GestÃo de pequenos sistemas hÃdricos no semiÃrido nordestino.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8345 |
Resumo: | Como forma de amenizar a escassez de Ãgua na regiÃo semiÃrida brasileira, criou-se a cultura da construÃÃo de pequenos aÃudes com o objetivo de acumulaÃÃo de Ãgua do perÃodo chuvoso para seu uso no estio. Por se tratarem, muitas vezes, de obras emergenciais, grande parte desses pequenos sistemas foi construÃda sem critÃrios tÃcnicos e/ou projeto de construÃÃo e aproveitamento. Portanto, nÃo constam nos planos de bacias e sua existÃncia sequer à de conhecimento dos ÃrgÃos gestores. O objetivo deste trabalho foi propor um modelo de gestÃo de pequenos sistemas hÃdricos da regiÃo semiÃrida, fundamentado na importÃncia e nos usos desses mananciais, bem como a escolha de mÃtodos eficazes de estimativa das principais variÃveis hidrolÃgicas em pequenas bacias nÃo monitoradas. Para atingir os objetivos foram realizados o levantamento de dados socioeconÃmicos dos usuÃrios bem como a caracterizaÃÃo hidrolÃgica de pequenas bacias. No caso da caracterizaÃÃo socioeconÃmica, foram aplicados 524 questionÃrios e visitados 171 pequenos aÃudes localizados nos Estados do CearÃ, ParaÃba e Rio Grande do Norte. AtravÃs do processamento desses questionÃrios foi possÃvel compreender a importÃncia socioeconÃmica desses sistemas, que fornecem meios de subsistÃncia e a sua efetiva contribuiÃÃo para o abastecimento das populaÃÃes rurais, sendo identificados como principais usos, nessa ordem: abastecimento domÃstico; dessedentaÃÃo animal; pesca; dessedentaÃÃo humana e irrigaÃÃo. Para a caracterizaÃÃo hidrolÃgica foram considerados dez pequenos aÃudes monitorados no Estado do CearÃ, para os quais foram simuladas as seguintes variÃveis hidrolÃgicas: capacidade de acumulaÃÃo, vazÃo afluente mÃdia anual e disponibilidade hÃdrica para diversos nÃveis de garantia. As estimativas de volume foram realizadas pelos mÃtodos de Molle e de Campos, usando para isso o instrumento SIG (Sistema de InformaÃÃes GeogrÃficas). A equaÃÃo empÃrica de Molle apresentou os resultados mais consistentes com as observaÃÃes de campo. As afluÃncias mÃdias anuais foram estimadas a partir de quatro modelos chuva-vazÃo: equaÃÃo de Aguiar; equaÃÃo de Molle e Cadier, mÃtodo de nÃmero de curva (CN) do SCS; e modelo SMAP com parÃmetros calculados por mineraÃÃo de dados, de acordo com Diniz e, posteriormente, com Silva (DS). O mÃtodo SMAP/DS apresentou os resultados mais confiÃveis para bacias nÃo monitoradas. Esse resultado à de grande relevÃncia, posto que atà o momento os demais modelos chuva-deflÃvio eram os utilizados para bacias nÃo monitoradas na regiÃo semiÃrida. Espera-se, portanto, que a utilizaÃÃo do modelo SMAP/DS eleve o padrÃo de qualidade dos projetos e da gestÃo de pequenas bacias nÃo monitoradas. Para estimar a disponibilidade hÃdrica foi aplicado o modelo VYELAS, simulando vazÃes para diversos nÃveis de garantia. Para fins de anÃlise, foram explicitadas as vazÃes com 85%, 90% e 99% de garantia anual. Esses valores foram usados para simulaÃÃes de vazÃes outorgÃveis. O resultado indicou que alguns desses aÃudes nÃo conseguem regularizar vazÃes minimamente significativas com 99% de garantia anual. Diante dos problemas ambientais oriundos dos seus usos, como a criaÃÃo de animais soltos, com acesso direto ao aÃude, que causam problemas como a eutrofizaÃÃo, promovendo a presenÃa de patÃgenos, afetando a disponibilidade qualitativa da Ãgua e causando doenÃas e pelos conflitos detectados a partir da aplicaÃÃo dos questionÃrios, e da inexistÃncia de uma metodologia formal de gerenciamento desses pequenos sistemas, foi proposto um modelo de gestÃo para os pequenos sistemas, à escala de pequeno aÃude e adequado Ãs particularidades das regiÃes semiÃridas. Por fim, analisou-se como se daria a aplicaÃÃo deste modelo de gestÃo para um