L'orthodoxie et hÃtÃrodoxie dans les rapports du sujet fÃminin collectives victimes de violence domestique: d'aimer notre prochain comme toi-mÃme
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12966 |
Resumo: | A pesquisa analisa o discurso das mulheres que sofrem violÃncia cometida por seus parceiros ou ex-parceiros a partir dos boletins de ocorrÃncia da Delegacia da Defesa das Mulheres em Fortaleza e dos relatos no site www.leimariadapenha.com.br. A finalidade deste trabalho consiste em analisar o sujeito coletivo em narrativas de vida considerando a proposta teÃrica de LefÃvre (2005) sobre o sujeito coletivo, a perspectiva de categoria de situaÃÃo de Bertaux (2010), a reflexÃo de Foucault (2002) sobre o discurso e o sujeito e a representaÃÃo social do sujeito de Goffman (2002) e a narrativa ortodoxa e a heterodoxa de Maia-Vasconcelos (2014).Temos, portanto, uma relaÃÃo, segundo Morin (2010), parte-todo complexa, pois cada indivÃduo com caracterÃsticas particulares diferentes em cada narrativa de vida dÃo vez a um todo com caracterÃsticas singulares chamado de sujeito coletivo. A tese verificou a formaÃÃo de um sujeito coletivo a partir de relatos de mulheres que vivem situaÃÃes semelhantes integrando-se, assim, em uma mesma categoria de situaÃÃo vivenciada, mesmo nÃo se conhecendo e vivendo em regiÃes geograficamente distantes. Os relatos avaliados sÃo obtidos no fÃrum virtual âCasos e Testemunhosâ e na delegacia de Defesa das Mulheres. A leitura dos relatos permitiu ressaltar aspectos que nos levam a crer que existe uma subjetividade embutida nos discursos dessas mulheres que as aproximam do ponto de vista sociovivencial. O discurso do sujeito coletivo pode ser percebido, segundo LefÃvre (2005) como a representaÃÃo discursiva de uma coletividade a respeito de um determinado tema. No fÃrum virtual, a narrativa heterodoxa surge a partir de um sujeito que escolhe os fatos vividos que devem ser relatados e como devem ser apresentados em um processo de ressignificaÃÃo do vivido partilhando de uma mesma comunidade discursiva. No boletim de ocorrÃncia, a narrativa ortodoxa, surge a partir de um sujeito que tambÃm escolhe os fatos que devem ser relatados, mas nÃo como devem ser relatados. Estes sujeitos, encontrados nos boletins de ocorrÃncia, partilham de uma mesma comunidade ideolÃgica que denuncia e nÃo deseja pedir medidas protetivas de urgÃncia. Esta perspectiva de pesquisa vislumbra a Complexidade defendida por Morin (2010), numa relaÃÃo de parte-todo, em que cada parte està relacionada com o todo, ou seja, cada narrativa de vida, apesar de divergente, apresenta, ao mesmo tempo, caracterÃsticas que indicam uma categoria de situaÃÃo e formam uma coletividade que nÃo à apenas um agrupamento de sujeitos com narrativas de vida, ela à mais do que isso, uma vez que surge uma unidade inÃdita que à o sujeito coletivo. |
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A finalidade deste trabalho consiste em analisar o sujeito coletivo em narrativas de vida considerando a proposta teÃrica de LefÃvre (2005) sobre o sujeito coletivo, a perspectiva de categoria de situaÃÃo de Bertaux (2010), a reflexÃo de Foucault (2002) sobre o discurso e o sujeito e a representaÃÃo social do sujeito de Goffman (2002) e a narrativa ortodoxa e a heterodoxa de Maia-Vasconcelos (2014).Temos, portanto, uma relaÃÃo, segundo Morin (2010), parte-todo complexa, pois cada indivÃduo com caracterÃsticas particulares diferentes em cada narrativa de vida dÃo vez a um todo com caracterÃsticas singulares chamado de sujeito coletivo. A tese verificou a formaÃÃo de um sujeito coletivo a partir de relatos de mulheres que vivem situaÃÃes semelhantes