O trabalho voluntÃrio como mediaÃÃo na educaÃÃo espÃrita- um estudo no PÃlo de divulgaÃÃo EspÃrita Bezerra de Menezes

• Autor(a) principal: SÃsio Santiago Freire Filho
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=18009
• topic: Saberes; EducaÃÃo na Perspectiva EspÃrita; Trabalho Voluntariado; Knowledge; Education Spiritualist perspective; Volunteer work; EDUCACAO

Como o trabalho voluntÃrio opera na educaÃÃo espÃrita, vivida pelos sujeitos do Grupo MÃos à Obra, que atua no PÃlo de DivulgaÃÃo EspÃrita Bezerra de Menezes? Mediante esta pergunta de pesquisa, o presente projeto buscou saber como o trabalho voluntÃrio do Grupo MÃos a Obra - grupo pertencente ao Grupo EspÃrita Paulo e EstevÃo/GEPE, que atua nas comunidades assentadas no PÃlo de DivulgaÃÃo EspÃrita Bezerra de Menezes, em Jaguaretama â funciona na educaÃÃo, na perspectiva espÃrita. A pesquisa, de natureza qualitativa, metodologicamente se desenvolveu por meio da HistÃria de Vida e FormaÃÃo (DELORY-MOMBERGER; 2006; JOSSO, 2004). Os entrevistados foram selecionados dentro do prÃprio Grupo MÃos à Obra, com base em um tempo mÃnimo de participaÃÃo de dois anos de trabalho voluntÃrio; e o local da pesquisa foi o PÃlo de DivulgaÃÃo EspÃrita Bezerra de Menezes, localizado no sertÃo cearense, compondo uma regiÃo de seis assentamentos, no municÃpio de Jaguaretama-CearÃ. A partir da produÃÃo de saber levantada, constatou-se a presenÃa emblemÃtica de Bezerra de Menezes, o MÃdico dos Pobres, como referÃncia no lugar; e viu-se que ele fertiliza o diÃlogo dos sujeitos com sua dimensÃo espiritual. Percebeu-se que quando se utiliza o trabalho voluntÃrio como princÃpio educativo, este oferta um campo capaz de sedimentar transformaÃÃes do sujeito, fornecendo bases de uma utopia social. Ao fazerem suas leituras de si, no curso do trabalho voluntÃrio, viu-se que os sujeitos passam a operar com a valoraÃÃo de gratificaÃÃes intangÃveis e inegociÃveis. Observou-se que hà superaÃÃes da fragmentaÃÃo do trabalho como acontece no capitalismo, uma vez que os saberes produzidos no trabalho voluntÃrio sÃo essencialmente da ordem da existÃncia (âsaberes de vidaâ), produzindo uma rede de conversaÃÃo onde medra a reflexÃo espiritual capaz de unir dimensÃes apartadas como a Ãtico-moral, a afetividade, a socialidade e a espiritualidade em uma aÃÃo social coletiva e solidÃria. Viu-se que o trabalho voluntÃrio, pois, sedimenta a educabilidade do sujeito que, ao realizar aÃÃes coletivas concretas e solidÃrias, fazem um percurso reflexivo potente para colocÃ-los problematizando sua prÃpria histÃria e compromissado com o sofrimento social. Concluiu-se, ainda, que o trabalho voluntÃrio espÃrita, ao lidar com as mÃltiplas dimensÃes do sujeito, situa-o como ser espiritual em trÃnsito reencarnatÃrio, em seu caminho evolutivo, logo, transformador.