dos aÃudes analisados nos mais de 500 questionÃrios. O aÃude eleito foi o Paus Brancos, em Madalena, CearÃ. O modelo de gestÃo, baseado nos instrumentos preconizados pela legislaÃÃo de recursos hÃdricos (outorga, cobranÃa, enquadramento, plano de bacia e sistema de informaÃÃes), indica a biorremediaÃÃo como soluÃÃo para a reduÃÃo de nutrientes no aÃude; traÃa um plano emergencial para os perÃodos de seca; recomenda a formaÃÃo de comissÃo gestora do aÃude para, entre outras atribuiÃÃes, implantar a gestÃo participativa na bacia hidrogrÃfica e delineia a formaÃÃo de um banco de dados quali-quantitativo, a ser incorporado ao banco de dados do ÃrgÃo gestor, a Cogerh. AlÃm disso, o modelo propÃe uma alternativa para a dessedentaÃÃo animal, restringindo o seu acesso ao Paus Branco e destinando um outro pequeno reservatÃrio exclusivamente aos animais. |
id |
UFC_3226baaaab105464f518930bfd21130b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.teses.ufc.br:5824 |
network_acronym_str |
UFC |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
spelling |
info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisGestÃo de pequenos sistemas hÃdricos no semiÃrido nordestino.Small water management systems in northearstern semiarid 2012-07-26Jose Carlos de AraÃjo21382980353Josà Gerardo Beserra de Oliveira00098507320George Leite Mamede68841108304http://lattes.cnpq.br/6181417497523954Pedro Henrique Augusto Medeiros84271426334http://lattes.cnpq.br/4970091740105771 Cristiano das Neves Almeida97878111472http://lattes.cnpq.br/5858373824027435 3903528030http://lattes.cnpq.br/0768076884874157Deborah Mithya Barros AlexandreUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em Engenharia AgrÃcolaUFCBRGestÃo hÃdrica Disponibilidade hÃdrica AÃudeSmall dam water availability management.CONSERVACAO DE SOLO E AGUAComo forma de amenizar a escassez de Ãgua na regiÃo semiÃrida brasileira, criou-se a cultura da construÃÃo de pequenos aÃudes com o objetivo de acumulaÃÃo de Ãgua do perÃodo chuvoso para seu uso no estio. Por se tratarem, muitas vezes, de obras emergenciais, grande parte desses pequenos sistemas foi construÃda sem critÃrios tÃcnicos e/ou projeto de construÃÃo e aproveitamento. Portanto, nÃo constam nos planos de bacias e sua existÃncia sequer à de conhecimento dos ÃrgÃos gestores. O objetivo deste trabalho foi propor um modelo de gestÃo de pequenos sistemas hÃdricos da regiÃo semiÃrida, fundamentado na importÃncia e nos usos desses mananciais, bem como a escolha de mÃtodos eficazes de estimativa das principais variÃveis hidrolÃgicas em pequenas bacias nÃo monitoradas. Para atingir os objetivos foram realizados o levantamento de dados socioeconÃmicos dos usuÃrios bem como a caracterizaÃÃo hidrolÃgica de pequenas bacias. No caso da caracterizaÃÃo socioeconÃmica, foram aplicados 524 questionÃrios e visitados 171 pequenos aÃudes localizados nos Estados do CearÃ, ParaÃba e Rio Grande do Norte. AtravÃs do processamento desses questionÃrios foi possÃvel compreender a importÃncia socioeconÃmica desses sistemas, que fornecem meios de subsistÃncia e a sua efetiva contribuiÃÃo para o abastecimento das populaÃÃes rurais, sendo identificados como principais usos, nessa ordem: abastecimento domÃstico; dessedentaÃÃo animal; pesca; dessedentaÃÃo humana e irrigaÃÃo. Para a caracterizaÃÃo hidrolÃgica foram considerados dez pequenos aÃudes monitorados no Estado do CearÃ, para os quais foram simuladas as seguintes variÃveis hidrolÃgicas: capacidade de acumulaÃÃo, vazÃo afluente mÃdia anual e disponibilidade hÃdrica para diversos nÃveis de garantia. As estimativas de volume foram realizadas pelos mÃtodos de Molle e de Campos, usando para isso o instrumento SIG (Sistema de InformaÃÃes GeogrÃficas). A equaÃÃo empÃrica de Molle apresentou os resultados mais consistentes com as observaÃÃes de campo. As afluÃncias mÃdias anuais foram