Syndecan-1 na insuficiÃncia cardÃaca descompensada: associaÃÃo com a funÃÃo renal e mortalidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernanda Macedo de Oliveira Neves
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14153
Resumo: IntroduÃÃo: Nas Ãltimas dÃcadas, a insuficiÃncia cardÃaca (IC) emergiu como um problema de saÃde pÃblica mundial. Dados do MinistÃrio da SaÃde de 2006 sugerem prevalÃncia de dois milhÃes de portadores de IC, sendo esta uma das principais causas de hospitalizaÃÃo entre as doenÃas cardiovasculares no Sistema Ãnico de SaÃde. LesÃo renal aguda (LRA) à uma complicaÃÃo comum em pacientes admitidos por IC. Portanto, sabe-se que a diminuiÃÃo da funÃÃo renal està associada com o aumento do risco de Ãbito, hospitalizaÃÃes e eventos cardiovasculares com importantes implicaÃÃes socioeconÃmicas. Apesar da terapia avanÃada para IC, o prognÃstico de pacientes com IC continua reservado. Objetivo: Avaliar o biomarcador syndecan-1 na admissÃo hospitalar em pacientes internados por IC descompensada e a sua associaÃÃo com lesÃo renal aguda/crÃnica. Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo observacional com 201 pacientes apresentando IC descompensada no departamento de emergÃncia. O estudo foi realizado em um hospital pÃblico, na cidade de Fortaleza/CE entre abril e setembro de 2013. Foi aprovado pelo Comità de Ãtica em Pesquisa do Hospital de Messejana Doutor Carlos Alberto Studart Gomes. Os pacientes foram comparados com um grupo controle composto por 15 indivÃduos sadios. A anÃlise foi realizada em amostras de soro por meio da tÃcnica de imunoensaio ligado à enzima (ELISA) e pelos ensaios bioquÃmicos. A anÃlise estatÃstica foi realizada atravÃs do programa SPSS 19.0 para Windows. Resultados: A idade mÃdia foi 64,2  13,5 anos e a fraÃÃo de ejeÃÃo (FE) calculada foi de 41.5  14.4 no momento da admissÃo. Considerando todos os pacientes, 80 (39,8 %) tinham doenÃa renal crÃnica (DRC) e 62 pacientes (37,8 %) desenvolveram ou pioraram da LRA durante a internaÃÃo. Dos pacientes com DRC, 43 pacientes mantiveram funÃÃo renal estÃvel durante a internaÃÃo hospitalar. A mÃdia de internaÃÃo hospitalar foi de 8,7  4,9 dias e mortalidade intra-hospitalar foi de 5,5%. Os pacientes IC descompensada tinham syndecan-1 sÃrico aumentado na admissÃo hospitalar (133,7  95,0 vs. 18,3  9,2, p<0,001) em comparaÃÃo ao grupo controle. O aumento do nÃvel de syndecan-1 foi observada em pacientes com LRA (mÃdia de 248,7  165.6ng/mL). Pacientes com estÃgio 2/3 de LRA (n =13) apresentaram maior nÃvel syndecan-1 em comparaÃÃo aos pacientes com estÃgio 1 de LRA (n = 63) - 443,2  281,1 vs. 178,9  100,8 ng/mL, p <0,001). A curva ROC para a previsÃo LRA foi 0,741 (IC 95% 0,669-0,812, p <0,001). Os resultados foram ainda melhores quando considerados apenas os graus mais elevados de severidade da LRA (estÃgio2/3) â curva ROC 0,840 (IC 95% 0,733-0,948, p <0,001) Na anÃlise uni variada, a concentraÃÃo de syndecan-1 como variÃvel contÃnua se correlacionou de forma significativa com a mortalidade hospitalar (OR = 1,046 com 95% CI 1,025-1,067, p<0,001 para cada 10ng/mL). AlÃm disso, nÃvel de syndecan-1 na admissÃo da emergÃncia teve boa capacidade discriminativa para prever a mortalidade hospitalar (AUC 0,788 IC 95% 0,673-0,903, p<0,001). ConclusÃo: Em pacientes com IC descompensada, syndecan-1 mensurada na prÃ-admissÃo hospitalar pode ser considerado como um biomarcador efetivo para predizer a LRA e mortalidade.
