Obesidade infantil: a famÃlia como unidade promotora da saÃde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: KlÃvia Regina de Oliveira Saraiva
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1051
Resumo: A famÃlia tem um papel preponderante na promoÃÃo da saÃde infantil, sendo a primeira unidade de cuidado que intervÃm no processo saÃde-doenÃa e a que mais influencia os hÃbitos de vida da crianÃa. Em relaÃÃo à alimentaÃÃo, centra sua atenÃÃo na quantidade dos alimentos e nÃo na qualidade da comida. O ato de nutrir a crianÃa ultrapassa o ato biolÃgico, pois està relacionado ao comportamento e Ãs prÃticas alimentares da famÃlia, influenciados pelos meios histÃrico, social, tecnolÃgico e econÃmico. Assim, com as mudanÃas de estilo de vida da famÃlia, a crianÃa pode adquirir hÃbitos alimentares inadequados, resultando na obesidade infantil. Partindo dessa perspectiva, o estudo tem por objetivo compreender o modo de vida das famÃlias de crianÃas prÃ-escolares com risco para obesidade. Para tanto, tornou-se necessÃrio a utilizaÃÃo da Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural, de Leininger e do mÃtodo de Etnoenfermagem, a partir do preenchimento de um formulÃrio estruturado para avaliaÃÃo antropomÃtrica de 41 crianÃas prÃ-escolares matriculadas em duas creches-escolas particulares de Fortaleza, onde 8 apresentaram Ãndice de massa corporal acima do percentil 95 (obesidade); e da realizaÃÃo de entrevistas abertas com as famÃlias dessas crianÃas durante o perÃodo de trÃs meses, guiadas pelos modelos ObservaÃÃo-ParticipaÃÃo-ReflexÃo (OPR) e Estranho-Amigo. A pesquisa aponta que o tema cultural conviver com filho com risco para obesidade: uma realidade vivenciada pelas famÃlias possui nuanÃas relacionadas a comer à mais do que suprir a fome; ser uma crianÃa gorda traz problemas; e conflitos familiares em torno da crianÃa gorda. Sendo assim, as famÃlias acreditavam que a alimentaÃÃo da crianÃa era uma atividade humana que deveria ser concedida, independente das suas condiÃÃes socioeconÃmicas, dos alimentos serem nutritivos ou nÃo e da quantidade ofertada. O excesso de peso da crianÃa associado ao estigma do gordo e aos prejuÃzos fÃsicos que pode causar foi pouco considerado pelas famÃlias, que afirmavam se tratar de uma caracterÃstica da fase de crescimento infantil. As crianÃas, por serem o alvo principal de cuidados da famÃlia, muitas vezes eram o centro de conflitos familiares, que se apresentavam como disputa de poder entre as geraÃÃes e competiÃÃo entre os pais. Diante dessas apreensÃes, considera-se que a famÃlia à o universo mais afetivo, protetor e compensador da crianÃa, sendo necessÃrio que a Enfermagem adentre e envolva os demais contextos â escolar e social â para assim desenvolver aÃÃes de prevenÃÃo da obesidade infantil, juntamente com familiares e educadores. Isto viria a corroborar com a proposta da OrganizaÃÃo Pan-Americana de SaÃde de criar Escolas Promotoras de SaÃde, a partir de um estÃmulo a adoÃÃo de estilos de vida saudÃveis em todos os contextos em que a crianÃa està inserida.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisObesidade infantil: a famÃlia como unidade promotora da saÃdeChildhood obesity: the family as a health promotion unit2008-01-15Lorena Barbosa Ximenes46233504368Ana Karina Bezerra Pinheiro43462162349http://lattes.cnpq.br/6862658087106562 LÃgia Barros Costa00151360359http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4766242U6Mirna Albuquerque Frota44087144372http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4708820P055857043204http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4776261D5KlÃvia Regina de Oliveira SaraivaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em EnfermagemUFCBRObesidade CrianÃa FamÃlia Cultura EnfermagemObesity Child Family Culture NursingENFERMAGEMA famÃlia tem um papel preponderante na promoÃÃo da saÃde infantil, sendo a primeira unidade de cuidado que intervÃm no processo saÃde-doenÃa e a que mais influencia os hÃbitos de vida da crianÃa. Em relaÃÃo à alimentaÃÃo, centra sua atenÃÃo na quantidade dos alimentos e nÃo na qualidade da comida. O ato de nutrir a crianÃa ultrapassa o ato biolÃgico, pois està relacionado ao comportamento e Ãs prÃticas alimentares da famÃlia, influenciados pelos meios histÃrico, social, tecnolÃgico e econÃmico. Assim, com as mudanÃas de estilo de vida da famÃlia, a crianÃa pode adquirir hÃbitos alimentares inadequados, resultando na obesidade infantil. Partindo dessa perspectiva, o estudo tem por objetivo compreender o modo de vida das famÃlias de crianÃas prÃ-escolares com risco para obesidade. Para tanto, tornou-se necessÃrio a utilizaÃÃo da Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural, de Leininger e do mÃtodo de Etnoenfermagem, a partir do preenchimento de um formulÃrio estruturado para avaliaÃÃo