Guerra e estado em Hegel

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrygo Rocha Macedo
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17249
Resumo: O presente trabalho objetiva compreender, a partir da dinÃmica entre Estados-NaÃÃo apresentada por Hegel (entendida hoje, em conjunto, por relaÃÃes internacionais), como pode ser entendida a guerra na teoria hegeliana de Estado como proposta para resoluÃÃo de impasses relacionados a questÃes que envolvam a soberania das naÃÃes. Em nÃvel mais especÃfico, empreende-se a tentativa de explicar, no mÃtodo dialÃtico de Hegel, como a violÃncia (e suas contingÃncias correlatas) segue acompanhada da efetivaÃÃo da liberdade no mundo, e como esta mesma violÃncia, associada à vontade livre, à utilizada pelos Estados como ferramenta de gerenciamento polÃtico. O texto hegeliano (na Fenomenologia do EspÃrito e, sobretudo, na Filosofia do Direito) demonstra que o Estado aparece como realizador pleno da liberdade humana, uma vez que se torna instrumento mediador de resoluÃÃo de tensÃes entre as vontades individuais, sempre pautado no Ãtico, no que seja melhor para a coletividade. Apesar de o ente estatal ocupar-se de questÃes que dizem respeito à sua conservaÃÃo, ele partilha o mundo com outros Estados, relacionando-se com eles. O presente trabalho, a partir de uma exegese do texto hegeliano, encontra passagens que indicam que a questÃo da guerra nÃo apenas reside somente no agir polÃtico do Estado, mas tambÃm consideram a chave ontolÃgica ao tomar o recorte dos conceitos âliberdadeâ e âvontadeâ para elucidar as causas do conflito. Tal assertiva ser referenda na compreensÃo, dentro do Direito Estatal Externo, do que seja diferenciaÃÃo entre Estados, pressuposto da individualidade jurÃdica e existencial de uma naÃÃo que, ontologicamente necessÃria, tambÃm provocaria inevitavelmente as tensÃes. Outrossim, o presente trabalho aborda a possibilidade de as esferas âMoralidadeâ e âReligiÃoâ, associados ao conceito de âConstituiÃÃoâ, presentes nas descriÃÃes polÃticas e antropolÃgico-metafÃsicas de Hegel e nas quais um senso de comunidade e uniÃo, bem como o discernimento do certo e do errado, independentemente de instituiÃÃes, pode indicar uma resoluÃÃo sobre o impasse da coexistÃncia entre guerra e liberdade.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisGuerra e estado em HegelWar and State according to Hegel2016-06-20Eduardo Ferreira Chagas26077787353 http://lattes.cnpq.br/2479899457642563Marly Carvalho Soares05753732372http://lattes.cnpq.br/7904274005024958Ãtila Amaral Brilhante30211336300http://lattes.cnpq.br/3964055069648793 65866100363http://lattes.cnpq.br/7068081801417252Rodrygo Rocha MacedoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FilosofiaUFCBRHegel Guerra LiberdadeHegel War FreedomFILOSOFIAO presente trabalho objetiva compreender, a partir da dinÃmica entre Estados-NaÃÃo apresentada por Hegel (entendida hoje, em conjunto, por relaÃÃes internacionais), como pode ser entendida a guerra na teoria hegeliana de Estado como proposta para resoluÃÃo de impasses relacionados a questÃes que envolvam a soberania das naÃÃes. Em nÃvel mais especÃfico, empreende-se a tentativa de explicar, no mÃtodo dialÃtico de Hegel, como a violÃncia (e suas contingÃncias correlatas) segue acompanhada da efetivaÃÃo da liberdade no mundo, e como esta mesma violÃncia, associada à vontade livre, à utilizada pelos Estados como ferramenta de gerenciamento polÃtico. O texto hegeliano (na Fenomenologia do EspÃrito e, sobretudo, na Filosofia do Direito) demonstra que o Estado aparece como realizador pleno da liberdade humana, uma vez que se torna instrumento mediador de resoluÃÃo de tensÃes entre as vontades individuais, sempre pautado no Ãtico, no que seja melhor para a coletividade. Apesar de o ente estatal ocupar-se de questÃes que dizem respeito à sua conservaÃÃo, ele partilha o mundo com outros Estados, relacionando-se com eles. O presente trabalho, a partir de uma exegese do texto hegeliano, encontra passagens que indicam que a questÃo da guerra nÃo apenas reside somente no agir polÃtico do Estado, mas tambÃm consideram a chave ontolÃgica ao tomar o recorte dos conceitos âliberdadeâ e âvontadeâ para elucidar as causas do conflito. Tal assertiva ser referenda na compreensÃo, dentro do Direito Estatal Externo, do que seja diferenciaÃÃo entre Estados, pressuposto da individualidade jurÃdica e existencial de uma naÃÃo que, ontologicamente necessÃria, tambÃm provocaria inevitavelmente as tensÃes. Outrossim, o presente trabalho aborda a possibilidade de as esferas âMoralidadeâ e âReligiÃoâ, associados ao conceito de âConstituiÃÃoâ, presentes nas descriÃÃes polÃticas e antropolÃgico-metafÃsicas de Hegel e nas quais um senso de comunidade e uniÃo, bem como o discernimento do certo e do errado, independentemente de instituiÃÃes, pode indicar uma resoluÃÃo sobre o impasse da coexistÃncia entre guerra e liberdade.This work aims to understand, from dynamic between Nation-States introduced by Hegel ideas (which is nowadays understood, en bloc, as âInternational Relationsâ), the role of war within the Hegelian Theory of State as proposal for conflict related to sovereignty issues among States. In a particular level, this handwork attempts to explain, using Hegelâs dialectical method, how violence (and its related contingences) joins the realization of the freedom in the material world, and how this same violence, which belongs together to the free will, is used by States as tool of political management. The dialectical thinking of Hegelian (found in Phenomonology of Spirit and mainly in Philosophy of Right) indicates that State appears to be the major maker of human freedom, since it is the mediator tool of resolution of conflicts between individual wills, always based on ethical values and on what is better for a community. This work, using the exegesis of the Hegelian handworks, finds passages and text parts that point to the issue of war is not just a matter of State policy, but takes into account the ontological key when the definitions âfreedomâ and âwillâ are suggested to clarify the conflict causes. This statement is based on the comprehension, within External State Law, of what is the distinction between States, assumption of the juridical and existential individuality of a nation which would provoke inevitably tensions as well. However, the present work approaches the possibility of statements âMoralityâ, âReligionâ and the concept of âConstitutionâ, which are found in Hegelâs method, by the sense of community and perception of right and wrong, regardless of juridico-political institutions, may indicate the elucidation about the impasse of the coexistence between war and freedom.nÃo hÃhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17249application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:30:36Zmail@mail.com -
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