A TRANSFORMAÃÃO DA NATUREZA HUMANA NOS GOVERNOS TOTALITÃRIOS E A ASCENSÃO DO ANIMAL LABORANS NA ESFERA PÃBLICA: UMA LEITURA BIOPOLÃTICA DA OBRA DE HANNAH ARENDT
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8912 |
Resumo: | Our study has the purpose to carry through a biopolitic reading of Hannah Arendtâs work, what means analyzing the relation between life and politics, from the contained biopolitic elements in the autorâs philosophy. To make it possible, we will use to concept from Giorgio Agamben, mainly, the concepts of bare life, state of exception, homo sacer so that, having understook them, we can work on the biopolitic elements of the arendtianâs work, which pass by it in an implicit form. Thus, our intention is to demonstrate that, even in an not explicit way, it has, in the arendtianas reflections, about â what we are doingâ in modernity, that is, reducing the human condition to the mere activity of the animal laborans, worried, exclusively, in preserving its life in biological direction, biopolitics elements that, in our agreement, serve as argument tools to elucidate the reflexive intentions of this author. The two points that we choose for the accomplishment of this research, in intention to point the biopolitic elements in Arendt, are the primacy of the natural life on the political action, resulted from the extreme valorization of the labor in modernity, and the pretension of total domain of the totalitarianism, that used the scenario of the mass societies of century XX, to place in march its ambition of transforming the human nature, reducing the man to a mere animal. Our intention, therefore, is from the analyses of the arendtianâs work Origins of Totalitarianism (1951) and the Human Condition (1958), to demonstrate textually that, exactly for never appearing in its writings, the concept of biopolitcs, configures as a conducting wire so that we can notice the reach and the depth of the politic-philosophical thought of Hannah Arendt, that appears as an authentic interpreter of her time, whose writings continue relevant so that we can understand the political and human reality. |
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To make it possible, we will use to concept from Giorgio Agamben, mainly, the concepts of bare life, state of exception, homo sacer so that, having understook them, we can work on the biopolitic elements of the arendtianâs work, which pass by it in an implicit form. Thus, our intention is to demonstrate that, even in an not explicit way, it has, in the arendtianas reflections, about â what we are doingâ in modernity, that is, reducing the human condition to the mere activity of the animal laborans, worried, exclusively, in preserving its life in biological direction, biopolitics elements that, in our agreement, serve as argument tools to elucidate the reflexive intentions of this author. The two points that we choose for the accomplishment of this research, in intention to point the biopolitic elements in Arendt, are the primacy of the natural life on the political action, resulted from the extreme valorization of the labor in modernity, and the pretension of total domain of the totalitarianism, that used the scenario of the mass societies of century XX, to place in march its ambition of transforming the human nature, reducing the man to a mere animal. Our intention, therefore, is from the analyses of the arendtianâs work Origins of Totalitarianism (1951) and the Human Condition (1958), to demonstrate textually that, exactly for never appearing in its writings, the concept of biopolitcs, configures as a conducting wire so that we can notice the reach and the depth of the politic-philosophical thought of Hannah Arendt, that appears as an authentic interpreter of her time, whose writings continue relevant so that we can understand the political and human reality. Nosso estudo tem como objetivo realizar uma leitura biopolÃtica da obra de Hannah Arendt, o que significa analisar a relaÃÃo entre vida e polÃtica, a partir dos elementos biopolÃticos contidos na filosofia da autora. Para tanto, iremos lanÃar mÃo do arcabouÃo conceitual de Giorgio Agamben, principalmente, dos conceitos de vida nua, estado de exceÃÃo, homo sacer para que, de posse desses, possamos trazer à tona os elementos biopolÃticos da obra arendtiana, os quais a perpassam de forma implÃcita. Assim, nossa intenÃÃo à demonstrar que, mesmo de maneira nÃo explÃcita, hÃ, nas reflexÃes arendtianas, acerca âdo que estamos fazendoâ na modernidade, ou seja, reduzindo a condiÃÃo humana à mera atividade do animal laborans, preocupado, exclusivamente, em preservar sua vida em sentido biolÃgico, elementos biopolÃticos que, em nosso entendimento, servem como ferramentas argumentativas para elucidarmos as intenÃÃes reflexivas dessa autora. Os dois pontos que escolhemos para a realizaÃÃo desta pesquisa, no intuito de apontar os elementos biopolÃticos em Arendt, sÃo o primado da vida natural