antropomÃtrica de 41 crianÃas prÃ-escolares matriculadas em duas creches-escolas particulares de Fortaleza, onde 8 apresentaram Ãndice de massa corporal acima do percentil 95 (obesidade); e da realizaÃÃo de entrevistas abertas com as famÃlias dessas crianÃas durante o perÃodo de trÃs meses, guiadas pelos modelos ObservaÃÃo-ParticipaÃÃo-ReflexÃo (OPR) e Estranho-Amigo. A pesquisa aponta que o tema cultural conviver com filho com risco para obesidade: uma realidade vivenciada pelas famÃlias possui nuanÃas relacionadas a comer à mais do que suprir a fome; ser uma crianÃa gorda traz problemas; e conflitos familiares em torno da crianÃa gorda. Sendo assim, as famÃlias acreditavam que a alimentaÃÃo da crianÃa era uma atividade humana que deveria ser concedida, independente das suas condiÃÃes socioeconÃmicas, dos alimentos serem nutritivos ou nÃo e da quantidade ofertada. O excesso de peso da crianÃa associado ao estigma do gordo e aos prejuÃzos fÃsicos que pode causar foi pouco considerado pelas famÃlias, que afirmavam se tratar de uma caracterÃstica da fase de crescimento infantil. As crianÃas, por serem o alvo principal de cuidados da famÃlia, muitas vezes eram o centro de conflitos familiares, que se apresentavam como disputa de poder entre as geraÃÃes e competiÃÃo entre os pais. Diante dessas apreensÃes, considera-se que a famÃlia à o universo mais afetivo, protetor e compensador da crianÃa, sendo necessÃrio que a Enfermagem adentre e envolva os demais contextos â escolar e social â para assim desenvolver aÃÃes de prevenÃÃo da obesidade infantil, juntamente com familiares e educadores. Isto viria a corroborar com a proposta da OrganizaÃÃo Pan-Americana de SaÃde de criar Escolas Promotoras de SaÃde, a partir de um estÃmulo a adoÃÃo de estilos de vida saudÃveis em todos os contextos em que a crianÃa està inserida.The family has a leading role in the child health promotion, being the first unity of care that intervenes in the health-sickness process and the is the one that has the greatest influence on the life habits of the child. With regards to feeding, it focus its attention on the quantity of food and not on its quality. The act of feeding the child goes beyond the biologic act, since it is related to the feeding behavior and practices of the family, which are influenced by the historic, social, technological and economic environments. Thus, with the changes in lifestyle of the families, the children can acquire inadequate feeding habits, resulting in child obesity. Starting from this perspective, the study has the goal of understanding the way of life of the families of pre-school age children with obesity risk. For that, it became necessary to use Leiningerâs Theory of Diversity and Universality of Cultural Care and the method of Etnonursing, starting by filling an anthropometric evaluation form of 41 children in pre-school age enrolled in two daycares in Fortaleza, where 8 have shown body mass index above the 95 percent (obesity); and by carrying out open interviews with the families of these children during a three-month period, guided by the models Observation-Participation-Reflexion (OPR) and Stranger-Friend. The survey shows that the cultural theme to live with a child with obesity risk: a reality experienced by the families has nuances related with eating is more than satisfying a hunger; being a fat child brings troubles; and family conflicts around a fat child. Therefore, the families believed that feeding the child was a human activity that should be conceded, independently of their socio-economic conditions, of the nutrition value of the food and of the quantity available. The excess weight of the child associated with the stigma of the fat person and to the physical handicaps that it can cause was of little concern to the families, that said it to be characteristic of a child growth phase. The children, being the main target of the care of the family, often were the center of family conflicts, that presented themselves as power disputes between generations and competition between the parents. Faced with these apprehensions, it is understood that the family is the most affective, protective and rewarding universe of the children, being necessary for Nursing to reaches in and involve the remaining contexts â the school and the social ones â in order to develop actions of prevention of child obesity, together with relatives and teachers. That would corroborate the proposal of the Pan-American Organization of Health of creating Health Promotion Schools, starting from a support for the adoption of healthy lifestyles in all contexts of the childâs life.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1051application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:13:57Zmail@mail.com -
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