Fatores associados ao diagnÃstico tardio da hansenÃase em 74 municÃpios endÃmicos do Estado do Tocantins.
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6596 |
Resumo: | O diagnÃstico tardio da hansenÃase contribui para a continuidade da endemia, portanto o objetivo deste estudo foi caracterizar esse tipo de acometimento. Realizou-se um estudo transversal populacional, realizado em 74 municÃpios pertencentes ao estado do Tocantins do denominado cluster 1 da hansenÃase. Dos 1.635 casos novos notificados nos anos de 2006 a 2008, foi possÃvel incluir no estudo 936 (57,2%) indivÃduos afetados. A coleta de dados foi realizada atravÃs de aplicaÃÃo de questionÃrios estruturados. Os casos classificados como paucibacilares foram 53% e multibacilares 42%; 5% nÃo tiveram registro de classificaÃÃo operacional. Em total, 290 (31%) apresentaram forma clÃnica indeterminada, 156 (16,7%) tuberculÃide, 239 (25,5%) dimorfa, 91 (9,7%) virchowiana e 160 (17,1%) nÃo tinham registro de forma clÃnica no momento do diagnÃstico. Quatrocentos e setenta e um (50,3%) tiveram GI 0, 146 (15,6%) GI 1 e 28 (3%) GI 2 no momento do diagnÃstico. Foram utilizados dois indicadores para o diagnÃstico tardio: Grau de Incapacidade (GI) 2 no diagnÃstico (Modelo I) e formas clÃnicas da doenÃa consideradas tardias (tuberculÃide/virchowiana/dimorfa) (Modelo II). Em anÃlise bivariada, o atraso no diagnÃstico se mostrou associado com: sexo masculino (OR=2,46; IC 95%: 1,07-5,67), analfabetismo (OR=2,52; IC 95%: 1,17 - 5,45), forma clÃnica multibacilar (OR=11,38; IC 95%: 3,40-38,09), dificuldade relatada no percurso de casa para o serviÃo de saÃde (OR=3,06; IC 95%: 1,41-6,65) [Modelo I]; e analfabetismo (OR=1,82; IC 95%: 1,26-2,62), 1 ou 2 pessoas por domicÃlio (OR=1,60; IC 95%: 1,07-2,37), ter passado por mais de uma unidade de saÃde para diagnÃstico (OR=2,06; IC 95%: 1,32-3,22), uso de outros tratamentos antes da poliquimioterapia (OR=2,78; IC 95%: 1,92-4,02) e nÃo acreditar na cura (OR=2,74; IC 95%: 1,25-6,01) [Modelo II]. As seguintes variÃveis ficaram no modelo final da anÃlise multivariada: sexo masculino (OR=1,52; IC 95%: 0,61-3,78), analfabetismo (OR=1,97; IC 95%: 0,81-4,82), dificuldade relatada no percurso de casa para o serviÃo de saÃde (OR=1,99; IC 95%: 0,78-5,16) [Modelo I]; e analfabetismo (OR=1,10; IC=0,55-2,21), 1 ou 2 pessoas por domicÃlio (OR=1,11; IC 95%: 0,56-2,20), ter passado por mais de uma unidade de saÃde para diagnÃstico (OR=1,09; IC 95%: 0,54-2,20), uso de outros tratamentos antes da poliquimioterapia (OR=1,56; IC 95%: 0,88 - 2,77) e nÃo acreditar na cura (OR=1,12; IC 95%: 0,35-3,56) [Modelo II]. Os achados do presente estudo facilitam a identificaÃÃo de grupos vulnerÃveis podendo contribuir com a reduÃÃo do diagnÃstico tardio da hansenÃase. |
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Realizou-se um estudo transversal populacional, realizado em 74 municÃpios pertencentes ao estado do Tocantins do denominado cluster 1 da hansenÃase. Dos 1.635 casos novos notificados nos anos de 2006 a 2008, foi possÃvel incluir no estudo 936 (57,2%) indivÃduos afetados. A coleta de dados foi realizada atravÃs de aplicaÃÃo de questionÃrios estruturados. Os casos classificados como paucibacilares foram 53% e multibacilares 42%; 5% nÃo tiveram registro de classificaÃÃo operacional. Em total, 290 (31%) apresentaram forma clÃnica indeterminada, 156 (16,7%) tuberculÃide, 239 (25,5%) dimorfa, 91 (9,7%) virchowiana e 160 (17,1%) nÃo tinham registro de forma clÃnica no momento do diagnÃstico. Quatrocentos e setenta e um (50,3%) tiveram GI 0, 146 (15,6%) GI 1 e 28 (3%) GI 2 no momento do diagnÃstico. Foram utilizados dois indicadores para