id UFC_1c9f6c5fd7a0f0fce5e7f382ed5f4390
oai_identifier_str oai:www.teses.ufc.br:9415
network_acronym_str UFC
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSyndecan-1 na insuficiÃncia cardÃaca descompensada: associaÃÃo com a funÃÃo renal e mortalidadeSyndecan-1 in decompensated heart failure: association with renal function and mortality2014-04-04Alexandre Braga LibÃrio64738450387http://lattes.cnpq.br/1953734600948522Alice Maria Costa Martins43431690300http://lattes.cnpq.br/7532334620264577Sandra NÃvea dos Reis Saraiva FalcÃo57571210330http://lattes.cnpq.br/194942686187626922278795805http://lattes.cnpq.br/6920351807918812Fernanda Macedo de Oliveira NevesUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias MÃdicasUFCBRMEDICINAIntroduÃÃo: Nas Ãltimas dÃcadas, a insuficiÃncia cardÃaca (IC) emergiu como um problema de saÃde pÃblica mundial. Dados do MinistÃrio da SaÃde de 2006 sugerem prevalÃncia de dois milhÃes de portadores de IC, sendo esta uma das principais causas de hospitalizaÃÃo entre as doenÃas cardiovasculares no Sistema Ãnico de SaÃde. LesÃo renal aguda (LRA) à uma complicaÃÃo comum em pacientes admitidos por IC. Portanto, sabe-se que a diminuiÃÃo da funÃÃo renal està associada com o aumento do risco de Ãbito, hospitalizaÃÃes e eventos cardiovasculares com importantes implicaÃÃes socioeconÃmicas. Apesar da terapia avanÃada para IC, o prognÃstico de pacientes com IC continua reservado. Objetivo: Avaliar o biomarcador syndecan-1 na admissÃo hospitalar em pacientes internados por IC descompensada e a sua associaÃÃo com lesÃo renal aguda/crÃnica. Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo observacional com 201 pacientes apresentando IC descompensada no departamento de emergÃncia. O estudo foi realizado em um hospital pÃblico, na cidade de Fortaleza/CE entre abril e setembro de 2013. Foi aprovado pelo Comità de Ãtica em Pesquisa do Hospital de Messejana Doutor Carlos Alberto Studart Gomes. Os pacientes foram comparados com um grupo controle composto por 15 indivÃduos sadios. A anÃlise foi realizada em amostras de soro por meio da tÃcnica de imunoensaio ligado à enzima (ELISA) e pelos ensaios bioquÃmicos. A anÃlise estatÃstica foi realizada atravÃs do programa SPSS 19.0 para Windows. Resultados: A idade mÃdia foi 64,2  13,5 anos e a fraÃÃo de ejeÃÃo (FE) calculada foi de 41.5  14.4 no momento da admissÃo. Considerando todos os pacientes, 80 (39,8 %) tinham doenÃa renal crÃnica (DRC) e 62 pacientes (37,8 %) desenvolveram ou pioraram da LRA durante a internaÃÃo. Dos pacientes com DRC, 43 pacientes mantiveram funÃÃo renal estÃvel durante a internaÃÃo hospitalar. A mÃdia de internaÃÃo hospitalar foi de 8,7  4,9 dias e mortalidade intra-hospitalar foi de 5,5%. Os pacientes IC descompensada tinham syndecan-1 sÃrico aumentado na admissÃo hospitalar (133,7  95,0 vs. 18,3  9,2, p<0,001) em comparaÃÃo ao grupo controle. O aumento do nÃvel de syndecan-1 foi observada em pacientes com LRA (mÃdia de 248,7  165.6ng/mL). Pacientes com estÃgio 2/3 de LRA (n =13) apresentaram maior nÃvel syndecan-1 em comparaÃÃo aos pacientes com estÃgio 1 de LRA (n = 63) - 443,2  281,1 vs. 178,9  100,8 ng/mL, p <0,001). A curva ROC para a previsÃo LRA foi 0,741 (IC 95% 0,669-0,812, p <0,001). Os resultados foram ainda melhores quando considerados apenas os graus mais elevados de severidade da LRA (estÃgio2/3) â curva ROC 0,840 (IC 95% 0,733-0,948, p <0,001) Na anÃlise uni variada, a concentraÃÃo de syndecan-1 como variÃvel contÃnua se correlacionou de forma significativa com a mortalidade hospitalar (OR = 1,046 com 95% CI 1,025-1,067, p<0,001 para cada 10ng/mL). AlÃm disso, nÃvel de syndecan-1 na admissÃo da emergÃncia teve boa capacidade discriminativa para prever a mortalidade hospitalar (AUC 0,788 IC 95% 0,673-0,903, p<0,001). ConclusÃo: Em pacientes com IC descompensada, syndecan-1 mensurada na prÃ-admissÃo hospitalar pode ser considerado como um biomarcador efetivo para predizer a LRA e