Dasein e Linguagem em Heidegger:do discurso ao monÃlogo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1750 |
Resumo: | Este trabalho tem como propÃsito explicitar a continuidade do pensamento de Heidegger a respeito da relaÃÃo entre o Dasein e a linguagem, especificamente a partir da abordagem de trÃs textos: Ser e tempo (1927); Sobre o humanismo (1946) e O caminho para a linguagem (1959). O objetivo principal à examinar esta relaÃÃo antes e depois do que foi considerado uma âviradaâ (Kehre) na filosofia de Heidegger, destacando uma nova concepÃÃo de linguagem e ser humano que resulta desse movimento. Parte-se de uma abordagem hermenÃutica de Heidegger e de uma ampliaÃÃo do contexto da analÃtica existencial nÃo no sentido de uma âantropologia filosÃficaâ, em que se poderia firmar a essÃncia do homem, de seu pensar e agir, mas no sentido de uma âfilosofia antropolÃgicaâ, se assim for possÃvel propor, que pressupÃe a contingÃncia e a faticidade. A centralidade da reviravolta lingÃÃstica na filosofia contemporÃnea, como uma forma de radicalizaÃÃo da relaÃÃo de âpertenÃaâ entre linguagem e âhumanoâ, à atrelada a este contexto em funÃÃo de sua importÃncia no pensamento filosÃfico que pÃe em xeque o pensar metafÃsico. Neste movimento, busca-se saber atà que ponto o pensamento de Heidegger efetivamente se transforma, ou simplesmente se desdobra a partir de pressupostos que jà estavam dados desde Ser e tempo. Por um lado, o abandono da analÃtica existencial do Dasein como âmediaÃÃoâ em favor de uma ampliaÃÃo do sentido da linguagem do ser distancia Heidegger da âantropologiaâ, por outro, se consideramos a centralidade da poesia no pensamento da âhistÃria do serâ e da âverdade do serâ, vemos que o Dasein permanece uma referÃncia central reconfigurada, e que nos remete a uma nova possibilidade de âantropologiaâ. Opondo-se à determinaÃÃo lÃgica do conhecimento em favor do aspecto hermenÃutico da compreensÃo, o pensamento de Heidegger aponta a âlogiaâ como determinante para que o anthropos tenha se tornado a referÃncia central da filosofia. Abandonando-se a âlogiaâ do logos enquanto lÃgica, e este parece ser o caminho de Heidegger desde o inÃcio, remanesce a centralidade do Dasein como abertura ao ser e como pÃlo da diferenÃa ontolÃgica; vigora o homem no lugar do sujeito do conhecimento; permanece o logos enquanto linguagem. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisDasein e Linguagem em Heidegger:do discurso ao monÃlogoDasein and language in Heidegger: from discourse to monologue.2007-08-22CustÃdio Luis Silva de Almeida26311178320 http://lattes.cnpq.br/2127408625276716Josà Maria Arruda de Souza3781344738765953835353http://lattes.cnpq.br/5054633257502667Fillipa Carneiro SilveiraUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FilosofiaUFCBRDasein linguagem hermenÃutica metafÃsica humano virada (Kehre)Dasein language hermeneutics metaphysics human turn (Kehre)FILOSOFIAEste trabalho tem como propÃsito explicitar a continuidade do pensamento de Heidegger a respeito da relaÃÃo entre o Dasein e a linguagem, especificamente a partir da abordagem de trÃs textos: Ser e tempo (1927); Sobre o humanismo (1946) e O caminho para a linguagem (1959). O objetivo principal à examinar esta relaÃÃo antes e depois do que foi considerado uma âviradaâ (Kehre) na filosofia de Heidegger, destacando uma nova concepÃÃo de linguagem e ser humano que resulta desse movimento. Parte-se de uma abordagem hermenÃutica de Heidegger e de uma ampliaÃÃo do contexto da analÃtica existencial nÃo no sentido de uma âantropologia filosÃficaâ, em que se poderia firmar a essÃncia do homem, de seu pensar e agir, mas no sentido de uma âfilosofia antropolÃgicaâ, se assim for possÃvel propor, que pressupÃe a contingÃncia e a faticidade. A centralidade da reviravolta lingÃÃstica na filosofia contemporÃnea, como uma forma de radicalizaÃÃo da relaÃÃo de âpertenÃaâ entre linguagem e âhumanoâ, à atrelada a este contexto em funÃÃo de sua importÃncia no pensamento filosÃfico que pÃe em xeque o pensar metafÃsico. Neste