A influência da percepção da morte na recuperação dos pacientes em unidade de terapia intensiva.

• Autor(a) principal: NOGUEIRA, José Joeudes de Queiroz.
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10665
• topic: Enfermagem; UTI - paciente; Paciente - UTI - percepção da morte; Enfermagem - assistência - UTI; ICU - patient; Patient - ICU - perception of death; Nursing - care - ICU; UCI - paciente; Paciente - UCI - percepción de muerte; Enfermería - asistencia - UCI

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um setor onde se presta assistência especializada e qualificada a pacientes graves, mas com potencial de recuperação. Por isso, é um setor marcado por constantes intercorrências terapêuticas e óbitos, que tornam o ambiente complexo e gerador de estresse, ansiedade, medo, entre outros sentimentos. Com base nestes dados, pressupõe-se que os pacientes da UTI tem uma percepção acentuada em relação a morte, por associarem esta unidade ao fim da vida, e pelo fato da existência de fatores inerentes a UTI que geram uma influência negativa na recuperação do paciente prolongando o tempo de hospitalização. Desta forma, este estudo objetiva em linhas gerais: apreender a percepção de morte dos pacientes na Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa, desenvolvida com 07 pacientes da UTI do Hospital Universitário Alcides Carneiro em Campina Grande-Paraíba, a partir de uma entrevista semiestruturada. A coleta foi realizadas nos meses de janeiro e fevereiro de 2013, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número 180.461, e seguindo os princípios éticos estabelecidos pela Resolução n° 196/96. Após a coleta de dados, as falas foram categorizadas por meio da técnica de Análise do Conteúdo proposta por Bardin (2009) e analisadas à luz do referencial teórico. Os resultados foram agrupados em quatro categorias: A face preponderante da UTI: morte é seu sinônimo; A força do pensamento negativo, a gravidade de outros pacientes internos, os óbitos frequentes, o medo da morte, os cuidados intensivos ofertados, o olhar dos profissionais: fatores agravantes à percepção de morte; A força do pensamento positivo, a presença da fé, o cuidado intensivo proporcionado pelos profissionais, a humanização na assistência, a agilidade e a aparelhagem: fatores atenuantes à percepção de morte; e O sentimento de morte iminente na UTI: percepção desencadeadora de fatores que delongam a recuperação do paciente. Portanto, percebe-se a importância desse estudo, pois poderá servir de incentivo para profissionais intensivista prestarem uma assistência mais humanizada, além de auxiliar na desmistificação da UTI como sinônimo de morte, favorecendo para recuperação mais rápida dos pacientes.