mortalidade.Introduction: In recent decades, heart failure (HF) has emerged as a global public health problem. Data from the Ministry of Health, 2006, suggest prevalence of two million patients with HF, thus representing one of the major causes of hospitalization among cardiovascular diseases in the Unified Health System (SUS). Acute kidney injury (AKI) is a common complication in patients admitted for HF. Therefore, it is known that the decrease of renal function is associated with increased risk of death, hospitalization, and cardiovascular events with significant socioeconomic implications. Despite the advanced therapy for HF, the prognosis of patients with HF remains guarded. Objective: To evaluate the biomarker syndecan-1 at admission in patients hospitalized for decompensated HF and its association with acute/chronic renal injury. Methods: This is a prospective observational study conducted with 201 patients with decompensated HF at the emergency department. The study took place in a public hospital in the city of Fortaleza-CE, Brazil, between April and September 2013. The Research Ethics Committee of the Hospital de Messejana Doutor Carlos Alberto Studart Gomes approved the study. We compared the patients with a control group of 15 healthy individuals. The analysis happened through serum samples applying the enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) technique and through biochemical assays. For statistical analysis, we used the SPSS 19.0 for Windows. Results: The mean age was 64.2  13.5 years and the ejection fraction (EF) calculated was 41.5  14.4 at the time of admission. Considering all the patients, 80 (39.8%) had chronic kidney disease (CKD) and 62 (37.8%) developed or worsening AKI during hospitalization. Of the patients with CKD, 43 maintained stable renal function during hospitalization. The average length of hospital stay was 8.7  4.9 days and the in-hospital mortality was 5.5%. The patients with decompensated HF had increased serum syndecan-1 at admission (133.7  95.0 vs. 18.3  9.2, p<0.001) compared with the control group. We observed an increased level of syndecan-1 in patients with AKI (mean of 248.7  165.6ng/mL). Patients with AKI stage 2/3 (n=13) had higher level of syndecan-1 compared with patients with AKI stage 1 (n=63) (443.2  281.1 vs. 178.9  100.8 ng/mL, p <0.001). The ROC curve for AKI prediction was 0.741 (95% CI 0.669-0.812, p<0.001). The results were even better when considering only the highest levels of AKI severity (stage 2/3) â ROC curve 0.840 (95% CI 0.733-0.948, p<0.001). In the univariate analysis, the concentration of syndecan-1 as a continuous variable was significantly correlated with hospital mortality (OR=1.046 95% CI 1.025-1.067, p<0.001 for each 10ng/mL). Additionally, the level of syndecan-1 at admission on emergency had good discriminative ability to predict hospital mortality (AUC 0.788 95% CI 0.673-0.903, p<0.001). Conclusion: In patients with decompensated HF, syndecan-1 measured in the pre-hospital admission can be considered as an effective biomarker to predict AKI and mortality.nÃo hÃhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14153application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:27:21Zmail@mail.com -
dc.title.pt.fl_str_mv Syndecan-1 na insuficiÃncia cardÃaca descompensada: associaÃÃo com a funÃÃo renal e mortalidade
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Syndecan-1 in decompensated heart failure: association with renal function and mortality
title Syndecan-1 na insuficiÃncia cardÃaca descompensada: associaÃÃo com a funÃÃo renal e mortalidade
spellingShingle Syndecan-1 na insuficiÃncia cardÃaca descompensada: associaÃÃo com a funÃÃo renal e mortalidade
Fernanda Macedo de Oliveira Neves
MEDICINA
title_short Syndecan-1 na insuficiÃncia cardÃaca descompensada: associaÃÃo com a funÃÃo renal e mortalidade
title_full Syndecan-1 na insuficiÃncia cardÃaca descompensada: associaÃÃo com a funÃÃo renal e mortalidade
