Fatores associados à ocorrÃncia de sÃfilis congÃnita: um estudo caso-controle

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Igor Cordeiro Mendes
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=16114
Resumo: O objetivo desse estudo consiste em identificar os fatores associados à ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita em um hospital de referÃncia do municÃpio de Fortaleza, CearÃ. Trata-se de um estudo observacional, correlacional do tipo caso-controle. O estudo foi realizado no perÃodo de agosto de 2015 a janeiro de 2016 no Alojamento Conjunto (AC) de um hospital/maternidade de referÃncia pertencente à rede de atenÃÃo hospitalar do municÃpio de Fortaleza, CearÃ. Para classificaÃÃo e composiÃÃo dos grupos caso e controle, utilizaram-se os seguintes critÃrios de inclusÃo: grupo caso - puÃrperas diagnosticadas com sÃfilis durante a gestaÃÃo ou no momento do parto, que tiveram seus recÃm-nascidos vivos ou conceptos com desfechos desfavorÃveis (natimorto ou aborto) incluÃdos em um dos critÃrios de sÃfilis congÃnita do MinistÃrio da SaÃde brasileiro; grupo controle - puÃrperas sem diagnÃstico de sÃfilis durante a gestaÃÃo ou no momento do parto. Foram incluÃdas nessa pesquisa 250 puÃrperas, sendo 50 para o grupo caso e 200 para o controle. Coletaram-se informaÃÃes acerca dos aspectos sociodemogrÃficos, ginecolÃgicos, obstÃtricos, hÃbitos de vida e situaÃÃes de vulnerabilidade, bem como se avaliou o conhecimento, atitude e prÃtica acerca da prevenÃÃo da sÃfilis congÃnita, analisando-se a correlaÃÃo dessas variÃveis com a ocorrÃncia da transmissÃo vertical da sÃfilis, atravÃs dos testes estatÃsticos seguintes: Odds Ratio (OR) com seus respectivos Intervalos de ConfianÃa (IC) de 95% e o teste qui-quadrado de associaÃÃo de Pearson. Identificou-se associaÃÃo estatÃstica entre a ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita e as seguintes variÃveis das puÃrperas: faixa etÃria de 20 a 29 anos (OR: 2,07; IC 95%: 1,02 - 4,19); escolaridade igual ou inferior a nove anos de estudo (OR: 4,04; IC 95%: 1,86 - 8,75); renda familiar igual ou inferior a R$ 788,00 reais (OR: 3,08; IC 95%: 1,16 - 8,18); estado civil casada ou uniÃo estÃvel (OR: 0,42; IC 95%: 0,22 - 0,82); raÃa branca (OR: 0,38; IC 95%: 0,15 - 0,94); religiÃo catÃlica (OR: 0,43; IC 95%: 0,22 - 0,85); inÃcio precoce das relaÃÃes sexuais inferior a 15 anos de idade (OR: 2,92; IC 95%: 1,18 - 7,24); apenas um parceiro sexual no Ãltimo ano (OR: 0,31; IC 95%: 0,16 - 0,61); histÃria prÃvia de infecÃÃes sexualmente transmissÃveis (OR: 9,49; IC 95%: 4,66 - 19,34) e uso de anticonceptivos (OR: 0,16; IC 95%: 0,08 - 0,33). AlÃm disso, verificou-se que tabagismo (OR: 2,69; IC 95%: 1,42 - 5,14), uso de bebidas alcoÃlicas (OR: 4,26; IC 95%: 2,23 - 8,15), uso de drogas ilÃcitas (OR: 3,78; IC 95%: 1,69 - 8,45), tatuagem (OR: 2,71; IC 95%: 1,43 - 5,11), piercing (OR: 2,79; IC 95%: 1,02 - 7,63), mudanÃa frequente de domicÃlio (OR: 2,37; IC 95%: 1,26 - 4,48), profissional do sexo (OR: 17,31; IC 95%: 1,89 - 158,47), parceira de presidiÃrio (OR: 12,70; IC 95%: 1,29 - 124,85), violÃncia sexual (OR: 3,63; IC 95%: 1,59 - 8,29) e fÃsica/verbal (OR: 2,75; IC 95%: 1,33 - 5,69), representam hÃbitos de vida e situaÃÃes de vulnerabilidade que ampliam as chances de ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita. Quanto à assistÃncia prÃ-natal, a realizaÃÃo de um nÃmero de consultas inferior a sete (OR: 3,27; IC 95%: 1,64 - 6,53), a idade gestacional de inÃcio do acompanhamento prÃ-natal igual ou inferior a 12 semanas (OR: 0,27; IC 95%: 0,13 - 0,56) a realizaÃÃo de dois testes VDRL durante o prÃ-natal (OR: 0,08; IC 95%: 0,03 - 0,21) e o recebimento de orientaÃÃes sobre infecÃÃes sexualmente transmissÃveis/sÃfilis no prÃ-natal (OR: 0,19; IC 95%: 0,08 - 0,42) foram caracterÃsticas que apresentaram associaÃÃo estatÃstica com a ocorrÃncia de sÃfilis congÃnita. A adequaÃÃo do conhecimento (OR: 0,16; IC 95%: 0,08 - 0,32), atitude (OR: 0,14; IC 95%: 0,07 - 0,27) e prÃtica (OR: 0,04; IC 95%: 0,01 - 0,17) foram considerados fatores de proteÃÃo, contribuindo com a reduÃÃo das chances de ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita. Sendo assim, conclui-se que a sÃfilis congÃnita consiste em um agravo complexo, que apresenta uma multiplicidade de fatores associados à ocorrÃncia desse agravo, merecendo atenÃÃo redobrada por partes dos profissionais de saÃde que atuam diretamente na assistÃncia Ãs mulheres gestantes, bem como dos responsÃveis pela elaboraÃÃo de polÃticas direcionadas a esse pÃblico.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisFatores associados à ocorrÃncia de sÃfilis congÃnita: um estudo caso-controleFACTORS ASSOCIATED WITH THE OCCURRENCE OF CONGENITAL SYPHILIS: A CASE-CONTROL STUDY2016-02-02Ana Kelve Castro Damasceno71653783320http://lattes.cnpq.br/1196352295956788 Lydia Vieira Freitas01260303322Liana Mara Rocha Teles0069843236304243464359Igor Cordeiro MendesUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em EnfermagemUFCBRENFERMAGEMO objetivo desse estudo consiste em identificar os fatores associados à ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita em um hospital de referÃncia do municÃpio de Fortaleza, CearÃ. Trata-se de um estudo observacional, correlacional do tipo caso-controle. O estudo foi realizado no perÃodo de agosto de 2015 a janeiro de 2016 no Alojamento Conjunto (AC) de um hospital/maternidade de referÃncia pertencente à rede de atenÃÃo hospitalar do municÃpio de Fortaleza, CearÃ. Para classificaÃÃo e composiÃÃo dos grupos caso e controle, utilizaram-se os seguintes critÃrios de inclusÃo: grupo caso - puÃrperas diagnosticadas com sÃfilis durante a gestaÃÃo ou no momento do parto, que tiveram seus recÃm-nascidos vivos ou conceptos com desfechos desfavorÃveis (natimorto ou aborto) incluÃdos em um dos critÃrios de sÃfilis congÃnita do MinistÃrio da SaÃde brasileiro; grupo controle - puÃrperas sem diagnÃstico de sÃfilis durante a gestaÃÃo ou no momento do parto. Foram incluÃdas nessa pesquisa 250 puÃrperas, sendo 50 para o grupo caso e 200 para o controle. Coletaram-se informaÃÃes acerca dos aspectos sociodemogrÃficos, ginecolÃgicos, obstÃtricos, hÃbitos de vida e situaÃÃes de vulnerabilidade, bem como se avaliou o conhecimento, atitude e prÃtica acerca da prevenÃÃo da sÃfilis congÃnita, analisando-se a correlaÃÃo dessas variÃveis com a ocorrÃncia da transmissÃo vertical da sÃfilis, atravÃs dos testes estatÃsticos seguintes: Odds Ratio (OR) com seus respectivos Intervalos de ConfianÃa (IC) de 95% e o teste qui-quadrado de associaÃÃo de