estimadas a partir de quatro modelos chuva-vazÃo: equaÃÃo de Aguiar; equaÃÃo de Molle e Cadier, mÃtodo de nÃmero de curva (CN) do SCS; e modelo SMAP com parÃmetros calculados por mineraÃÃo de dados, de acordo com Diniz e, posteriormente, com Silva (DS). O mÃtodo SMAP/DS apresentou os resultados mais confiÃveis para bacias nÃo monitoradas. Esse resultado à de grande relevÃncia, posto que atà o momento os demais modelos chuva-deflÃvio eram os utilizados para bacias nÃo monitoradas na regiÃo semiÃrida. Espera-se, portanto, que a utilizaÃÃo do modelo SMAP/DS eleve o padrÃo de qualidade dos projetos e da gestÃo de pequenas bacias nÃo monitoradas. Para estimar a disponibilidade hÃdrica foi aplicado o modelo VYELAS, simulando vazÃes para diversos nÃveis de garantia. Para fins de anÃlise, foram explicitadas as vazÃes com 85%, 90% e 99% de garantia anual. Esses valores foram usados para simulaÃÃes de vazÃes outorgÃveis. O resultado indicou que alguns desses aÃudes nÃo conseguem regularizar vazÃes minimamente significativas com 99% de garantia anual. Diante dos problemas ambientais oriundos dos seus usos, como a criaÃÃo de animais soltos, com acesso direto ao aÃude, que causam problemas como a eutrofizaÃÃo, promovendo a presenÃa de patÃgenos, afetando a disponibilidade qualitativa da Ãgua e causando doenÃas e pelos conflitos detectados a partir da aplicaÃÃo dos questionÃrios, e da inexistÃncia de uma metodologia formal de gerenciamento desses pequenos sistemas, foi proposto um modelo de gestÃo para os pequenos sistemas, à escala de pequeno aÃude e adequado Ãs particularidades das regiÃes semiÃridas. Por fim, analisou-se como se daria a aplicaÃÃo deste modelo de gestÃo para um dos aÃudes analisados nos mais de 500 questionÃrios. O aÃude eleito foi o Paus Brancos, em Madalena, CearÃ. O modelo de gestÃo, baseado nos instrumentos preconizados pela legislaÃÃo de recursos hÃdricos (outorga, cobranÃa, enquadramento, plano de bacia e sistema de informaÃÃes), indica a biorremediaÃÃo como soluÃÃo para a reduÃÃo de nutrientes no aÃude; traÃa um plano emergencial para os perÃodos de seca; recomenda a formaÃÃo de comissÃo gestora do aÃude para, entre outras atribuiÃÃes, implantar a gestÃo participativa na bacia hidrogrÃfica e delineia a formaÃÃo de um banco de dados quali-quantitativo, a ser incorporado ao banco de dados do ÃrgÃo gestor, a Cogerh. AlÃm disso, o modelo propÃe uma alternativa para a dessedentaÃÃo animal, restringindo o seu acesso ao Paus Branco e destinando um outro pequeno reservatÃrio exclusivamente aos animais.http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8345application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:21:23Zmail@mail.com - |
dc.title.pt.fl_str_mv |
GestÃo de pequenos sistemas hÃdricos no semiÃrido nordestino. |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Small water management systems in northearstern semiarid |
title |
GestÃo de pequenos sistemas hÃdricos no semiÃrido nordestino. |
spellingShingle |
GestÃo de pequenos sistemas hÃdricos no semiÃrido nordestino. Deborah Mithya Barros Alexandre GestÃo hÃdrica Disponibilidade hÃdrica AÃude Small dam water availability management. CONSERVACAO DE SOLO E AGUA |
title_short |
GestÃo de pequenos sistemas hÃdricos no semiÃrido nordestino. |
title_full |
GestÃo de pequenos sistemas hÃdricos no semiÃrido nordestino. |
title_fullStr |
GestÃo de pequenos sistemas hÃdricos no semiÃrido nordestino. |
title_full_unstemmed |
GestÃo de pequenos sistemas hÃdricos no semiÃrido nordestino. |
title_sort |
GestÃo de pequenos sistemas hÃdricos no semiÃrido nordestino. |
author |
Deborah Mithya Barros Alexandre |
author_facet |
Deborah Mithya Barros Alexandre |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Jose Carlos de AraÃjo |
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv |
21382980353 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Josà Gerardo Beserra de Oliveira |
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv |
00098507320 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
George Leite Mamede |
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv |
68841108304 |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6181417497523954 |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Pedro Henrique Augusto Medeiros |
dc.contributor.referee3ID.fl_str_mv |
84271426334 |
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4970091740105771 |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Cristiano das Neves Almeida |
dc.contributor.referee4ID.fl_str_mv |
97878111472 |
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5858373824027435 |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
3903528030 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0768076884874157 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Deborah Mithya Barros Alexandre |
contributor_str_mv |
Jose Carlos de AraÃjo Josà Gerardo Beserra de Oliveira George Leite Mamede Pedro Henrique Augusto Medeiros Cristiano das Neves Almeida |
dc.subject.por.fl_str_mv |
GestÃo hÃdrica Disponibilidade hÃdrica AÃude |
topic |
GestÃo hÃdrica Disponibilidade hÃdrica AÃude Small dam water availability management. CONSERVACAO DE SOLO E AGUA |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Small dam water availability management. |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CONSERVACAO DE SOLO E AGUA |
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv |
Como forma de amenizar a escassez de Ãgua na regiÃo semiÃrida brasileira, criou-se a cultura da construÃÃo de pequenos aÃudes com o objetivo de acumulaÃÃo de Ãgua do perÃodo chuvoso para seu uso no estio. Por se tratarem, muitas vezes, de obras emergenciais, grande parte desses pequenos sistemas foi construÃda sem critÃrios tÃcnicos e/ou projeto de construÃÃo e aproveitamento. Portanto, nÃo constam nos planos de bacias e sua existÃncia sequer à de conhecimento dos ÃrgÃos gestores. O objetivo deste trabalho foi propor um modelo de gestÃo de pequenos sistemas hÃdricos da regiÃo semiÃrida, fundamentado na importÃncia e nos usos desses mananciais, bem como a escolha de mÃtodos eficazes de estimativa das principais variÃveis hidrolÃgicas em pequenas bacias nÃo monitoradas. Para atingir os objetivos foram realizados o levantamento de dados socioeconÃmicos dos usuÃrios bem como a caracterizaÃÃo hidrolÃgica de pequenas bacias. No caso da caracterizaÃÃo socioeconÃmica, foram aplicados 524 questionÃrios e visitados 171 pequenos aÃudes localizados nos Estados do CearÃ, ParaÃba e Rio Grande do Norte. AtravÃs do processamento desses questionÃrios foi possÃvel compreender a importÃncia socioeconÃmica desses sistemas, que fornecem meios de subsistÃncia e a sua efetiva contribuiÃÃo para o abastecimento das populaÃÃes rurais, sendo identificados como principais usos, nessa ordem: abastecimento domÃstico; dessedentaÃÃo animal; pesca; dessedentaÃÃo humana e irrigaÃÃo. Para a caracterizaÃÃo hidrolÃgica foram considerados dez pequenos aÃudes monitorados no Estado do CearÃ, para os quais foram simuladas as seguintes variÃveis hidrolÃgicas: capacidade de acumulaÃÃo, vazÃo afluente mÃdia anual e disponibilidade hÃdrica para diversos nÃveis de garantia. As estimativas de volume foram realizadas pelos mÃtodos de Molle e de Campos, usando para isso o instrumento SIG (Sistema de InformaÃÃes GeogrÃficas). A equaÃÃo empÃrica de Molle apresentou os resultados mais consistentes com as observaÃÃes de campo. As afluÃncias mÃdias anuais foram estimadas a partir de quatro modelos chuva-vazÃo: equaÃÃo de Aguiar; equaÃÃo de Molle e Cadier, mÃtodo de nÃmero de curva (CN) do SCS; e modelo SMAP com parÃmetros calculados por mineraÃÃo de dados, de acordo com Diniz e, posteriormente, com Silva (DS). O mÃtodo