title_fullStr Syndecan-1 na insuficiÃncia cardÃaca descompensada: associaÃÃo com a funÃÃo renal e mortalidade
title_full_unstemmed Syndecan-1 na insuficiÃncia cardÃaca descompensada: associaÃÃo com a funÃÃo renal e mortalidade
title_sort Syndecan-1 na insuficiÃncia cardÃaca descompensada: associaÃÃo com a funÃÃo renal e mortalidade
author Fernanda Macedo de Oliveira Neves
author_facet Fernanda Macedo de Oliveira Neves
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Alexandre Braga LibÃrio
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 64738450387
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1953734600948522
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Alice Maria Costa Martins
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv 43431690300
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7532334620264577
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Sandra NÃvea dos Reis Saraiva FalcÃo
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv 57571210330
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1949426861876269
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 22278795805
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6920351807918812
dc.contributor.author.fl_str_mv Fernanda Macedo de Oliveira Neves
contributor_str_mv Alexandre Braga LibÃrio
Alice Maria Costa Martins
Sandra NÃvea dos Reis Saraiva FalcÃo
dc.subject.cnpq.fl_str_mv MEDICINA
topic MEDICINA
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv nÃo hÃ
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv IntroduÃÃo: Nas Ãltimas dÃcadas, a insuficiÃncia cardÃaca (IC) emergiu como um problema de saÃde pÃblica mundial. Dados do MinistÃrio da SaÃde de 2006 sugerem prevalÃncia de dois milhÃes de portadores de IC, sendo esta uma das principais causas de hospitalizaÃÃo entre as doenÃas cardiovasculares no Sistema Ãnico de SaÃde. LesÃo renal aguda (LRA) à uma complicaÃÃo comum em pacientes admitidos por IC. Portanto, sabe-se que a diminuiÃÃo da funÃÃo renal està associada com o aumento do risco de Ãbito, hospitalizaÃÃes e eventos cardiovasculares com importantes implicaÃÃes socioeconÃmicas. Apesar da terapia avanÃada para IC, o prognÃstico de pacientes com IC continua reservado. Objetivo: Avaliar o biomarcador syndecan-1 na admissÃo hospitalar em pacientes internados por IC descompensada e a sua associaÃÃo com lesÃo renal aguda/crÃnica. Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo observacional com 201 pacientes apresentando IC descompensada no departamento de emergÃncia. O estudo foi realizado em um hospital pÃblico, na cidade de Fortaleza/CE entre abril e setembro de 2013. Foi aprovado pelo Comità de Ãtica em Pesquisa do Hospital de Messejana Doutor Carlos Alberto Studart Gomes. Os pacientes foram comparados com um grupo controle composto por 15 indivÃduos sadios. A anÃlise foi realizada em amostras de soro por meio da tÃcnica de imunoensaio ligado à enzima (ELISA) e pelos ensaios bioquÃmicos. A anÃlise estatÃstica foi realizada atravÃs do programa SPSS 19.0 para Windows. Resultados: A idade mÃdia foi 64,2  13,5 anos e a fraÃÃo de ejeÃÃo (FE) calculada foi de 41.5  14.4 no momento da admissÃo. Considerando todos os pacientes, 80 (39,8 %) tinham doenÃa renal crÃnica (DRC) e 62 pacientes (37,8 %) desenvolveram ou pioraram da LRA durante a internaÃÃo. Dos pacientes com DRC, 43 pacientes mantiveram funÃÃo renal estÃvel durante a internaÃÃo hospitalar. A mÃdia de internaÃÃo hospitalar foi de 8,7  4,9 dias e mortalidade intra-hospitalar foi de 5,5%. Os pacientes IC descompensada tinham syndecan-1 sÃrico aumentado na admissÃo hospitalar (133,7  95,0 vs. 18,3  9,2, p<0,001) em comparaÃÃo ao grupo controle. O aumento do nÃvel de syndecan-1 foi observada em pacientes com LRA (mÃdia de 248,7  165.6ng/mL). Pacientes com estÃgio 2/3 de LRA (n =13) apresentaram maior nÃvel syndecan-1 em comparaÃÃo aos pacientes com estÃgio 1 de LRA (n = 63) - 443,2  281,1 vs. 178,9  100,8 