Pearson. Identificou-se associaÃÃo estatÃstica entre a ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita e as seguintes variÃveis das puÃrperas: faixa etÃria de 20 a 29 anos (OR: 2,07; IC 95%: 1,02 - 4,19); escolaridade igual ou inferior a nove anos de estudo (OR: 4,04; IC 95%: 1,86 - 8,75); renda familiar igual ou inferior a R$ 788,00 reais (OR: 3,08; IC 95%: 1,16 - 8,18); estado civil casada ou uniÃo estÃvel (OR: 0,42; IC 95%: 0,22 - 0,82); raÃa branca (OR: 0,38; IC 95%: 0,15 - 0,94); religiÃo catÃlica (OR: 0,43; IC 95%: 0,22 - 0,85); inÃcio precoce das relaÃÃes sexuais inferior a 15 anos de idade (OR: 2,92; IC 95%: 1,18 - 7,24); apenas um parceiro sexual no Ãltimo ano (OR: 0,31; IC 95%: 0,16 - 0,61); histÃria prÃvia de infecÃÃes sexualmente transmissÃveis (OR: 9,49; IC 95%: 4,66 - 19,34) e uso de anticonceptivos (OR: 0,16; IC 95%: 0,08 - 0,33). AlÃm disso, verificou-se que tabagismo (OR: 2,69; IC 95%: 1,42 - 5,14), uso de bebidas alcoÃlicas (OR: 4,26; IC 95%: 2,23 - 8,15), uso de drogas ilÃcitas (OR: 3,78; IC 95%: 1,69 - 8,45), tatuagem (OR: 2,71; IC 95%: 1,43 - 5,11), piercing (OR: 2,79; IC 95%: 1,02 - 7,63), mudanÃa frequente de domicÃlio (OR: 2,37; IC 95%: 1,26 - 4,48), profissional do sexo (OR: 17,31; IC 95%: 1,89 - 158,47), parceira de presidiÃrio (OR: 12,70; IC 95%: 1,29 - 124,85), violÃncia sexual (OR: 3,63; IC 95%: 1,59 - 8,29) e fÃsica/verbal (OR: 2,75; IC 95%: 1,33 - 5,69), representam hÃbitos de vida e situaÃÃes de vulnerabilidade que ampliam as chances de ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita. Quanto à assistÃncia prÃ-natal, a realizaÃÃo de um nÃmero de consultas inferior a sete (OR: 3,27; IC 95%: 1,64 - 6,53), a idade gestacional de inÃcio do acompanhamento prÃ-natal igual ou inferior a 12 semanas (OR: 0,27; IC 95%: 0,13 - 0,56) a realizaÃÃo de dois testes VDRL durante o prÃ-natal (OR: 0,08; IC 95%: 0,03 - 0,21) e o recebimento de orientaÃÃes sobre infecÃÃes sexualmente transmissÃveis/sÃfilis no prÃ-natal (OR: 0,19; IC 95%: 0,08 - 0,42) foram caracterÃsticas que apresentaram associaÃÃo estatÃstica com a ocorrÃncia de sÃfilis congÃnita. A adequaÃÃo do conhecimento (OR: 0,16; IC 95%: 0,08 - 0,32), atitude (OR: 0,14; IC 95%: 0,07 - 0,27) e prÃtica (OR: 0,04; IC 95%: 0,01 - 0,17) foram considerados fatores de proteÃÃo, contribuindo com a reduÃÃo das chances de ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita. Sendo assim, conclui-se que a sÃfilis congÃnita consiste em um agravo complexo, que apresenta uma multiplicidade de fatores associados à ocorrÃncia desse agravo, merecendo atenÃÃo redobrada por partes dos profissionais de saÃde que atuam diretamente na assistÃncia Ãs mulheres gestantes, bem como dos responsÃveis pela elaboraÃÃo de polÃticas direcionadas a esse pÃblico.The aim of this study is to identify the factors associated with the occurrence of congenital syphilis in a tertiary hospital in the city of Fortaleza, CearÃ. This is an observational, correlational, case-control. The study was conducted from August 2015 to January 2016 in Rooming of a hospital/maternity of reference belonging to the network of hospital care in the city of Fortaleza, CearÃ. For classification and composition of the case and control groups, we used the following inclusion criteria: case group - mothers