o diagnÃstico tardio: Grau de Incapacidade (GI) 2 no diagnÃstico (Modelo I) e formas clÃnicas da doenÃa consideradas tardias (tuberculÃide/virchowiana/dimorfa) (Modelo II). Em anÃlise bivariada, o atraso no diagnÃstico se mostrou associado com: sexo masculino (OR=2,46; IC 95%: 1,07-5,67), analfabetismo (OR=2,52; IC 95%: 1,17 - 5,45), forma clÃnica multibacilar (OR=11,38; IC 95%: 3,40-38,09), dificuldade relatada no percurso de casa para o serviÃo de saÃde (OR=3,06; IC 95%: 1,41-6,65) [Modelo I]; e analfabetismo (OR=1,82; IC 95%: 1,26-2,62), 1 ou 2 pessoas por domicÃlio (OR=1,60; IC 95%: 1,07-2,37), ter passado por mais de uma unidade de saÃde para diagnÃstico (OR=2,06; IC 95%: 1,32-3,22), uso de outros tratamentos antes da poliquimioterapia (OR=2,78; IC 95%: 1,92-4,02) e nÃo acreditar na cura (OR=2,74; IC 95%: 1,25-6,01) [Modelo II]. As seguintes variÃveis ficaram no modelo final da anÃlise multivariada: sexo masculino (OR=1,52; IC 95%: 0,61-3,78), analfabetismo (OR=1,97; IC 95%: 0,81-4,82), dificuldade relatada no percurso de casa para o serviÃo de saÃde (OR=1,99; IC 95%: 0,78-5,16) [Modelo I]; e analfabetismo (OR=1,10; IC=0,55-2,21), 1 ou 2 pessoas por domicÃlio (OR=1,11; IC 95%: 0,56-2,20), ter passado por mais de uma unidade de saÃde para diagnÃstico (OR=1,09; IC 95%: 0,54-2,20), uso de outros tratamentos antes da poliquimioterapia (OR=1,56; IC 95%: 0,88 - 2,77) e nÃo acreditar na cura (OR=1,12; IC 95%: 0,35-3,56) [Modelo II]. Os achados do presente estudo facilitam a identificaÃÃo de grupos vulnerÃveis podendo contribuir com a reduÃÃo do diagnÃstico tardio da hansenÃase.Late diagnosis of leprosy contributes to maintenance of high transmission levels in endemic areas. We conducted a population-based cross-sectional in 74 municipalities of a leprosy-endemic cluster in Tocantins state (North Brazil). Of the 1.635 new cases reported from 2006 to 2008, 936 (57.2%) were included in the study. Collection of data was performed through face-to-face structured questionnaires. In total, 53% were classified as paucibacillary and 42% as multibacillary leprosy; in 5% this information was not available. Two hundred and ninety (31%) had indeterminate clinical form, 156 (16,7%) tuberculoid, 239 (25,5%) borderline, and 91 (9,7%) lepromatous, with 160 (17,1%) cases with unknonwn clinical presentation at diagnosis. Degree of disability was 0 in 470 cases (50,3%), 1 in 146 (15,6%) and 2 in 28 (3%). We used two indicators for late diagnosis of leprosy: degree of disability 2 at the moment of diagnosis (outcome I); and clinical forms considered late stage disease (tuberculoid/borderline/lepromatous) (outcome II). In bivariate analysis, delayed diagnosis was associated with: male gender (OR=2,46; 95% IC: 1,07-5,67), illiteracy (OR=2,52; 95% CI: 1,17-5,45), multibacillary disease (OR=11,38; 95% CI: 3,40-38.09), difficult access to health facility (OR=3,06; 95% CI: 1,41-6,65) [outcome I]; and illiteracy (OR=1,82; 95% CI: 1,26-2,62), 1 or 2 persons per household (OR=1,60; 95% CI: 1,07-2,37), passage through more than one health facility before diagnosis (OR=2,06; 95% CI: 1,32-3,22), use of other treatments before multidrug therapy (OR=2,78; 95% CI: 1,92-4,02) and no believe in cure (OR=2,74; 95% CI: 1,25-6,01) [outcome II]. 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Our findings allow the identification of vulnerable groups to further reduce late diagnosis of leprosy.Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicoCoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6596application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:19:43Zmail@mail.com - |
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