ng/mL, p <0,001). A curva ROC para a previsÃo LRA foi 0,741 (IC 95% 0,669-0,812, p <0,001). Os resultados foram ainda melhores quando considerados apenas os graus mais elevados de severidade da LRA (estÃgio2/3) â curva ROC 0,840 (IC 95% 0,733-0,948, p <0,001) Na anÃlise uni variada, a concentraÃÃo de syndecan-1 como variÃvel contÃnua se correlacionou de forma significativa com a mortalidade hospitalar (OR = 1,046 com 95% CI 1,025-1,067, p<0,001 para cada 10ng/mL). AlÃm disso, nÃvel de syndecan-1 na admissÃo da emergÃncia teve boa capacidade discriminativa para prever a mortalidade hospitalar (AUC 0,788 IC 95% 0,673-0,903, p<0,001). ConclusÃo: Em pacientes com IC descompensada, syndecan-1 mensurada na prÃ-admissÃo hospitalar pode ser considerado como um biomarcador efetivo para predizer a LRA e mortalidade.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv Introduction: In recent decades, heart failure (HF) has emerged as a global public health problem. Data from the Ministry of Health, 2006, suggest prevalence of two million patients with HF, thus representing one of the major causes of hospitalization among cardiovascular diseases in the Unified Health System (SUS). Acute kidney injury (AKI) is a common complication in patients admitted for HF. Therefore, it is known that the decrease of renal function is associated with increased risk of death, hospitalization, and cardiovascular events with significant socioeconomic implications. Despite the advanced therapy for HF, the prognosis of patients with HF remains guarded. Objective: To evaluate the biomarker syndecan-1 at admission in patients hospitalized for decompensated HF and its association with acute/chronic renal injury. Methods: This is a prospective observational study conducted with 201 patients with decompensated HF at the emergency department. The study took place in a public hospital in the city of Fortaleza-CE, Brazil, between April and September 2013. The Research Ethics Committee of the Hospital de Messejana Doutor Carlos Alberto Studart Gomes approved the study. We compared the patients with a control group of 15 healthy individuals. The analysis happened through serum samples applying the enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) technique and through biochemical assays. For statistical analysis, we used the SPSS 19.0 for Windows. Results: The mean age was 64.2 Â 13.5 years and the ejection fraction (EF) calculated was 41.5 Â 14.4 at the time of admission. Considering all the patients, 80 (39.8%) had chronic kidney disease (CKD) and 62 (37.8%) developed or worsening AKI during hospitalization. Of the patients with CKD, 43 maintained stable renal function during hospitalization. The average length of hospital stay was 8.7 Â 4.9 days and the in-hospital mortality was 5.5%. The patients with decompensated HF had increased serum syndecan-1 at admission (133.7 Â 95.0 vs. 18.3 Â 9.2, p<0.001) compared with the control group. We observed an increased level of syndecan-1 in patients with AKI (mean of 248.7 Â 165.6ng/mL). Patients with AKI stage 2/3 (n=13) had higher level of syndecan-1 compared with patients with AKI stage 1 (n=63) (443.2 Â 281.1 vs. 178.9 Â 100.8 ng/mL, p <0.001). The ROC curve for AKI prediction was 0.741 (95% CI 0.669-0.812, p<0.001). The results were even better when considering only the highest levels of AKI severity (stage 2/3) â ROC curve 0.840 (95% CI 0.733-0.948, p<0.001). In the univariate analysis, the concentration of syndecan-1 as a continuous variable was significantly correlated with hospital mortality (OR=1.046 95% CI 1.025-1.067, p<0.001 for each 10ng/mL). Additionally, the level of syndecan-1 at admission on emergency had good discriminative ability to predict hospital mortality (AUC 0.788 95% CI 0.673-0.903, p<0.001). Conclusion: In patients with decompensated HF, syndecan-1 measured in the pre-hospital admission can be considered as an effective biomarker to predict AKI and mortality.