diagnosed with syphilis during pregnancy or at delivery, which had their live newborns or fetuses with unfavorable outcomes (stillbirth or abortion) included in the congenital syphilis criteria of the Brazilian Ministry of Health; control group - mothers without a diagnosis of syphilis during pregnancy or at delivery. Were included in this study 250 mothers, 50 for the case group and 200 to the control. They were collected information about sociodemographic, gynecological, obstetric, living habits and vulnerabilities, as well as assess the knowledge, attitude and practice about prevention of congenital syphilis, analyzing the correlation of these variables with the occurrence of transmission vertical this disease through the following statistical tests: Odds Ratio (OR) with their respective Confidence Intervals (CI) of 95% and the chi-square test of Pearson association. Identified a statistically significant association between the occurrence of congenital syphilis and the following variables of the mothers: age 20-29 years (OR: 2.07; 95% CI: 1.02 - 4.19); education equal to or less than nine years of education (OR: 4.04; 95% CI: 1.86 - 8.75); family income equal to or less than R$ 788.00 reais (OR: 3.08; 95% CI: 1.16 - 8.18); Married or common-law marriage marital status (OR: 0.42; 95% CI: 0.22 - 0.82); white race (OR: 0.38; 95% CI: 0.15 - 0.94); Catholic religion (OR: 0.43; 95% CI: 0.22 - 0.85); early onset of sexual intercourse under 15 years of age (OR: 2.92; 95% CI: 1.18 - 7.24); only one sexual partner last year (OR: 0.31; 95% CI: 0.16 - 0.61); a history of sexually transmitted infections (OR: 9.49; 95% CI: 4.66 - 19.34) and contraceptive use (OR: 0.16; 95% CI: 0.08 - 0.33). In addition, it was found that smoking (OR: 2.69; 95% CI: 1.42 - 5.14), alcohol consumption (OR: 4.26; 95% CI: 2.23 - 8.15), illicit drug use (OR: 3.78; 95% CI: 1.69 - 8.45), tattoo (OR: 2.71; 95% CI: 1.43 - 5.11), piercing (OR: 2.79; 95% CI: 1.02 - 7.63), frequent change of residence (OR: 2.37; 95% CI: 1.26 - 4.48), a sex worker (OR: 17 31; 95% CI: 1.89 - 158.47), con partner (OR: 12.70; 95% CI: 1.29 - 124.85), sexual violence (OR: 3.63; 95% CI: 1.59 - 8.29) and physical / verbal (OR: 2.75; 95% CI: 1.33 - 5.69), representing life habits and vulnerabilities that extend the chances of occurrence of congenital syphilis. As for prenatal care, carrying out a number of consultations less than seven (OR: 3.27; 95% CI: 1.64 - 6.53), gestational age at onset of prenatal care or less 12 weeks (OR: 0.27; 95% CI: 0.13 - 0.56) the execution of two VDRL tests during prenatal care (OR: 0.08; 95% CI: 0.03 â 0.21) and receiving guidelines on sexually transmitted infections/syphilis in prenatal care (OR: 0.19; 95% CI: 0.08 - 0.42) were features that are statistically associated with the occurrence of congenital syphilis the adequacy of knowledge (OR: 0.16; 95% CI: 0.08 - 0.32), attitude (OR: 0.14; 95% CI: 0.07 - 0.27) and practice (OR: 0.04; 95% CI: 0.01 - 0.17) were considered protective factors contributing to reduce the chances of occurrence of congenital syphilis. Therefore, it is concluded that congenital syphilis consists of a complex offense, which features a variety of factors associated with the occurrence of this disease, deserves careful attention by parts of the health professionals who work directly in assisting pregnant women, as well as those responsible the development of policies directed to this public.Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=16114application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:29:20Zmail@mail.com -
