Movimento de mulheres ou mulheres em movimento - o percurso das coordenadoras do movimento de mulheres do brejo paraibano.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Vera Lúcia de Mendonça.
Data de Publicação: 1995
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4169
Resumo: O debate que se instaurou no país, na década de 70, acerca de problemática da mulher, chega ao Brejo paraibano sob a égipe de um grupo de trabalhadoras rurais, formado no interior da Pastoral da Terra. Sua preocupação é despertar nas mulheres da religião o interesse por questões relacionadas à sua condição de MULHER TRABALHADORA. O grupo de mulheres, hoje denominado Movimento de Mulheres Trabalhadoras (MMT), tem dado uma grande contribuição no processo de construção de um novo estilo de vida de suas militantes. E notável a contribuição do Movimento no processo de reelaboração do conhecimento, cujas idéias estão estruturadas em torno de um nova concepção de vida, em que o tributo é a perspectiva de reformulação de um pensamento cuja prerrogativa era a anulação da mulher enquanto sujeito. No momento anterior à entrada no grupo, tem-se uma visão imediatista e individualizada de uma situação desigual, colocada como natural. A relação familiar segue o modelo tradicional e as relações de trabalho não são criticadas. No momento em que a trabalhadora entra em contato com outras mulheres e passa a perceber sua condição como uma questão social, entra num processo de revisita ao seu interior, cujo auge será a negação da naturalização em papéis e a transformação desta naturalização em problemática. O pensamento atual, homogêneo, crítico e transformador influencia uma prática inovadora, contribuindo para a transformação dos espaços de atuação: o privado e o público. Este texto é o resultado final de uma análise da trajetória de um grupo de trabalhadores que coordenam o MMT, e aparece numa perspectiva de contribuição para o atual debate sobre relações de gênero. A intenção é trazer à tona uma discussão em torno do processo de mudança do “estilo de vida” das coordenadoras do MMT, pontuando a transformação que se instaura em suas práticas cotidianas a partir da descoberta de si enquanto sujeito político. O debate é construído em sintonia com alguns teóricos que tiveram a preocupação de analisar o dinamismo da sociedade partindo do estudo das representações. O estudo constitui-se, na verdade, numa discussão inicial sobre nossas inquietações acerca da problemática da mulher rural.
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O grupo de mulheres, hoje denominado Movimento de Mulheres Trabalhadoras (MMT), tem dado uma grande contribuição no processo de construção de um novo estilo de vida de suas militantes. E notável a contribuição do Movimento no processo de reelaboração do conhecimento, cujas idéias estão estruturadas em torno de um nova concepção de vida, em que o tributo é a perspectiva de reformulação de um pensamento cuja prerrogativa era a anulação da mulher enquanto sujeito. No momento anterior à entrada no grupo, tem-se uma visão imediatista e individualizada de uma situação desigual, colocada como natural. A relação familiar segue o modelo tradicional e as relações de trabalho não são criticadas. No momento em que a trabalhadora entra em contato com outras mulheres e passa a perceber sua condição como uma questão social, entra num processo de revisita ao seu interior, cujo auge será a negação da naturalização em papéis e a transformação desta naturalização em problemática. O pensamento atual, homogêneo, crítico e transformador influencia uma prática inovadora, contribuindo para a transformação dos espaços de atuação: o privado e o público. Este texto é o resultado final de uma análise da trajetória de um grupo de trabalhadores que coordenam o MMT, e aparece numa perspectiva de contribuição para o atual debate sobre relações de gênero. A intenção é trazer à tona uma discussão em torno do processo de mudança do “estilo de vida” das coordenadoras do MMT, pontuando a transformação que se instaura em suas práticas cotidianas a partir da descoberta de si enquanto sujeito político. O debate é construído em sintonia com alguns teóricos que tiveram a preocupação de analisar o dinamismo da sociedade partindo do estudo das representações. O estudo constitui-se, na verdade, numa discussão inicial sobre nossas inquietações acerca da problemática da mulher rural.The debate that began in the country in the 1970s on the issue of women, arrives in the Brejo of Paraiba under the leadership of a group of rural workers, trained within the Pastoral of the Land. Her concern is to awaken in the women of religion an interest in matters related to her status as a WORKING WOMAN. The women's group, now called the Working Women's Movement (MMT), has made a great contribution to the process of building a new lifestyle for its members. The contribution of the Movement in the process of re-elaboration of knowledge is remarkable, whose ideas are structured around a new conception of life, in which the tribute is the perspective of reformulation of a thought whose prerogative was the annulment of the woman as subject. In the moment before entering the group, one has an immediate and individualized view of an unequal situation, placed as a natural one. The family relationship follows the traditional model and labor relations are not criticized. The moment the worker comes in contact with other women and begins to perceive her condition as a social issue, she goes into a process of revisiting her interior, whose peak will be the denial of naturalization in roles and the transformation of this naturalization into problematic. Current, homogeneous, critical and transformative thinking influences an innovative practice, contributing to the transformation of the spaces of action: the private and the public. This text is the end result of an analysis of the trajectory of a group of workers who coordinate the MMT, and appears in a perspective of contribution to the current debate on gender relations. The intention is to bring up a discussion about the process of changing the "lifestyle" of the coordinators of the MMT, punctuating the transformation that is established in their daily practices from the discovery of themselves as a political subject. The debate is built in tune with some theorists who had the concern of analyzing the dynamism of society starting from the study of representations. The study is, in fact, an initial discussion of our concerns about the issue of rural women.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Humanidades - CHPÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAISUFCGGIULLIANI, Paola Cappellin.GIULLIANI, P. C.PEREIRA, Maria do Socorro.PEREIRA, M. S.GARCIA, Glayce G. C.MIELE, Neide.SILVA, Vera Lúcia de Mendonça.1995-012019-06-06T16:05:40Z2019-06-062019-06-06T16:05:40Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4169SILVA, Vera lucia de Mendonça. Movimento de mulheres ou mulheres em movimento - o percurso das coordenadoras do movimento de mulheres do brejo paraibano. 1995.127f. (Dissertação de Mestrado em Sociologia Rural), Curso de Mestrado em Sociologia Rural, Centro de Humanidades, Universidade Federal da Paraíba - Campina Grande - PB - Campus II - Brasil, 1995. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4169porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2022-10-14T16:37:17Zoai:localhost:riufcg/4169Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512022-10-14T16:37:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false
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