Viva as almas da barragem!: a construÃÃo da caminhada da seca em Senador Pompeu â CE (1982-1998)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Karoline Queiroz e Silva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20318
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo investigar o processo de construÃÃo da Caminhada da Seca em Senador Pompeu (CE), romaria criada pelo padre italiano Albino Donatti em 1982. A celebraÃÃo tem como base a santificaÃÃo dos mortos no Campo de ConcentraÃÃo do Patu em 1932, que pela religiosidade popular se tornaram Almas da Barragem. Na cidade, os relatos de sofrimento dos sobreviventes e a presenÃa das ruÃnas das instalaÃÃes contribuÃram para criar um campo simbÃlico propÃcio para o desenvolvimento da crenÃa, que leva milhares de pessoas ao CemitÃrio da Barragem, monumento erguido no local onde foram enterrados em valas comuns, os falecidos da seca. Seus participantes constroem narrativas que buscam legitimar seus interesses dentro e fora da celebraÃÃo, tornando-a um espaÃo de conflitos e negociaÃÃes entre o sagrado e a polÃtica. O recorte temporal foi estabelecido entre o inÃcio da Caminhada (1982) e a publicaÃÃo do livro Migalhas do SertÃo (1998), de autoria do padre JoÃo Paulo Giovanazzi. Ao estudarmos as relaÃÃes dos sujeitos dentro da celebraÃÃo, buscamos suas atuaÃÃes para alÃm desta, em instituiÃÃes como sindicatos, centros de defesa, grupos pastorais, dentre outros. Com isso, as principais fontes utilizadas foram produzidas por esses sujeitos, como entrevistas, livros e documentos, que em grande parte compÃem o acervo do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antonio Conselheiro (CDDH-AC).
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Na cidade, os relatos de sofrimento dos sobreviventes e a presenÃa das ruÃnas das instalaÃÃes contribuÃram para criar um campo simbÃlico propÃcio para o desenvolvimento da crenÃa, que leva milhares de pessoas ao CemitÃrio da Barragem, monumento erguido no local onde foram enterrados em valas comuns, os falecidos da seca. Seus participantes constroem narrativas que buscam legitimar seus interesses dentro e fora da celebraÃÃo, tornando-a um espaÃo de conflitos e negociaÃÃes entre o sagrado e a polÃtica. O recorte temporal foi estabelecido entre o inÃcio da Caminhada (1982) e a publicaÃÃo do livro Migalhas do SertÃo (1998), de autoria do padre JoÃo Paulo Giovanazzi. Ao estudarmos as relaÃÃes dos sujeitos dentro da celebraÃÃo, buscamos suas atuaÃÃes para alÃm desta, em instituiÃÃes como sindicatos, centros de defesa, grupos pastorais, dentre outros. Com isso, as principais fontes utilizadas foram produzidas por esses sujeitos, como entrevistas, livros e documentos, que em grande parte compÃem o acervo do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antonio Conselheiro (CDDH-AC).O presente trabalho tem como objetivo investigar o processo de construÃÃo da Caminhada da Seca em Senador Pompeu (CE), romaria criada pelo padre italiano Albino Donatti em 1982. A celebraÃÃo tem como base a santificaÃÃo dos mortos no Campo de ConcentraÃÃo do Patu em 1932, que pela religiosidade popular se tornaram Almas da Barragem. Na cidade, os relatos de sofrimento dos sobreviventes e a presenÃa das ruÃnas das instalaÃÃes contribuÃram para criar um campo simbÃlico propÃcio para o desenvolvimento da crenÃa, que leva milhares de pessoas ao CemitÃrio da Barragem, monumento erguido no local onde foram enterrados em valas comuns, os falecidos da seca. Seus participantes constroem narrativas que buscam legitimar seus interesses dentro e fora da celebraÃÃo, tornando-a um espaÃo de conflitos e negociaÃÃes entre o sagrado e a polÃtica. O recorte temporal foi estabelecido entre o inÃcio da Caminhada (1982) e a publicaÃÃo do livro Migalhas do SertÃo (1998), de autoria do padre JoÃo Paulo Giovanazzi. Ao estudarmos as relaÃÃes dos sujeitos dentro da celebraÃÃo, buscamos suas atuaÃÃes para alÃm desta, em instituiÃÃes como sindicatos, centros de defesa, grupos pastorais, dentre outros. Com isso, as principais fontes utilizadas foram produzidas por esses sujeitos, como entrevistas, livros e documentos, que em grande parte compÃem o acervo do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antonio Conselheiro (CDDH-AC).The present work aims to investigate the process of construction of the Dry Walk in Senador Pompeu (CE), pilgrimage created by the italian priest Albino Donatti in 1982. The celebration is based on the sanctification of the dead in the Concentration Camp f Patu (Campo de ConcentraÃÃo do Patu) in 1932, which by popular religiosity have become Souls of the Dam. In the city, the reports of survivorâs suffering and the presence of the ruins of the facilities contributed to create a symbolic field conducive to the development of the belief that takes thousands to the Cemetery of the Dam (CemitÃrio da Barragem), a monument ercted in the place where they were buried in mass graves, the dead of the dry. Its participants construct narratives that seek to legitimize their interests inside and outside the celebration, making it a space of conflicts and negotiations between the sacred and the politics. The temporal cut was established between the beginning of the Walk (1982) and the publication of the book Migalhas do SertÃo (1998), authored by priest JoÃo Paulo Giovanazzi. When we study the subjectâs relations whithin the celebration, we seek their actions beyond this, in institutions such as unions, defense centers, pastoral groups, among others. As a result, the main sources used were produced by these subjects, such as interviews, books and documents, which largely composse the collection of the Center for the Defense of Human Right AntÃnio Conselheiro (CDDH-AC).The present work aims to investigate the process of construction of the Dry Walk in Senador Pompeu (CE), pilgrimage created by the italian priest Albino Donatti in 1982. The celebration is based on the sanctification of the dead in the Concentration Camp f Patu (Campo de ConcentraÃÃo do Patu) in 1932, which by popular religiosity have become Souls of the Dam. 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O presente trabalho tem como objetivo investigar o processo de construÃÃo da Caminhada da Seca em Senador Pompeu (CE), romaria criada pelo padre italiano Albino Donatti em 1982. A celebraÃÃo tem como base a santificaÃÃo dos mortos no Campo de ConcentraÃÃo do Patu em 1932, que pela religiosidade popular se tornaram Almas da Barragem. Na cidade, os relatos de sofrimento dos sobreviventes e a presenÃa das ruÃnas das instalaÃÃes contribuÃram para criar um campo simbÃlico propÃcio para o desenvolvimento da crenÃa, que leva milhares de pessoas ao CemitÃrio da Barragem, monumento erguido no local onde foram enterrados em valas comuns, os falecidos da seca. Seus participantes constroem narrativas que buscam legitimar seus interesses dentro e fora da celebraÃÃo, tornando-a um espaÃo de conflitos e negociaÃÃes entre o sagrado e a polÃtica. O recorte temporal foi estabelecido entre o inÃcio da Caminhada (1982) e a publicaÃÃo do livro Migalhas do SertÃo (1998), de autoria do padre JoÃo Paulo Giovanazzi. Ao estudarmos as relaÃÃes dos sujeitos dentro da celebraÃÃo, buscamos suas atuaÃÃes para alÃm desta, em instituiÃÃes como sindicatos, centros de defesa, grupos pastorais, dentre outros. Com isso, as principais fontes utilizadas foram produzidas por esses sujeitos, como entrevistas, livros e documentos, que em grande parte compÃem o acervo do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antonio Conselheiro (CDDH-AC).
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