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dc.description.sponsorship.fl_txt_mv Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv O objetivo desse estudo consiste em identificar os fatores associados à ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita em um hospital de referÃncia do municÃpio de Fortaleza, CearÃ. Trata-se de um estudo observacional, correlacional do tipo caso-controle. O estudo foi realizado no perÃodo de agosto de 2015 a janeiro de 2016 no Alojamento Conjunto (AC) de um hospital/maternidade de referÃncia pertencente à rede de atenÃÃo hospitalar do municÃpio de Fortaleza, CearÃ. Para classificaÃÃo e composiÃÃo dos grupos caso e controle, utilizaram-se os seguintes critÃrios de inclusÃo: grupo caso - puÃrperas diagnosticadas com sÃfilis durante a gestaÃÃo ou no momento do parto, que tiveram seus recÃm-nascidos vivos ou conceptos com desfechos desfavorÃveis (natimorto ou aborto) incluÃdos em um dos critÃrios de sÃfilis congÃnita do MinistÃrio da SaÃde brasileiro; grupo controle - puÃrperas sem diagnÃstico de sÃfilis durante a gestaÃÃo ou no momento do parto. Foram incluÃdas nessa pesquisa 250 puÃrperas, sendo 50 para o grupo caso e 200 para o controle. Coletaram-se informaÃÃes acerca dos aspectos sociodemogrÃficos, ginecolÃgicos, obstÃtricos, hÃbitos de vida e situaÃÃes de vulnerabilidade, bem como se avaliou o conhecimento, atitude e prÃtica acerca da prevenÃÃo da sÃfilis congÃnita, analisando-se a correlaÃÃo dessas variÃveis com a ocorrÃncia da transmissÃo vertical da sÃfilis, atravÃs dos testes estatÃsticos seguintes: Odds Ratio (OR) com seus respectivos Intervalos de ConfianÃa (IC) de 95% e o teste qui-quadrado de associaÃÃo de Pearson. Identificou-se associaÃÃo estatÃstica entre a ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita e as seguintes variÃveis das puÃrperas: faixa etÃria de 20 a 29 anos (OR: 2,07; IC 95%: 1,02 - 4,19); escolaridade igual ou inferior a nove anos de estudo (OR: 4,04; IC 95%: 1,86 - 8,75); renda familiar igual ou inferior a R$ 788,00 reais (OR: 3,08; IC 95%: 1,16 - 8,18); estado civil casada ou uniÃo estÃvel (OR: 0,42; IC 95%: 0,22 - 0,82); raÃa branca (OR: 0,38; IC 95%: 0,15 - 0,94); religiÃo catÃlica (OR: 0,43; IC 95%: 0,22 - 0,85); inÃcio precoce das relaÃÃes sexuais inferior a 15 anos de idade (OR: 2,92; IC 95%: 1,18 - 7,24); apenas um parceiro sexual no Ãltimo ano (OR: 0,31; IC 95%: 0,16 - 0,61); histÃria prÃvia de infecÃÃes sexualmente transmissÃveis (OR: 9,49; IC 95%: 4,66 - 19,34) e uso de anticonceptivos (OR: 0,16; IC 95%: 0,08 - 0,33). AlÃm disso, verificou-se que tabagismo (OR: 2,69; IC 95%: 1,42 - 5,14), uso de bebidas alcoÃlicas (OR: 4,26; IC 95%: 2,23 - 8,15), uso de drogas ilÃcitas (OR: 3,78; IC 95%: 1,69 - 8,45), tatuagem (OR: 2,71; IC 95%: 1,43 - 5,11), piercing (OR: 2,79; IC 95%: 1,02 - 7,63), mudanÃa frequente de domicÃlio (OR: 2,37; IC 95%: 1,26 - 4,48), profissional do sexo (OR: 17,31; IC 95%: 1,89 - 158,47), parceira de presidiÃrio (OR: 