Autoconceitos de leitura erigidos a partir de narrativas de vida de professores alfabetizadores

• Autor(a) principal: Francisco Rogiellyson da Silva Andrade
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20775
• topic: ConcepÃÃes de leitura; Narrativas de vida; Professores alfabetizadores; Leitura; Etnossociologia clÃnica; Etnossociologia; Leitura; Narrativas pessoais; PrÃxis pedagogica; Professor Alfabetizador; LINGUISTICA

A presente DissertaÃÃo teve como objetivo principal analisar autoconceitos de leitura erigidos a partir de narrativas de vida de professores alfabetizadores. Para isso, mobilizamos, a partir dos pressupostos teÃricos que nos abalizam, trÃs concepÃÃes de leitura: 1 - redutoras, aquelas que desconsideram a compreensÃo e/ou a confrontaÃÃo de ideias e de discursos como atividades intrÃnsecas ao ato de ler; 2 - experiÃncia de vida, que, a partir de uma postura introspectiva, o sujeito, via leitura, consegue transformar-se; e 3 - prÃtica social, que permite o entendimento da leitura como atividade que se realiza em esferas sociais especÃficas e, em funÃÃo disso, que aspectos identitÃrios, discursivos, ideolÃgicos e culturais se imbricam na interaÃÃo mediada pela escrita. Metodologicamente, valemo-nos da perspectiva etnossociolÃgica elaborada por Bertaux (2010). Inserida no escopo dos estudos de caso, a etnossociologia entende que à necessÃrio partir dos sujeitos a fim de que, subjetivamente, eles interpretem os fenÃmenos sociais em que se inserem. Com isso, sÃo as narrativas de vida os materiais pelos quais os sujeitos narram suas experiÃncias com um dado objeto e refletem acerca dele. A partir dessa perspectiva metodolÃgica, coletamos, ao longo do mÃs de agosto de 2018, oito narrativas de vida orais, gravadas por meio de aplicativos de gravaÃÃo de voz, à luz da perspectiva clÃnica de coleta, tal como refletida por Maia-Vasconcelos (2005), que entende a necessidade de o pesquisador inclinar-se ante o sujeito, a fim de dar voz a ele e, assim, permitir que o entrevistado reflita sobre o que diz. Para anÃlise, que se valeu tambÃm da perspectiva clÃnica, foram construÃdas trÃs principais categoriais para cada objetivo especÃfico: narrativas que constroem concepÃÃes redutoras de leitura, narrativas que constroem a leitura como experiÃncia de vida e narrativas que constroem a leitura como prÃtica social. A anÃlise permite a intepretaÃÃo de que as experiÃncias narradas influenciam na prÃxis pedagÃgica dos sujeitos, que se utilizam de diferentes concepÃÃes de leitura para alfabetizar os estudantes por que sÃo responsÃveis. Assim, os autoconteitos construÃdos pelas narrativas se circunscrevem Ãs trÃs abordagens de leitura construÃdas como categorias de anÃlise. AlÃm disso, os sujeitos narram que a escolarizaÃÃo do letramento, portanto da leitura, os faz perceber o ato de ler à luz de concepÃÃes que veem a prÃtica leitora a partir de amarras que medem a interpretaÃÃo, considerando aà que o prÃprio sistema privilegia a oralizaÃÃo e a anÃlise superficial dos textos circulantes nas prÃticas sociais.