InfecÃÃes relacionadas à assistÃncia à saÃde e fatores associados em pacientes transplantados renais em Fortaleza â CE.

• Autor(a) principal: Regina Kelly GuimarÃes Gomes
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12308
• topic: Cross Infection; Kidney Transplantation; Prevalence; SAUDE PUBLICA

As infecÃÃes relacionadas à assistÃncia à saÃde estÃo entre as principais complicaÃÃes em pacientes que se submetem a transplante de rim, em virtude, nÃo somente, dos regimes de imunossupressÃo a que estÃo submetidos, como a cuidados desempenhados pelas equipes de saÃde. O objetivo deste estudo foi analisar infecÃÃes relacionadas à assistÃncia à saÃde em pacientes transplantados renais em 2012, no MunicÃpio de Fortaleza, que possui serviÃos de transplante renal consolidados. Fez-se um estudo transversal onde foram analisadas as fichas ambulatoriais, prontuÃrios e fichas de notificaÃÃo e investigaÃÃo da CCIH de pacientes que realizaram transplante renal em 2012, no HUWC e HGF, instituiÃÃes com recordes sucessivos neste tipo de procedimento. Um total de 237 participantes, sendo, 101 (mÃdias de idade: 43,2 anos) pertencentes ao HUWC e 136 (mÃdias de idade: 45,4 anos) ao HGF, foi incluÃdo no estudo. Em ambas as instituiÃÃes, a maioria das pessoas era do sexo masculino, casada e residia na Capital do CearÃ. Grande parte delas tambÃm tinha o IMC normal, era hipertensa, tinha como principais causas de IRC: inderterminada, HAS e nefrites. A proporÃÃo de procedimentos invasivos realizados foi: biopsia do enxerto (HUWC: 45,54%; HGF: 26,47%), punÃÃo de cateter venoso central (HUWC: 98,01%; HGF: 97,06%), FAV (HUWC: 66,33%; HGF: 94,11%), e passagem de cateter duplo J (HUWC: 39,6%; HGF: 22,06%). A estimativa de prevalÃncia de IRAS nos 101 pacientes transplantados renais no HUWC foi de 50 (49,05%), e no HGF, 31 (22,79%). As IRAS mais comuns, tanto no HUWC, como no HGF, foram infecÃÃes do trato urinÃrio, e os principais agentes etiolÃgicos isolados, Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli. No HUWC, os fatores sociodemogrÃficos, clÃnicos e epidemiolÃgicos que apresentaram associaÃÃo estatisticamente significante com o acometimento por IRAS foram: a classificaÃÃo do IMC (p<0,03), o tempo em diÃlise antes do transplante (p<0,05), o tempo de internaÃÃo total (p<0,0001), o tempo de cirurgia (p<0,001), o tempo de isquemia fria (p<0,01), a passagem de cateter duplo J (p<0,003), o tempo de uso do TOT (p<0,03) e o tempo de uso da SVD (p<0,04) no HUWC; no HGF, a classificaÃÃo do IMC (p<0,04), o LES como causa de IRC (p<0,01), a transfusÃo sanguÃnea antes do transplante (p<0,02), o tempo de internaÃÃo total (p<0,001) e o tempo de uso do CVC (p<0,04). Portanto, durante todo o perÃodo perioperatÃrio, hà necessidade de desenvolvimento de aÃÃes cautelosas por toda a equipe de saÃde, de forma a prevenir infecÃÃes e gastos desnecessÃrios do governo com internamentos e tratamentos prolongados, sustentando o crescimento da tÃcnica de transplantaÃÃo renal no Estado nos Ãltimos anos.