12,70; IC 95%: 1,29 - 124,85), violÃncia sexual (OR: 3,63; IC 95%: 1,59 - 8,29) e fÃsica/verbal (OR: 2,75; IC 95%: 1,33 - 5,69), representam hÃbitos de vida e situaÃÃes de vulnerabilidade que ampliam as chances de ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita. Quanto à assistÃncia prÃ-natal, a realizaÃÃo de um nÃmero de consultas inferior a sete (OR: 3,27; IC 95%: 1,64 - 6,53), a idade gestacional de inÃcio do acompanhamento prÃ-natal igual ou inferior a 12 semanas (OR: 0,27; IC 95%: 0,13 - 0,56) a realizaÃÃo de dois testes VDRL durante o prÃ-natal (OR: 0,08; IC 95%: 0,03 - 0,21) e o recebimento de orientaÃÃes sobre infecÃÃes sexualmente transmissÃveis/sÃfilis no prÃ-natal (OR: 0,19; IC 95%: 0,08 - 0,42) foram caracterÃsticas que apresentaram associaÃÃo estatÃstica com a ocorrÃncia de sÃfilis congÃnita. A adequaÃÃo do conhecimento (OR: 0,16; IC 95%: 0,08 - 0,32), atitude (OR: 0,14; IC 95%: 0,07 - 0,27) e prÃtica (OR: 0,04; IC 95%: 0,01 - 0,17) foram considerados fatores de proteÃÃo, contribuindo com a reduÃÃo das chances de ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita. Sendo assim, conclui-se que a sÃfilis congÃnita consiste em um agravo complexo, que apresenta uma multiplicidade de fatores associados à ocorrÃncia desse agravo, merecendo atenÃÃo redobrada por partes dos profissionais de saÃde que atuam diretamente na assistÃncia Ãs mulheres gestantes, bem como dos responsÃveis pela elaboraÃÃo de polÃticas direcionadas a esse pÃblico.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv The aim of this study is to identify the factors associated with the occurrence of congenital syphilis in a tertiary hospital in the city of Fortaleza, CearÃ. This is an observational, correlational, case-control. The study was conducted from August 2015 to January 2016 in Rooming of a hospital/maternity of reference belonging to the network of hospital care in the city of Fortaleza, CearÃ. For classification and composition of the case and control groups, we used the following inclusion criteria: case group - mothers diagnosed with syphilis during pregnancy or at delivery, which had their live newborns or fetuses with unfavorable outcomes (stillbirth or abortion) included in the congenital syphilis criteria of the Brazilian Ministry of Health; control group - mothers without a diagnosis of syphilis during pregnancy or at delivery. Were included in this study 250 mothers, 50 for the case group and 200 to the control. They were collected information about sociodemographic, gynecological, obstetric, living habits and vulnerabilities, as well as assess the knowledge, attitude and practice about prevention of congenital syphilis, analyzing the correlation of these variables with the occurrence of transmission vertical this disease through the following statistical tests: Odds Ratio (OR) with their respective Confidence Intervals (CI) of 95% and the chi-square test of Pearson association. Identified a statistically significant association between the occurrence of congenital syphilis and the following variables of the mothers: age 20-29 years (OR: 2.07; 95% CI: 1.02 - 4.19); education equal to or less than nine years of education (OR: 4.04; 95% CI: 1.86 - 8.75); family income equal to or less than R$ 788.00 reais (OR: 3.08; 95% CI: 