AvaliaÃÃo da intenÃÃo de uso do preservativo entre adolescentes participantes e nÃo participantes de projetos educativos nas escolas

• Autor(a) principal: Simone Helena dos Santos Oliveira
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3127
• topic: Adolescentes; AIDS; Preservativo; CrenÃas; Enfermagem; Adolescent; AIDS; Condoms; Beliefs; Nursing; ENFERMAGEM

Ante a complexidade da problemÃtica da AIDS entre adolescentes e percebendo o uso do preservativo como um comportamento de essencial importÃncia para a sua prevenÃÃo, foi realizada a presente investigaÃÃo, que teve como objetivo geral avaliar a intenÃÃo comportamental de uso do preservativo durante as relaÃÃes sexuais e os seus determinantes entre adolescentes participantes e nÃo participantes de aÃÃes educativas em saÃde no ambiente escolar, que envolvam aspectos preventivos à AIDS. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, que utilizou como embasamento teÃrico-metodolÃgico a Theory of Reasoned Action â TRA. Foi realizada em duas escolas pÃblicas, localizadas em JoÃo Pessoa-PB, junto a adolescentes de treze a dezenove anos, de ambos os sexos, da 8 sÃrie do nÃvel fundamental ao 3 ano do nÃvel mÃdio. O seu desenvolvimento ocorreu em duas etapas. Na primeira, foi aplicado um questionÃrio para o levantamento das crenÃas modais salientes (N=95). Na segunda, aplicou-se um questionÃrio construÃdo a partir das crenÃas identificadas, constituÃdo por escalas tipo Likert (N=566). Os dados foram analisados a partir da frequÃncia, mÃdia, desvio padrÃo, coeficiente Alfa de Cronbach, Teste t-Student, coeficientes de correlaÃÃes r de Pearson e regressÃo mÃltipla por etapas. Na primeira etapa, prevenÃÃo das DSTs, da gravidez e da AIDS foram as crenÃas comportamentais identificadas em ambas as escolas, nÃo havendo diferenÃa significativa entre estas. IncÃmodo, diminuiÃÃo do prazer e risco de romper foram as desvantagens apontadas para o uso do preservativo, nÃo se mostrando significativas as diferenÃas das emissÃes entre as escolas. MÃe, pai e amigos foram as principais crenÃas normativas positivas citadas pelos adolescentes de ambas as escolas, nÃo havendo diferenÃa significativa entre as freqÃÃncias das emissÃes dos grupos pesquisados. As crenÃas normativas modais negativas foram menos frequentes em comparaÃÃo Ãs positivas, sendo amigos e primos citados pelos adolescentes das escolas A e B e irmÃos e tios somente pelos adolescentes da B, nÃo havendo diferenÃas significativas entre os grupos pesquisados. A intenÃÃo comportamental de uso do preservativo se mostrou positiva para os dois grupos (escola A=1,45, escola B=1,39). Evidenciaram-se significativas correlaÃÃes entre os componentes atitudinais (r=0,168), normativos (r=0,166) e entre ambos com a medida da intenÃÃo comportamental nas duas escolas pesquisadas (NS r=0,290; A r=0,210; CN r=0,163; CC r=0,258). As quatro variÃveis independentes contribuÃram significativamente para a explicaÃÃo da variÃncia da intenÃÃo de uso do preservativo entre os adolescentes da escola A (R2=0,134), sendo que a norma subjetiva apresentou maior poder explicativo para o comportamento estudado (R2=0,069; p=0,000). Entre os adolescentes da escola B, verificou-se que crenÃa comportamental, norma subjetiva e atitude explicaram a intenÃÃo de uso do preservativo (R2=0,242), sendo que a crenÃa comportamental apresentou maior poder explicativo (R2=0,138; p=0,004). Os resultados revelaram maior intenÃÃo comportamental de uso do preservativo entre os adolescentes que participam de aÃÃes de educaÃÃo em saÃde, bem como as atitudes e normas que sustentam a intenÃÃo de adotar este comportamento e as crenÃas que originaram as atitudes e normas, podendo subsidiar o planejamento de estratÃgias que visem à saÃde sexual dos adolescentes, evidenciando assim a adequaÃÃo da TRA para tratar o tema proposto.