SMAP/DS apresentou os resultados mais confiÃveis para bacias nÃo monitoradas. Esse resultado à de grande relevÃncia, posto que atà o momento os demais modelos chuva-deflÃvio eram os utilizados para bacias nÃo monitoradas na regiÃo semiÃrida. Espera-se, portanto, que a utilizaÃÃo do modelo SMAP/DS eleve o padrÃo de qualidade dos projetos e da gestÃo de pequenas bacias nÃo monitoradas. Para estimar a disponibilidade hÃdrica foi aplicado o modelo VYELAS, simulando vazÃes para diversos nÃveis de garantia. Para fins de anÃlise, foram explicitadas as vazÃes com 85%, 90% e 99% de garantia anual. Esses valores foram usados para simulaÃÃes de vazÃes outorgÃveis. O resultado indicou que alguns desses aÃudes nÃo conseguem regularizar vazÃes minimamente significativas com 99% de garantia anual. Diante dos problemas ambientais oriundos dos seus usos, como a criaÃÃo de animais soltos, com acesso direto ao aÃude, que causam problemas como a eutrofizaÃÃo, promovendo a presenÃa de patÃgenos, afetando a disponibilidade qualitativa da Ãgua e causando doenÃas e pelos conflitos detectados a partir da aplicaÃÃo dos questionÃrios, e da inexistÃncia de uma metodologia formal de gerenciamento desses pequenos sistemas, foi proposto um modelo de gestÃo para os pequenos sistemas, à escala de pequeno aÃude e adequado Ãs particularidades das regiÃes semiÃridas. Por fim, analisou-se como se daria a aplicaÃÃo deste modelo de gestÃo para um dos aÃudes analisados nos mais de 500 questionÃrios. O aÃude eleito foi o Paus Brancos, em Madalena, CearÃ. O modelo de gestÃo, baseado nos instrumentos preconizados pela legislaÃÃo de recursos hÃdricos (outorga, cobranÃa, enquadramento, plano de bacia e sistema de informaÃÃes), indica a biorremediaÃÃo como soluÃÃo para a reduÃÃo de nutrientes no aÃude; traÃa um plano emergencial para os perÃodos de seca; recomenda a formaÃÃo de comissÃo gestora do aÃude para, entre outras atribuiÃÃes, implantar a gestÃo participativa na bacia hidrogrÃfica e delineia a formaÃÃo de um banco de dados quali-quantitativo, a ser incorporado ao banco de dados do ÃrgÃo gestor, a Cogerh. AlÃm disso, o modelo propÃe uma alternativa para a dessedentaÃÃo animal, restringindo o seu acesso ao Paus Branco e destinando um outro pequeno reservatÃrio exclusivamente aos animais. |
description |
Como forma de amenizar a escassez de Ãgua na regiÃo semiÃrida brasileira, criou-se a cultura da construÃÃo de pequenos aÃudes com o objetivo de acumulaÃÃo de Ãgua do perÃodo chuvoso para seu uso no estio. Por se tratarem, muitas vezes, de obras emergenciais, grande parte desses pequenos sistemas foi construÃda sem critÃrios tÃcnicos e/ou projeto de construÃÃo e aproveitamento. Portanto, nÃo constam nos planos de bacias e sua existÃncia sequer à de conhecimento dos ÃrgÃos gestores. O objetivo deste trabalho foi propor um modelo de gestÃo de pequenos sistemas hÃdricos da regiÃo semiÃrida, fundamentado na importÃncia e nos usos desses mananciais, bem como a escolha de mÃtodos eficazes de estimativa das principais variÃveis hidrolÃgicas em pequenas bacias nÃo monitoradas. Para atingir os objetivos foram realizados o levantamento de dados socioeconÃmicos dos usuÃrios bem como a caracterizaÃÃo hidrolÃgica de pequenas bacias. No caso da caracterizaÃÃo socioeconÃmica, foram aplicados 524 questionÃrios e visitados 171 pequenos aÃudes localizados nos Estados do CearÃ, ParaÃba e Rio Grande do Norte. AtravÃs do processamento desses questionÃrios foi possÃvel compreender a importÃncia socioeconÃmica desses sistemas, que fornecem meios de subsistÃncia e a sua efetiva contribuiÃÃo para o abastecimento das populaÃÃes rurais, sendo identificados como principais usos, nessa ordem: abastecimento domÃstico; dessedentaÃÃo animal; pesca; dessedentaÃÃo humana e irrigaÃÃo. Para a caracterizaÃÃo hidrolÃgica foram considerados dez pequenos aÃudes monitorados no