1.16 - 8.18); Married or common-law marriage marital status (OR: 0.42; 95% CI: 0.22 - 0.82); white race (OR: 0.38; 95% CI: 0.15 - 0.94); Catholic religion (OR: 0.43; 95% CI: 0.22 - 0.85); early onset of sexual intercourse under 15 years of age (OR: 2.92; 95% CI: 1.18 - 7.24); only one sexual partner last year (OR: 0.31; 95% CI: 0.16 - 0.61); a history of sexually transmitted infections (OR: 9.49; 95% CI: 4.66 - 19.34) and contraceptive use (OR: 0.16; 95% CI: 0.08 - 0.33). In addition, it was found that smoking (OR: 2.69; 95% CI: 1.42 - 5.14), alcohol consumption (OR: 4.26; 95% CI: 2.23 - 8.15), illicit drug use (OR: 3.78; 95% CI: 1.69 - 8.45), tattoo (OR: 2.71; 95% CI: 1.43 - 5.11), piercing (OR: 2.79; 95% CI: 1.02 - 7.63), frequent change of residence (OR: 2.37; 95% CI: 1.26 - 4.48), a sex worker (OR: 17 31; 95% CI: 1.89 - 158.47), con partner (OR: 12.70; 95% CI: 1.29 - 124.85), sexual violence (OR: 3.63; 95% CI: 1.59 - 8.29) and physical / verbal (OR: 2.75; 95% CI: 1.33 - 5.69), representing life habits and vulnerabilities that extend the chances of occurrence of congenital syphilis. As for prenatal care, carrying out a number of consultations less than seven (OR: 3.27; 95% CI: 1.64 - 6.53), gestational age at onset of prenatal care or less 12 weeks (OR: 0.27; 95% CI: 0.13 - 0.56) the execution of two VDRL tests during prenatal care (OR: 0.08; 95% CI: 0.03 â 0.21) and receiving guidelines on sexually transmitted infections/syphilis in prenatal care (OR: 0.19; 95% CI: 0.08 - 0.42) were features that are statistically associated with the occurrence of congenital syphilis the adequacy of knowledge (OR: 0.16; 95% CI: 0.08 - 0.32), attitude (OR: 0.14; 95% CI: 0.07 - 0.27) and practice (OR: 0.04; 95% CI: 0.01 - 0.17) were considered protective factors contributing to reduce the chances of occurrence of congenital syphilis. Therefore, it is concluded that congenital syphilis consists of a complex offense, which features a variety of factors associated with the occurrence of this disease, deserves careful attention by parts of the health professionals who work directly in assisting pregnant women, as well as those responsible the development of policies directed to this public.
description O objetivo desse estudo consiste em identificar os fatores associados à ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita em um hospital de referÃncia do municÃpio de Fortaleza, CearÃ. Trata-se de um estudo observacional, correlacional do tipo caso-controle. O estudo foi realizado no perÃodo de agosto de 2015 a janeiro de 2016 no Alojamento Conjunto (AC) de um hospital/maternidade de referÃncia pertencente à rede de atenÃÃo hospitalar do municÃpio de Fortaleza, CearÃ. Para classificaÃÃo e composiÃÃo dos grupos caso e controle, utilizaram-se os seguintes critÃrios de inclusÃo: grupo caso - puÃrperas diagnosticadas com sÃfilis durante a gestaÃÃo ou no momento do parto, que tiveram seus recÃm-nascidos vivos ou conceptos com desfechos desfavorÃveis (natimorto ou aborto) incluÃdos em um dos critÃrios de sÃfilis congÃnita do MinistÃrio da SaÃde brasileiro; grupo controle - puÃrperas sem diagnÃstico de sÃfilis durante a gestaÃÃo ou no momento do parto. Foram incluÃdas nessa pesquisa 250 puÃrperas, sendo 50 para o grupo caso e 200 para o