A NoÃÃo de Organismo no Fieri TeÃrico de Carl Rogers: Uma InvestigaÃÃo EpistemolÃgica

• Autor(a) principal: Paulo Coelho Castelo Branco
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4672
• topic: Epistemologia; Fieri; Organismo; Tendencia à regulaÃÃo; TendÃncia à realizaÃÃo; TendÃncia Formativa; Epistemology Fieri; Organism; Regulatory Tendency; Actualizing Tendency; Formative Tendency; PSICOLOGIA

Esta dissertaÃÃo tem como objetivo investigar, mediante uma perspectiva epistemolÃgica, a noÃÃo de organismo no fieri teÃrico de Carl Rogers. Por fieri entende-se o devir ou o fato que faz uma ciÃncia nÃo ficar estagnada em suas concepÃÃes. Para realizar esta investigaÃÃo foram: identificadas as fases do fieri teÃrico de Rogers; pesquisado o fato de como Rogers concebeu a noÃÃo de organismo; examinados os principiais teÃricos e influÃncias que Rogers reconheceu a este respeito; verificadas as linhas epistemolÃgicas gerais da noÃÃo de organismo em Rogers. Neste trabalho adotou-se uma abordagem epistemolÃgica de pesquisa, inspirada no uso que Jean Piaget fez do mÃtodo histÃrico que, segundo ele, consiste em determinar como procedeu à invenÃÃo de um conceito ou teoria, reconhecendo as ideias que a tornaram possÃvel. O mÃtodo utiliza-se de um sistema dedutivo do que foi levado a imaginar a criaÃÃo da ideia de organismo em Rogers. Foram utilizados como fontes de pesquisa os textos escritos de Rogers e de suas influÃncias. A seleÃÃo destes seguiu o critÃrio de conter aspectos relativos à concepÃÃo organÃsmica de Rogers. Como resultado, ficou evidente que Rogers foi um pensador ligado Ãs questÃes de sua Ãpoca. Ele assimilou e elaborou, com suporte em sua experiÃncia com essas influÃncias, uma concepÃÃo organÃsmica que integrou as dimensÃes da personalidade (eu), sociedade (inter-elaÃÃes) e natureza (cosmos). Em cada fase do seu pensamento, Rogers indicou as seguintes influÃncias para essa concepÃÃo: (1) no aconselhamento nÃo-diretivo o funcionalismo-pragmatismo dos Estados Unidos e a psicanÃlise neofreudidana de Rank, Horney e Sullivan; (2) na terapia centrada no cliente repetem-se as influÃncias anteriores acrescidas do cientificismo estadunidense e sua Psicologia aplicada, a Psicologia da Gestalt, Kurt Lewin, a filosofia educacional, social e polÃtica estadunidense e os teÃricos da personalidade; (3) na transiÃÃo entre terapia centrada no cliente e abordagem centrada na pessoa - o impacto do conceito de experienciaÃÃo de Gendlin, as experiÃncias com grupos, a atuaÃÃo no campo da educaÃÃo, as reflexÃes de perspectivas alternativas Ãs ciÃncias do comportamento e os estudos sobre organismo e auto-realizaÃÃo de Goldstein, Maslow, Angyal e alusÃes a Whyte; (4) na abordagem centrada na pessoa â se acresce aos estudos de organismo e auto-realizaÃÃo, as pesquisas de Szent-Gyoergy, e a emergÃncia do paradigma sistÃmico e holÃstico de Capra, Prigogine e Maruyama. Considera-se que à possÃvel traÃar uma nova inelegibilidade de Rogers com base em noÃÃo de organismo. Por esta à possÃvel pensar no avanÃo de uma abordagem cosmolÃgica da pessoa que nÃo se restringe somente à personalidade. Percebe-se que Rogers deu pistas de como desenvolver um solo cientÃfico para a abordagem centrada na pessoa, com arrisco paradigma emergente de ciÃncia contemporÃnea.