Estado do CearÃ, para os quais foram simuladas as seguintes variÃveis hidrolÃgicas: capacidade de acumulaÃÃo, vazÃo afluente mÃdia anual e disponibilidade hÃdrica para diversos nÃveis de garantia. As estimativas de volume foram realizadas pelos mÃtodos de Molle e de Campos, usando para isso o instrumento SIG (Sistema de InformaÃÃes GeogrÃficas). A equaÃÃo empÃrica de Molle apresentou os resultados mais consistentes com as observaÃÃes de campo. As afluÃncias mÃdias anuais foram estimadas a partir de quatro modelos chuva-vazÃo: equaÃÃo de Aguiar; equaÃÃo de Molle e Cadier, mÃtodo de nÃmero de curva (CN) do SCS; e modelo SMAP com parÃmetros calculados por mineraÃÃo de dados, de acordo com Diniz e, posteriormente, com Silva (DS). O mÃtodo SMAP/DS apresentou os resultados mais confiÃveis para bacias nÃo monitoradas. Esse resultado à de grande relevÃncia, posto que atà o momento os demais modelos chuva-deflÃvio eram os utilizados para bacias nÃo monitoradas na regiÃo semiÃrida. Espera-se, portanto, que a utilizaÃÃo do modelo SMAP/DS eleve o padrÃo de qualidade dos projetos e da gestÃo de pequenas bacias nÃo monitoradas. Para estimar a disponibilidade hÃdrica foi aplicado o modelo VYELAS, simulando vazÃes para diversos nÃveis de garantia. Para fins de anÃlise, foram explicitadas as vazÃes com 85%, 90% e 99% de garantia anual. Esses valores foram usados para simulaÃÃes de vazÃes outorgÃveis. O resultado indicou que alguns desses aÃudes nÃo conseguem regularizar vazÃes minimamente significativas com 99% de garantia anual. Diante dos problemas ambientais oriundos dos seus usos, como a criaÃÃo de animais soltos, com acesso direto ao aÃude, que causam problemas como a eutrofizaÃÃo, promovendo a presenÃa de patÃgenos, afetando a disponibilidade qualitativa da Ãgua e causando doenÃas e pelos conflitos detectados a partir da aplicaÃÃo dos questionÃrios, e da inexistÃncia de uma metodologia formal de gerenciamento desses pequenos sistemas, foi proposto um modelo de gestÃo para os pequenos sistemas, à escala de pequeno aÃude e adequado Ãs particularidades das regiÃes semiÃridas. Por fim, analisou-se como se daria a aplicaÃÃo deste modelo de gestÃo para um dos aÃudes analisados nos mais de 500 questionÃrios. O aÃude eleito foi o Paus Brancos, em Madalena, CearÃ. O modelo de gestÃo, baseado nos instrumentos preconizados pela legislaÃÃo de recursos hÃdricos (outorga, cobranÃa, enquadramento, plano de bacia e sistema de informaÃÃes), indica a biorremediaÃÃo como soluÃÃo para a reduÃÃo de nutrientes no aÃude; traÃa um plano emergencial para os perÃodos de seca; recomenda a formaÃÃo de comissÃo gestora do aÃude para, entre outras atribuiÃÃes, implantar a gestÃo participativa na bacia hidrogrÃfica e delineia a formaÃÃo de um banco de dados quali-quantitativo, a ser incorporado ao banco de dados do ÃrgÃo gestor, a Cogerh. AlÃm disso, o modelo propÃe uma alternativa para a dessedentaÃÃo animal, restringindo o seu acesso ao Paus Branco e destinando um outro pequeno reservatÃrio exclusivamente aos animais. |
publishDate |
2012 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2012-07-26 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
format |
doctoralThesis |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8345 |
url |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8345 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Engenharia AgrÃcola |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFC |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
BR |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC instname:Universidade Federal do Ceará instacron:UFC |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
instname_str |
Universidade Federal do Ceará |
instacron_str |
UFC |
institution |
UFC |
repository.name.fl_str_mv |
-
|
repository.mail.fl_str_mv |
mail@mail.com |
_version_ |
1643295163933523968 |