sobre a aÃÃo polÃtica, resultado da supervalorizaÃÃo do trabalho na modernidade, e a pretensÃo de domÃnio total do totalitarismo, que se utilizou do cenÃrio das sociedades de massa do sÃculo XX, para colocar em marcha a sua ambiÃÃo de transformar a natureza humana, reduzindo o homem a um mero animal. Nosso propÃsito, portanto, à a partir das anÃlises das obras arendtianas Origens do Totalitarismo (1951) e a CondiÃÃo Humana (1958), demonstrar que, mesmo nunca aparecendo textualmente em seus escritos, o conceito de biopolÃtica configura-se como um fio condutor para que possamos perceber o alcance e a profundidade do pensamento polÃtico filosÃfico de Hannah Arendt, que se mostra como uma autÃntica intÃrprete de seu tempo, cujos escritos continuam relevantes e nos dÃo base para compreendermos a realidade polÃtica e humana.FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8912application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:22:23Zmail@mail.com - |
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Nosso estudo tem como objetivo realizar uma leitura biopolÃtica da obra de Hannah Arendt, o que significa analisar a relaÃÃo entre vida e polÃtica, a partir dos elementos biopolÃticos contidos na filosofia da autora. Para tanto, iremos lanÃar mÃo do arcabouÃo conceitual de Giorgio Agamben, principalmente, dos conceitos de vida nua, estado de exceÃÃo, homo sacer para que, de posse desses, possamos trazer à tona os elementos biopolÃticos da obra arendtiana, os quais a perpassam de forma implÃcita. Assim, nossa intenÃÃo à demonstrar que, mesmo de maneira nÃo explÃcita, hÃ, nas reflexÃes arendtianas, acerca âdo que estamos fazendoâ na modernidade, ou seja, reduzindo a condiÃÃo humana à mera atividade do animal laborans, preocupado, exclusivamente, em preservar sua vida em sentido biolÃgico, elementos biopolÃticos que, em nosso entendimento, servem como ferramentas argumentativas para elucidarmos as intenÃÃes reflexivas dessa autora. Os dois pontos que escolhemos para a realizaÃÃo desta pesquisa, no intuito de apontar os elementos biopolÃticos em Arendt, sÃo o primado da vida natural sobre a aÃÃo polÃtica, resultado da supervalorizaÃÃo do trabalho na modernidade, e a pretensÃo de domÃnio total do totalitarismo, que se utilizou do cenÃrio das sociedades de massa do sÃculo XX, para colocar em marcha a sua ambiÃÃo de transformar a natureza humana, reduzindo o homem a um mero animal. Nosso propÃsito, portanto, à a partir das anÃlises das obras arendtianas Origens do Totalitarismo (1951) e a CondiÃÃo Humana (1958), demonstrar que, mesmo nunca aparecendo textualmente em seus escritos, o conceito de biopolÃtica configura-se como um fio condutor para que possamos perceber o alcance e a profundidade do pensamento polÃtico filosÃfico de Hannah Arendt, que se mostra como uma autÃntica intÃrprete de seu tempo, cujos escritos continuam relevantes e nos dÃo base para compreendermos a realidade polÃtica e humana. |
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Our study has the purpose to carry through a biopolitic reading of Hannah Arendtâs work, what means analyzing the relation between life and politics, from the contained biopolitic elements in the autorâs philosophy. To make it possible, we will use to concept from Giorgio Agamben, mainly, the concepts of bare life, state of exception, homo sacer so that, having understook them, we can work on the biopolitic elements of the arendtianâs work, which pass by it in an implicit form. Thus, our intention is to demonstrate that, even in an not explicit way, it has, in the arendtianas reflections, about â what we are doingâ in modernity, that is, reducing the human condition to the mere activity of the animal laborans, worried, exclusively, in preserving its life in biological direction, biopolitics elements that, in our agreement, serve as argument tools to elucidate the reflexive intentions of this author. The two points that we choose for the accomplishment of this research, in intention to point the biopolitic elements in Arendt, are the primacy of the natural life on the political action, resulted from the extreme valorization of the labor in modernity, and the pretension of total domain of the totalitarianism, that used the scenario of the mass societies of century XX, to place in march its ambition of transforming the human nature, reducing the man to a mere animal. Our intention, therefore, is from the analyses of the arendtianâs work Origins of Totalitarianism (1951) and the Human Condition (1958), to demonstrate textually that, exactly for never appearing in its writings, the concept of biopolitcs, configures as a conducting wire so that we can notice the reach and the depth of the politic-philosophical thought of Hannah Arendt, that appears as an authentic interpreter of her time, whose writings continue relevant so that we can understand the political and human reality. |
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