionaram muitas alegrias, através delas pude analisar aspectos inerentes ao cotidiano e a cultura campinense. Os processos-crime me mostraram a resposta do que buscava, refiro-me aos constantes conflitos entre gêneros nas teias da justiça, muitas vezes desigual devido ao pré-estabelecimento dos papéis sociais dos gêneros feminino e masculino. Procurei as peculiaridades desse feminino, que não tem medo de falar, que já vive com certa liberdade em seu meio, mas que também é respeitada pelos demais integrantes da sociedade por sua autonomia; o geral já foi dito, o portar-se, o vestir-se, mas o amar, o sofrer e o violar estão ainda em aberto, pois os sentimentos humanos são complexos e sempre estão em des(construção), espero que se sintam tão ou mais entusiasmados com o processo-crime que escolhi para relatar um dos recorrentes crimes contra a mulher, contemporaneamente titulado de “crime passional”, que denotam o desespero de quem quer apropriar-se de algo que não é seu, mas que ao seu ver o é.