à sà coragem!: trajetÃrias, saberes e prÃticas de resistÃncias das mulheres mÃes na Comunidade Gereba
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20569 |
Resumo: | Essa pesquisa tem como objetivo compreender como as mulheres mÃes da comunidade Gereba, bairro Jangurussu, vivenciam suas experiÃncias de ser mÃe e mulher num contexto de extrema pobreza e violÃncia e se elas conseguem produzir saberes e prÃticas de resistÃncia em prol de um melhor viver individual e coletivo. Realizou-se um percurso de inspiraÃÃo etnogrÃfica, num perÃodo que abrange os anos de 2013, 2016 e 2017, com procedimentos que envolveram a observaÃÃo, entrevistas individuais, registros em diÃrio de campo e fotogrÃficos. Analisou-se a trajetÃria de 7 mulheres mÃes. Percebeu-se que as mulheres mÃes no Gereba sÃo sujeitos de saberes e prÃticas sutis de resistÃncia, desencadeadas a partir de suas experiÃncias cotidianas, individuais e/ou coletivas, capazes de minorar os desafios de ser mÃe e mulher na periferia e os danos de se viver em um cotidiano de escassez e violÃncia. Por meio de experiÃncias que envolvem tanto as relaÃÃes familiares, principalmente com os filhos e filhas e as prÃticas de serviÃo, individuais ou em grupo, sobretudo na forma de voluntariado, as mulheres mÃes desenvolvem astÃcias, tÃticas, artes de fazer â reinventam por exemplo os signos de pobreza advindos do lixo a favor de seus desejos, desestabilizando estigmas e produzindo subjetividades mais afirmativas -, num processo onde descobrem nas relaÃÃes de cotidianidade importantes territÃrios educativos, que estimulam o cuidado consigo, com o outro e com a comunidade, e o cultivo de valores humanos. Nesse contexto a afetividade, a alegria, a sociabilidade, a solidariedade e a espiritualidade aparecem como campos educativos reestruturadores de si, que abrangem experiÃncias e prÃticas capazes de possibilitar a esses sujeitos, enquanto mulheres e mÃes, ferramentas para o enfrentamento de uma vida de negaÃÃo de direitos e de privaÃÃo material, nÃo obstante o carÃter intermitente, contraditÃrio e por vezes dramÃtico dessas experiÃncias e prÃticas. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisà sà coragem!: trajetÃrias, saberes e prÃticas de resistÃncias das mulheres mÃes na Comunidade Gereba2018-11-00Celecina de Maria Veras Sales14863235372http://lattes.cnpq.br/4518176875892063 57469970304 http://lattes.cnpq.br/8167983747249171CÃcera de Andrade PontesUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em EducaÃÃoUFCBRSaberes ExperiÃncia Mulheres Cotidiano Knowledge Experience Women EverydayEDUCACAOEssa pesquisa tem como objetivo compreender como as mulheres mÃes da comunidade Gereba, bairro Jangurussu, vivenciam suas experiÃncias de ser mÃe e mulher num contexto de extrema pobreza e violÃncia e se elas conseguem produzir saberes e prÃticas de resistÃncia em prol de um melhor viver individual e coletivo. Realizou-se um percurso de inspiraÃÃo etnogrÃfica, num perÃodo que abrange os anos de 2013, 2016 e 2017, com procedimentos que envolveram a observaÃÃo, entrevistas individuais, registros em diÃrio de campo e fotogrÃficos. Analisou-se a trajetÃria de 7 mulheres mÃes. Percebeu-se que as mulheres mÃes no Gereba sÃo sujeitos de saberes e prÃticas sutis de resistÃncia, desencadeadas a partir de suas experiÃncias cotidianas, individuais e/ou coletivas, capazes de minorar os desafios de ser mÃe e mulher na periferia e os danos de se viver em um cotidiano de escassez e violÃncia. Por meio de experiÃncias que envolvem tanto as relaÃÃes familiares, principalmente com os filhos e filhas e as prÃticas de serviÃo, individuais ou em grupo, sobretudo na forma de voluntariado, as mulheres mÃes desenvolvem astÃcias, tÃticas, artes de fazer â reinventam por exemplo os signos de pobreza advindos do lixo a favor de seus desejos, desestabilizando estigmas e produzindo subjetividades mais afirmativas -, num processo onde descobrem nas relaÃÃes de cotidianidade importantes territÃrios educativos, que estimulam o cuidado consigo, com o outro e com a comunidade, e o cultivo de valores humanos. Nesse contexto a afetividade, a alegria, a sociabilidade, a solidariedade e a espiritualidade aparecem como campos educativos reestruturadores de si, que abrangem experiÃncias e prÃticas capazes de possibilitar a esses sujeitos, enquanto mulheres e mÃes, ferramentas para o enfrentamento de uma vida de negaÃÃo de direitos e de privaÃÃo material, nÃo obstante o carÃter intermitente, contraditÃrio e por vezes dramÃtico dessas experiÃncias e prÃticas.This research aims to understand how women mothers of the Gereba community, Jangurussu neighborhood, experience their experiences of being a mother and a woman in a context of extreme poverty and violence and if they can produce knowledge and resistance practices in favor of a better individual and collective. An ethnographic inspiration course was carried out during a period covering the years 2013, 2016 and 2017, with procedures involving observation, individual interviews, field journal and photographic records. The trajectory of 7 mothers was analyzed. It was noticed that women mothers in the Gereba are subjects of subtle knowledges and practices of resistance, triggered from their daily experiences, individual and / or collective, able