O conceito de angústia em Heidegger: da analítica existencial à história do ser

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alvares, Mariana Marcelino Silva
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-21062024-184740/
Resumo: O presente trabalho tem o objetivo de examinar o tratamento do conceito de angústia em Ser e Tempo (1927) e na preleção Que é Metafísica? (1929). Em Ser e Tempo, Heidegger trata o encontrar-se de angústia enfatizando a relação desse conceito com as possibilidades de impropriedade e propriedade. Com efeito, no §40 do tratado maior, o filósofo apresenta a angústia como o encontrar-se que singulariza o ser-aí. Por sua vez, na preleção de 1929, o filósofo apresenta o conceito de angústia enfatizando o papel desse conceito com o descobrimento do ser. Na pergunta metafísica pelo nada, o filósofo lança mão do encontrar-se da angústia para descobrir a transcendência do ser-aí. Em jogo está a relação entre o ser e nada desvelado pelo encontrar-se da angústia, na preleção Que é Metafísica? Para Richardson, essa diferença prenuncia a chamada virada do pensamento de Heidegger. Segundo Sheehan, porém, é possível pensar em, ao menos, três sentidos de Kehre no pensamento de Heidegger. Cabe-nos delimitar qual o sentido de virada nos referimos quando tratamos da diferença do conceito de angústia nas duas obras citadas. Nosso objetivo, portanto, é o de investigar se a preleção de 1929 pode ser lida como um prenúncio da mudança de orientação do pensamento de Heidegger, nos anos 30. Trata-se de uma reorientação do projeto filosófico de Heidegger, que passa de uma perspectiva transcendental para outra, focada dessa vez na história do ser
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spelling O conceito de angústia em Heidegger: da analítica existencial à história do serHeidegger\'s concept of anxiety: from existential analytics to the history of beingAngústiaAnxietyDaseinKehreNadaNothingSer-aíViradaO presente trabalho tem o objetivo de examinar o tratamento do conceito de angústia em Ser e Tempo (1927) e na preleção Que é Metafísica? (1929). Em Ser e Tempo, Heidegger trata o encontrar-se de angústia enfatizando a relação desse conceito com as possibilidades de impropriedade e propriedade. Com efeito, no §40 do tratado maior, o filósofo apresenta a angústia como o encontrar-se que singulariza o ser-aí. Por sua vez, na preleção de 1929, o filósofo apresenta o conceito de angústia enfatizando o papel desse conceito com o descobrimento do ser. Na pergunta metafísica pelo nada, o filósofo lança mão do encontrar-se da angústia para descobrir a transcendência do ser-aí. Em jogo está a relação entre o ser e nada desvelado pelo encontrar-se da angústia, na preleção Que é Metafísica? Para Richardson, essa diferença prenuncia a chamada virada do pensamento de Heidegger. Segundo Sheehan, porém, é possível pensar em, ao menos, três sentidos de Kehre no pensamento de Heidegger. Cabe-nos delimitar qual o sentido de virada nos referimos quando tratamos da diferença do conceito de angústia nas duas obras citadas. Nosso objetivo, portanto, é o de investigar se a preleção de 1929 pode ser lida como um prenúncio da mudança de orientação do pensamento de Heidegger, nos anos 30. Trata-se de uma reorientação do projeto filosófico de Heidegger, que passa de uma perspectiva transcendental para outra, focada dessa vez na história do serThe present work aims to examine the treatment of the concept of anxiety in Being and Time (1927) and in the lecture What is Metaphysics? (1929). In Being and Time, Heidegger deals with the feeling of anxiety, emphasizing the relationship of this concept with the possibilities of impropriety and property. In fact, in §40 of the major treatise, the philosopher presents anxiety as the finding of oneself that singularizes being-there. In turn, in the 1929 lecture, the philosopher presents this concept emphasizing the role of this concept in the discovery of being. In the metaphysical question about nothingness, the philosopher uses the finding of anxiety to discover the transcendence of being-there. At stake is the relationship between being and nothing revealed by the encounter of anguish, in the lecture What is Metaphysics? For Richardson, this difference foreshadows the so-called turn in Heidegger\'s thought. According to Sheehan, however, it is possible to think of at least three meanings of Kehre in Heidegger\'s thought. It is up to us to define which direction of turn we are referring to when we deal with the difference in the concept of anxiety in the two works mentioned. Our objective, therefore, is to investigate whether the 1929 lecture can be read as a foreshadowing of the change in orientation of Heidegger\'s thought in the 1930s. It is a reorientation of Heidegger\'s philosophical project, which moves from a perspective transcendental to another, this time focused on the history of beingBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBrandão, EduardoAlvares, Mariana Marcelino Silva2023-12-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-21062024-184740/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-06-26T20:52:02Zoai:teses.usp.br:tde-21062024-184740Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-06-26T20:52:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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