movimento, busca-se saber atà que ponto o pensamento de Heidegger efetivamente se transforma, ou simplesmente se desdobra a partir de pressupostos que jà estavam dados desde Ser e tempo. Por um lado, o abandono da analÃtica existencial do Dasein como âmediaÃÃoâ em favor de uma ampliaÃÃo do sentido da linguagem do ser distancia Heidegger da âantropologiaâ, por outro, se consideramos a centralidade da poesia no pensamento da âhistÃria do serâ e da âverdade do serâ, vemos que o Dasein permanece uma referÃncia central reconfigurada, e que nos remete a uma nova possibilidade de âantropologiaâ. Opondo-se à determinaÃÃo lÃgica do conhecimento em favor do aspecto hermenÃutico da compreensÃo, o pensamento de Heidegger aponta a âlogiaâ como determinante para que o anthropos tenha se tornado a referÃncia central da filosofia. Abandonando-se a âlogiaâ do logos enquanto lÃgica, e este parece ser o caminho de Heidegger desde o inÃcio, remanesce a centralidade do Dasein como abertura ao ser e como pÃlo da diferenÃa ontolÃgica; vigora o homem no lugar do sujeito do conhecimento; permanece o logos enquanto linguagem.This work intends to explain the continuity of Heideggerâs thought on the relation between Dasein and language, specifically through the approach of three texts: Sein und Zeit (1927), Ãber humanismus (1946) and Der Weg zur Sprache (1959). The main objective is approaching this relation before and after the so called turn (Kehre) in Heideggerâs philosophy, emphasizing a new conception of language and human being which results of this movement. Our starting point is an hermeneutical approach of Heidegger and an enlargement of the existential analyses not towards a âphilosophic anthropologyâ, in which we could set up the essence of the human being, of his thinking and acting, but in the sense of an âanthropological philosophyâ, if it is possible, which presupposes contingency and facticity. The preponderance of the linguistic turn in the contemporary philosophy, as a way of increasing the âbelongingâ relation between language and the dimension of âhumanâ, is linked to this context, according to its importance in the philosophical thought that keeps in check the metaphysical thinking. This approach aims to know how far Heideggerâs thought effectively moves towards a transformation or barely unrolls itself starting to presumptions which were already in Being and time. On one hand, when Heidegger leaves the existential analyses of the Dasein as âmediationâ on behalf of an ampliation of the sense on seinâs language, he stays apart from the anthropology. On the other hand, if we consider the preponderance of poetry in the thinking of the âhistory of beingâ and âtruth of beingâ, we see that Dasein remains as an important reference in other terms, which send us to a possibility of a new anthropology. Criticizing the logical determination of knowledge in the name of hermeneutical feature of comprehension, Heideggerâs thought indicates that âlogyâ has determine the anthropos to become the central reference of philosophy. Abandoning the âlogyâ of logos, and this seems to be Heideggerâs orientation since his beginning, the preponderance of the Dasein stays as openness of being and as pole of the ontological difference; the man is in verve instead of the epistemic subject; the logos remains as language.Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1750application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:15:22Zmail@mail.com - |