to alleviate the challenges of being a mother and a woman in the periphery and the damages of live in an everyday life of scarcity and violence. Through experiences involving both family relationships, especially with the children and the service practices, individual or group, in the form of volunteering, women mothers develop cunning, tactics, arts of making â reinvent for example the signs of poverty deriving from garbage in favor of their desires, destabilizing stigmata and producing more affirmative subjectivities â, in a process where they discover in the relations of daily life important educational territories, that stimulate the care with the other and with the community, and the cultivation of humans values. In this context, resilience, affectivity, joy, sociability, solidarity and spirituality appear as self-restructured educational fields that encompass experiences and practices capable of enabling these subjects, as women and mothers, to cope with a life denial of rights and material deprivation, notwithstanding the interminable, contradictory and sometimes dramatic character of these experiences and practices.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20569application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:33:05Zmail@mail.com - |
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This research aims to understand how women mothers of the Gereba community, Jangurussu neighborhood, experience their experiences of being a mother and a woman in a context of extreme poverty and violence and if they can produce knowledge and resistance practices in favor of a better individual and collective. An ethnographic inspiration course was carried out during a period covering the years 2013, 2016 and 2017, with procedures involving observation, individual interviews, field journal and photographic records. The trajectory of 7 mothers was analyzed. It was noticed that women mothers in the Gereba are subjects of subtle knowledges and practices of resistance, triggered from their daily experiences, individual and / or collective, able to alleviate the challenges of being a mother and a woman in the periphery and the damages of live in an everyday life of scarcity and violence. Through experiences involving both family relationships, especially with the children and the service practices, individual or group, in the form of volunteering, women mothers develop cunning, tactics, arts of making â reinvent for example the signs of poverty deriving from garbage in favor of their desires, destabilizing stigmata and producing more affirmative subjectivities â, in a process where they discover in the relations of daily life important educational territories, that stimulate the care with the other and with the community, and the cultivation of humans values. In this context, resilience, affectivity, joy, sociability, solidarity and spirituality appear as self-restructured educational fields that encompass experiences and practices capable of enabling these subjects, as women and mothers, to cope with a life denial of rights and material deprivation, notwithstanding the interminable, contradictory and sometimes dramatic character of these experiences and practices. |
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Essa pesquisa tem como objetivo compreender como as mulheres mÃes da comunidade Gereba, bairro Jangurussu, vivenciam suas experiÃncias de ser mÃe e mulher num contexto de extrema pobreza e violÃncia e se elas conseguem produzir saberes e prÃticas de resistÃncia em prol de um melhor viver individual e coletivo. Realizou-se um percurso de inspiraÃÃo etnogrÃfica, num perÃodo que abrange os anos de 2013, 2016 e 2017, com procedimentos que envolveram a observaÃÃo, entrevistas individuais, registros em diÃrio de campo e fotogrÃficos. Analisou-se a trajetÃria de 7 mulheres mÃes. Percebeu-se que as mulheres mÃes no Gereba sÃo sujeitos de saberes e prÃticas sutis de resistÃncia, desencadeadas a partir de suas experiÃncias cotidianas, individuais e/ou coletivas, capazes de minorar os desafios de ser mÃe e mulher na periferia e os danos de se viver em um cotidiano de escassez e violÃncia. Por meio de experiÃncias que envolvem tanto as relaÃÃes familiares, principalmente com os filhos e filhas e as prÃticas de serviÃo, individuais ou em grupo, sobretudo na forma de voluntariado, as mulheres mÃes desenvolvem astÃcias, tÃticas, artes de fazer â reinventam por exemplo os signos de pobreza advindos do lixo a favor de seus desejos, desestabilizando estigmas e produzindo subjetividades mais afirmativas -, num processo onde descobrem nas relaÃÃes de cotidianidade importantes territÃrios educativos, que estimulam o cuidado consigo, com o outro e com a comunidade, e o cultivo de valores humanos. Nesse contexto a afetividade, a alegria, a sociabilidade, a solidariedade e a espiritualidade aparecem como campos educativos reestruturadores de si, que abrangem experiÃncias e prÃticas capazes de possibilitar a esses sujeitos, enquanto mulheres e mÃes, ferramentas para o enfrentamento de uma vida de negaÃÃo de direitos e de privaÃÃo material, nÃo obstante o carÃter intermitente, contraditÃrio e por vezes dramÃtico dessas experiÃncias e prÃticas. |
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