description IntroduÃÃo: Nas Ãltimas dÃcadas, a insuficiÃncia cardÃaca (IC) emergiu como um problema de saÃde pÃblica mundial. Dados do MinistÃrio da SaÃde de 2006 sugerem prevalÃncia de dois milhÃes de portadores de IC, sendo esta uma das principais causas de hospitalizaÃÃo entre as doenÃas cardiovasculares no Sistema Ãnico de SaÃde. LesÃo renal aguda (LRA) à uma complicaÃÃo comum em pacientes admitidos por IC. Portanto, sabe-se que a diminuiÃÃo da funÃÃo renal està associada com o aumento do risco de Ãbito, hospitalizaÃÃes e eventos cardiovasculares com importantes implicaÃÃes socioeconÃmicas. Apesar da terapia avanÃada para IC, o prognÃstico de pacientes com IC continua reservado. Objetivo: Avaliar o biomarcador syndecan-1 na admissÃo hospitalar em pacientes internados por IC descompensada e a sua associaÃÃo com lesÃo renal aguda/crÃnica. Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo observacional com 201 pacientes apresentando IC descompensada no departamento de emergÃncia. O estudo foi realizado em um hospital pÃblico, na cidade de Fortaleza/CE entre abril e setembro de 2013. Foi aprovado pelo Comità de Ãtica em Pesquisa do Hospital de Messejana Doutor Carlos Alberto Studart Gomes. Os pacientes foram comparados com um grupo controle composto por 15 indivÃduos sadios. A anÃlise foi realizada em amostras de soro por meio da tÃcnica de imunoensaio ligado à enzima (ELISA) e pelos ensaios bioquÃmicos. A anÃlise estatÃstica foi realizada atravÃs do programa SPSS 19.0 para Windows. Resultados: A idade mÃdia foi 64,2  13,5 anos e a fraÃÃo de ejeÃÃo (FE) calculada foi de 41.5  14.4 no momento da admissÃo. Considerando todos os pacientes, 80 (39,8 %) tinham doenÃa renal crÃnica (DRC) e 62 pacientes (37,8 %) desenvolveram ou pioraram da LRA durante a internaÃÃo. Dos pacientes com DRC, 43 pacientes mantiveram funÃÃo renal estÃvel durante a internaÃÃo hospitalar. A mÃdia de internaÃÃo hospitalar foi de 8,7  4,9 dias e mortalidade intra-hospitalar foi de 5,5%. Os pacientes IC descompensada tinham syndecan-1 sÃrico aumentado na admissÃo hospitalar (133,7  95,0 vs. 18,3  9,2, p<0,001) em comparaÃÃo ao grupo controle. O aumento do nÃvel de syndecan-1 foi observada em pacientes com LRA (mÃdia de 248,7  165.6ng/mL). Pacientes com estÃgio 2/3 de LRA (n =13) apresentaram maior nÃvel syndecan-1 em comparaÃÃo aos pacientes com estÃgio 1 de LRA (n = 63) - 443,2  281,1 vs. 178,9  100,8 ng/mL, p <0,001). A curva ROC para a previsÃo LRA foi 0,741 (IC 95% 0,669-0,812, p <0,001). Os resultados foram ainda melhores quando considerados apenas os graus mais elevados de severidade da LRA (estÃgio2/3) â curva ROC 0,840 (IC 95% 0,733-0,948, p <0,001) Na anÃlise uni variada, a concentraÃÃo de syndecan-1 como variÃvel contÃnua se correlacionou de forma significativa com a mortalidade hospitalar (OR = 1,046 com 95% CI 1,025-1,067, p<0,001 para cada 10ng/mL). AlÃm disso, nÃvel de syndecan-1 na admissÃo da emergÃncia teve boa capacidade discriminativa para prever a mortalidade hospitalar (AUC 0,788 IC 95% 0,673-0,903, p<0,001). ConclusÃo: Em pacientes com IC descompensada, syndecan-1 mensurada na prÃ-admissÃo hospitalar pode ser considerado como um biomarcador efetivo para predizer a LRA e mortalidade.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-04-04
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
status_str publishedVersion
format masterThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14153
url http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14153
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias MÃdicas
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFC
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname:Universidade Federal do Ceará
instacron:UFC
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará
instacron_str UFC
institution UFC
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1643295203344252928