Histoplasmose InfecÃÃo em Pacientes HIV/AIDS Residentes na Cidade de Fortaleza, CearÃ

• Autor(a) principal: Fabricia Salvador Bezerra
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4605
• topic: histoplasmosis; histoplasmin; epidemiology; SAUDE PUBLICA

A histoplasmose à uma doenÃa causada por Histoplasma capsulatum var. capsulatum, nos seres humanos e em vÃrias outras espÃcies de animais. Trata-se de um fungo encontrado na natureza, principalmente em locais ricos em fezes de aves e morcegos: galinheiros sujos e abandonados, ambiente de cavernas, construÃÃes antigas, cÃpula de prÃdios e Ãrvores ocas. A infecÃÃo em humanos ocorre atravÃs das vias aÃreas superiores. Desde o inicio da epidemia de HIV na dÃcada de 80 à notada uma detecÃÃo crescente de histoplasmose disseminada em pacientes com aids de serviÃos de referÃncia em Fortaleza, sugerindo ser o Estado do Cearà uma Ãrea com elevada endemicidade para esse fungo. Este estudo teve o intuito de identificar a prevalÃncia de histoplasmose infecÃÃo em pacientes com HIV/aids, residentes na cidade de Fortaleza, CearÃ. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analÃtico, com uma amostra composta por 161 pacientes, acompanhados no ambulatÃrio de HIV/aids do Centro de Especialidades MÃdicas Josà de Alencar e que ao serem abordados, aceitaram participar do estudo. Para tanto, foi preenchido um formulÃrio, realizou-se teste intradÃrmico com histoplasmina (fase miceliana, fornecido pela Fiocruz-RJ) e coleta sanguÃnea para sorologia por imunodifusÃo (antÃgenos e anticorpos comerciais de Histoplasma capsulatum e Coccidioides immitis fornecidos pelo Centro Especializado em Micologia MÃdica-CEMM). A caracterizaÃÃo geral dos pacientes revelou que a maioria tinha, em mÃdia 35,11 anos, era do sexo masculino (76,40%; n=123), solteiros (67,70%, n=109), com renda familiar de no mÃximo trÃs salÃrios mÃnimos (81,99%; n=132) e com mais de 10 anos de estudo (44,10%; n=71). O tipo de ocupaÃÃo no passado obteve distribuiÃÃo variÃvel e atualmente parte do grupo (20,5%; n=33) encontrava-se desempregada. Um nÃmero de 137 pacientes (85,10%) relatou residir em casas, sendo Messejana o bairro de moradia mais citado pelos participantes (8,7%; n=14). Prevaleceram na amostra os pacientes com diagnÃstico recente de infecÃÃo por HIV, (66,46% identificados no ano de 2008). A prevalÃncia de histoplasmose infecÃÃo em pacientes com HIV/aids em Fortaleza foi de 12,42%. PresenÃa de galinheiro na vizinhanÃa atual do paciente (p=0,031); presenÃa de mangueira na residÃncia atual (p=0,023); atividade com terra no passado (p=0,021) e visitar sÃtio no passado (p=0,009), mostraram-se significantes para a infecÃÃo por Histoplasma capsulatum; jà o uso de medicaÃÃo anti-retroviral e o fato do paciente ter ou nÃo aids, nÃo influenciaram na reatividade à histoplasmina (ambos p=1,00). Pode-se concluir que Fortaleza constitui-se Ãrea com significativa prevalÃncia de histoplasmose infecÃÃo, levando-se em conta que a populaÃÃo estudada se referia a pacientes com supressÃo da resposta imune. O valor obtido aponta para a necessidade de identificaÃÃo dessas pessoas em risco para histoplasmose doenÃa e a implementaÃÃo de medidas profilÃticas naqueles susceptÃveis Ãs formas graves desta infecÃÃo.