integrando-se, assim, em uma mesma categoria de situaÃÃo vivenciada, mesmo nÃo se conhecendo e vivendo em regiÃes geograficamente distantes. Os relatos avaliados sÃo obtidos no fÃrum virtual âCasos e Testemunhosâ e na delegacia de Defesa das Mulheres. A leitura dos relatos permitiu ressaltar aspectos que nos levam a crer que existe uma subjetividade embutida nos discursos dessas mulheres que as aproximam do ponto de vista sociovivencial. O discurso do sujeito coletivo pode ser percebido, segundo LefÃvre (2005) como a representaÃÃo discursiva de uma coletividade a respeito de um determinado tema. No fÃrum virtual, a narrativa heterodoxa surge a partir de um sujeito que escolhe os fatos vividos que devem ser relatados e como devem ser apresentados em um processo de ressignificaÃÃo do vivido partilhando de uma mesma comunidade discursiva. No boletim de ocorrÃncia, a narrativa ortodoxa, surge a partir de um sujeito que tambÃm escolhe os fatos que devem ser relatados, mas nÃo como devem ser relatados. Estes sujeitos, encontrados nos boletins de ocorrÃncia, partilham de uma mesma comunidade ideolÃgica que denuncia e nÃo deseja pedir medidas protetivas de urgÃncia. Esta perspectiva de pesquisa vislumbra a Complexidade defendida por Morin (2010), numa relaÃÃo de parte-todo, em que cada parte està relacionada com o todo, ou seja, cada narrativa de vida, apesar de divergente, apresenta, ao mesmo tempo, caracterÃsticas que indicam uma categoria de situaÃÃo e formam uma coletividade que nÃo à apenas um agrupamento de sujeitos com narrativas de vida, ela à mais do que isso, uma vez que surge uma unidade inÃdita que à o sujeito coletivo. A pesquisa analisa o discurso das mulheres que sofrem violÃncia cometida por seus parceiros ou ex-parceiros a partir dos boletins de ocorrÃncia da Delegacia da Defesa das Mulheres em Fortaleza e dos relatos no site www.leimariadapenha.com.br. A finalidade deste trabalho consiste em analisar o sujeito coletivo em narrativas de vida considerando a proposta teÃrica de LefÃvre (2005) sobre o sujeito coletivo, a perspectiva de categoria de situaÃÃo de Bertaux (2010), a reflexÃo de Foucault (2002) sobre o discurso e o sujeito e a representaÃÃo social do sujeito de Goffman (2002) e a narrativa ortodoxa e a heterodoxa de Maia-Vasconcelos (2014).Temos, portanto, uma relaÃÃo, segundo Morin (2010), parte-todo complexa, pois cada indivÃduo com caracterÃsticas particulares diferentes em cada narrativa de vida dÃo vez a um todo com caracterÃsticas singulares chamado de sujeito coletivo. A tese verificou a formaÃÃo de um sujeito coletivo a partir de relatos de mulheres que vivem situaÃÃes semelhantes integrando-se, assim, em uma mesma categoria de situaÃÃo vivenciada, mesmo nÃo se conhecendo e vivendo em regiÃes geograficamente distantes. 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No boletim de ocorrÃncia, a narrativa ortodoxa, surge a partir de um sujeito que tambÃm escolhe os fatos que devem ser relatados, mas nÃo como devem ser relatados. Estes sujeitos, encontrados nos boletins de ocorrÃncia, partilham de uma mesma comunidade ideolÃgica que denuncia e nÃo deseja pedir medidas protetivas de urgÃncia. Esta perspectiva de pesquisa vislumbra a Complexidade defendida por Morin (2010), numa relaÃÃo de parte-todo, em que cada parte està relacionada com o todo, ou seja, cada narrativa de vida, apesar de divergente, apresenta, ao mesmo tempo, caracterÃsticas que indicam uma categoria de situaÃÃo e formam uma coletividade que nÃo à apenas um agrupamento de sujeitos com narrativas de vida, ela à mais do que isso, uma vez que surge uma unidade inÃdita que à o sujeito coletivo. |
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