controle. Coletaram-se informaÃÃes acerca dos aspectos sociodemogrÃficos, ginecolÃgicos, obstÃtricos, hÃbitos de vida e situaÃÃes de vulnerabilidade, bem como se avaliou o conhecimento, atitude e prÃtica acerca da prevenÃÃo da sÃfilis congÃnita, analisando-se a correlaÃÃo dessas variÃveis com a ocorrÃncia da transmissÃo vertical da sÃfilis, atravÃs dos testes estatÃsticos seguintes: Odds Ratio (OR) com seus respectivos Intervalos de ConfianÃa (IC) de 95% e o teste qui-quadrado de associaÃÃo de Pearson. Identificou-se associaÃÃo estatÃstica entre a ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita e as seguintes variÃveis das puÃrperas: faixa etÃria de 20 a 29 anos (OR: 2,07; IC 95%: 1,02 - 4,19); escolaridade igual ou inferior a nove anos de estudo (OR: 4,04; IC 95%: 1,86 - 8,75); renda familiar igual ou inferior a R$ 788,00 reais (OR: 3,08; IC 95%: 1,16 - 8,18); estado civil casada ou uniÃo estÃvel (OR: 0,42; IC 95%: 0,22 - 0,82); raÃa branca (OR: 0,38; IC 95%: 0,15 - 0,94); religiÃo catÃlica (OR: 0,43; IC 95%: 0,22 - 0,85); inÃcio precoce das relaÃÃes sexuais inferior a 15 anos de idade (OR: 2,92; IC 95%: 1,18 - 7,24); apenas um parceiro sexual no Ãltimo ano (OR: 0,31; IC 95%: 0,16 - 0,61); histÃria prÃvia de infecÃÃes sexualmente transmissÃveis (OR: 9,49; IC 95%: 4,66 - 19,34) e uso de anticonceptivos (OR: 0,16; IC 95%: 0,08 - 0,33). AlÃm disso, verificou-se que tabagismo (OR: 2,69; IC 95%: 1,42 - 5,14), uso de bebidas alcoÃlicas (OR: 4,26; IC 95%: 2,23 - 8,15), uso de drogas ilÃcitas (OR: 3,78; IC 95%: 1,69 - 8,45), tatuagem (OR: 2,71; IC 95%: 1,43 - 5,11), piercing (OR: 2,79; IC 95%: 1,02 - 7,63), mudanÃa frequente de domicÃlio (OR: 2,37; IC 95%: 1,26 - 4,48), profissional do sexo (OR: 17,31; IC 95%: 1,89 - 158,47), parceira de presidiÃrio (OR: 12,70; IC 95%: 1,29 - 124,85), violÃncia sexual (OR: 3,63; IC 95%: 1,59 - 8,29) e fÃsica/verbal (OR: 2,75; IC 95%: 1,33 - 5,69), representam hÃbitos de vida e situaÃÃes de vulnerabilidade que ampliam as chances de ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita. Quanto à assistÃncia prÃ-natal, a realizaÃÃo de um nÃmero de consultas inferior a sete (OR: 3,27; IC 95%: 1,64 - 6,53), a idade gestacional de inÃcio do acompanhamento prÃ-natal igual ou inferior a 12 semanas (OR: 0,27; IC 95%: 0,13 - 0,56) a realizaÃÃo de dois testes VDRL durante o prÃ-natal (OR: 0,08; IC 95%: 0,03 - 0,21) e o recebimento de orientaÃÃes sobre infecÃÃes sexualmente transmissÃveis/sÃfilis no prÃ-natal (OR: 0,19; IC 95%: 0,08 - 0,42) foram caracterÃsticas que apresentaram associaÃÃo estatÃstica com a ocorrÃncia de sÃfilis congÃnita. A adequaÃÃo do conhecimento (OR: 0,16; IC 95%: 0,08 - 0,32), atitude (OR: 0,14; IC 95%: 0,07 - 0,27) e prÃtica (OR: 0,04; IC 95%: 0,01 - 0,17) foram considerados fatores de proteÃÃo, contribuindo com a reduÃÃo das chances de ocorrÃncia da sÃfilis congÃnita. Sendo assim, conclui-se que a sÃfilis congÃnita consiste em um agravo complexo, que apresenta uma multiplicidade de fatores associados à ocorrÃncia desse agravo, merecendo atenÃÃo redobrada por partes dos profissionais de saÃde que atuam diretamente na assistÃncia Ãs mulheres gestantes, bem como dos responsÃveis pela elaboraÃÃo de polÃticas direcionadas a esse pÃblico.
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