A educaÃÃo na perspectiva espÃrita no lar AntÃnio de PÃdua: estudo sobre a experiÃncia de adoÃÃo

• Autor(a) principal: Rosane Maria Pereira Melo
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10953
• topic: Espiritismo; EducaÃÃo na perspectiva EspÃrita; AdoÃÃo; Spiritism; Education in the Spiritist perspective; Adoption; EDUCACAO

Como foi vivenciada a experiÃncia de adoÃÃo no contexto da educaÃÃo na perspectiva EspÃrita do Lar AntÃnio de PÃdua? Mediante esta pergunta de pesquisa, busca-se capturar o modo como foi vivida a experiÃncia de adoÃÃo, contextualizada na educaÃÃo na perspectiva espÃrita no Lar AntÃnio de PÃdua. Neste movimento, flagra-se a (re)construÃÃo dos sujeitos com esteio na educaÃÃo na perspectiva espÃrita vivenciada e no amor recebido pelas figuras parentais de adoÃÃo, onde a instituiÃÃo âestouraâ (MANNONI, 1988), e supera a segregaÃÃo (RIZZINI, 2011), abrindo-se para a comunidade e construindo uma rede pessoal social informal, capaz de viabilizar a inserÃÃo dos adotados pelo casal AnÃlia Bueno e Fernando Melo, no ambiente social de seu tempo. Desvelando o movimento de dotar aos sujeitos de amor, busca-se desde as situaÃÃes que levaram as crianÃas à circunstÃncia de adoÃÃo (GUEIROS, 2007; FONSECA, 2006), atà o contexto da adoÃÃo, vivida com o casal AnÃlia Bueno e Fernando Melo, que criam com tal escolha, uma obra potente e baseada na prÃxis espÃrita, inspirada, em especial, na referÃncia do mÃdium e educador EurÃpedes Barsanulfo. Desvela-se, com efeito, o modo como os sujeitos se recompuseram da dor espiritual (SAUNDERS, 1991; ELIAS, 2001, 2005) vivida (em geral) com a famÃlia de origem, dando um sentido à sua vida (FRANKL, 1987). Mostrando-se na nova famÃlia como gestam o apego (BOWLBY, 1962), o holding (WINNICOTT, 1982), a interaÃÃo gestual entre a mÃe e o bebà (SPITZ, 1988), a reconduÃÃo da matriz identidade (MORENO, 1993), a ambientaÃÃo reencarnatÃria (BARSANULFO 2005, 2007, 2011), vivida com o casal AnÃlia e Fernando no contexto do Lar AntÃnio de PÃdua. O estudo nos referenciais espÃritas fundamenta-se em EurÃpedes Barsanulfo, psicografado por Amui (2000, 2005, 2007, 2011), ancorado em Kardec (2002a, 2003a, 2003b, 2002b, 2005, 2007a, 2007b, 2008), Emmanuel (1978), Ãngelis (1990) por Franco, Bigheto (2006a, 2006b), Incontri (2001, 2006), Linhares (2010a, 2012), Bueno (1992) e Novelino (1985). O Lar mantÃm trÃs grandes obras educacionais onde uma cultura holÃstica interage com o ideÃrio EspÃrita, formando a teia da vida (CAPRA, 1995), movimentando um contexto de holonutriÃÃo afetiva, constituÃdo por complexus â conceito instituÃdo nesta tese a partir de Morin (2007). Metodologicamente, pois, tem-se por Ãncora a pesquisa participante em BrandÃo (1984, 2007), fazendo-se a escuta das histÃrias de vida e cenas da infÃncia sÃo revividas atravÃs dos grupos focais. Para a anÃlise e compreensÃo de como foi vivenciada a experiÃncia de adoÃÃo no contexto da EducaÃÃo na perspectiva EspÃrita no Lar AntÃnio de PÃdua, participaram da pesquisa os sujeitos que viveram esta experiÃncia singular e amorosa de adoÃÃo e se dizem filhos de Fernando Melo e AnÃlia Bueno e os que estiveram ao longo de cinquenta e dois anos envolvidos na obra. Viu-se que AnÃlia e Fernando nÃo somente adotaram filhos, mas tambÃm construÃram com eles uma geraÃÃo, formando uma famÃlia espiritual â a que à estabelecida por laÃos de amorosidade, capazes de ultrapassar os determinismos sociais e financeiros que permearam o nascimento dos filhos adotados. Concluiu-se ainda que educando os filhos pelo Espiritismo, inspirador do vÃnculo afetivo da adoÃÃo, à potente para dotar pelo amor uma estrutura psÃquica e espiritual aos filhos adotados nesta famÃlia tÃo extensa. Concluiu-se, ainda, que o amor vivido mediante o vÃnculo afetivo da adoÃÃo, junto à produÃÃo de sentido espiritual para a vida, nesta matriz espÃrita estudada, nos leva à superaÃÃo de uma Ãtica paradigmÃtica tradicional de adoÃÃo do ponto de vista puramente biolÃgico ou social-jurÃdico, para um novo enfoque afetivo e, tambÃm, espiritual.