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This work intends to explain the continuity of Heideggerâs thought on the relation between Dasein and language, specifically through the approach of three texts: Sein und Zeit (1927), Ãber humanismus (1946) and Der Weg zur Sprache (1959). The main objective is approaching this relation before and after the so called turn (Kehre) in Heideggerâs philosophy, emphasizing a new conception of language and human being which results of this movement. Our starting point is an hermeneutical approach of Heidegger and an enlargement of the existential analyses not towards a âphilosophic anthropologyâ, in which we could set up the essence of the human being, of his thinking and acting, but in the sense of an âanthropological philosophyâ, if it is possible, which presupposes contingency and facticity. The preponderance of the linguistic turn in the contemporary philosophy, as a way of increasing the âbelongingâ relation between language and the dimension of âhumanâ, is linked to this context, according to its importance in the philosophical thought that keeps in check the metaphysical thinking. This approach aims to know how far Heideggerâs thought effectively moves towards a transformation or barely unrolls itself starting to presumptions which were already in Being and time. On one hand, when Heidegger leaves the existential analyses of the Dasein as âmediationâ on behalf of an ampliation of the sense on seinâs language, he stays apart from the anthropology. On the other hand, if we consider the preponderance of poetry in the thinking of the âhistory of beingâ and âtruth of beingâ, we see that Dasein remains as an important reference in other terms, which send us to a possibility of a new anthropology. Criticizing the logical determination of knowledge in the name of hermeneutical feature of comprehension, Heideggerâs thought indicates that âlogyâ has determine the anthropos to become the central reference of philosophy. Abandoning the âlogyâ of logos, and this seems to be Heideggerâs orientation since his beginning, the preponderance of the Dasein stays as openness of being and as pole of the ontological difference; the man is in verve instead of the epistemic subject; the logos remains as language. |
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Este trabalho tem como propÃsito explicitar a continuidade do pensamento de Heidegger a respeito da relaÃÃo entre o Dasein e a linguagem, especificamente a partir da abordagem de trÃs textos: Ser e tempo (1927); Sobre o humanismo (1946) e O caminho para a linguagem (1959). O objetivo principal à examinar esta relaÃÃo antes e depois do que foi considerado uma âviradaâ (Kehre) na filosofia de Heidegger, destacando uma nova concepÃÃo de linguagem e ser humano que resulta desse movimento. Parte-se de uma abordagem hermenÃutica de Heidegger e de uma ampliaÃÃo do contexto da analÃtica existencial nÃo no sentido de uma âantropologia filosÃficaâ, em que se poderia firmar a essÃncia do homem, de seu pensar e agir, mas no sentido de uma âfilosofia antropolÃgicaâ, se assim for possÃvel propor, que pressupÃe a contingÃncia e a faticidade. A centralidade da reviravolta lingÃÃstica na filosofia contemporÃnea, como uma forma de radicalizaÃÃo da relaÃÃo de âpertenÃaâ entre linguagem e âhumanoâ, à atrelada a este contexto em funÃÃo de sua importÃncia no pensamento filosÃfico que pÃe em xeque o pensar metafÃsico. Neste movimento, busca-se saber atà que ponto o pensamento de Heidegger efetivamente se transforma, ou simplesmente se desdobra a partir de pressupostos que jà estavam dados desde Ser e tempo. Por um lado, o abandono da analÃtica existencial do Dasein como âmediaÃÃoâ em favor de uma ampliaÃÃo do sentido da linguagem do ser distancia Heidegger da âantropologiaâ, por outro, se consideramos a centralidade da poesia no pensamento da âhistÃria do serâ e da âverdade do serâ, vemos que o Dasein permanece uma referÃncia central reconfigurada, e que nos remete a uma nova possibilidade de âantropologiaâ. Opondo-se à determinaÃÃo lÃgica do conhecimento em favor do aspecto hermenÃutico da compreensÃo, o pensamento de Heidegger aponta a âlogiaâ como determinante para que o anthropos tenha se tornado a referÃncia central da filosofia. Abandonando-se a âlogiaâ do logos enquanto lÃgica, e este parece ser o caminho de Heidegger desde o inÃcio, remanesce a centralidade do Dasein como abertura ao ser e como pÃlo da diferenÃa ontolÃgica; vigora o homem no lugar do sujeito do conhecimento; permanece o logos enquanto linguagem. |
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