A coesÃo nominal em livros didÃticos do Ensino MÃdio: uma anÃlise à luz do interacionismo sociodiscursivo

• Autor(a) principal: Francisco Walisson Ferreira DodÃ
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17939
• topic: Livro DidÃtico; Ensino de LÃngua Materna; CoesÃo nominal; Interacionismo Sociodiscursivo; Textbook; Mother Language Teaching; Nominal Cohesion; Interacionism Sociodiscursivo; LINGUISTICA

Este trabalho tem como objetivo principal analisar, à luz do interacionismo sociodiscursivo, corrente teÃrico-metodolÃgica que estuda o desenvolvimento humano a partir do uso da linguagem, as propostas de ensino e aprendizagem da coesÃo nominal em duas coleÃÃes de livros didÃticos de PortuguÃs do Ensino MÃdio adotadas pelo PNLD â 2015 â Programa Nacional do Livro DidÃtico. Para tanto, verificamos se o ensino da coesÃo nominal nos livros didÃticos aborda os elementos coesivos com funÃÃo de introduÃÃo ou de retomada; tambÃm, iremos analisamos se/como as propostas de abordagem de atividades nos livros didÃticos contemplam as classes gramaticais como elementos linguÃsticos que contribuem para a coesÃo nominal. Ou seja, se o ensino e aprendizagem de anÃlise linguÃstica contempla os elementos estruturais, linguÃsticos e discursivos como recursos de coesÃo nominal com o propÃsito de formar leitores e produtores de textos coesos e bem articulados e capazes de interagir competente e adequadamente nas prÃticas sociais, considerando seus papÃis sociais, ou se sua abordagem esvazia-se na nomenclatura gramatical ou conceito-estrutural. Para nossa anÃlise, portanto, tecemos um quadro teÃrico cujas principais contribuiÃÃes vÃm dos autores Bronckart (1999;2006;2012), Machado (2009), GivÃn (1995), Dik (1978), Neves (1997), Ilari (1992), Halliday & Hasan (1976), Beuagrande & Dressler (1981), Charolles (1997), ApothÃloz (2003), Schwarz (2000) e Adam (2011). Com a pesquisa, pudemos constatar que os livros trabalham a diferenÃa entre anÃfora e catÃfora, dando, no entanto, um olhar mais resumitivo a esta. TambÃm, pudemos perceber que, na maioria das questÃes, mesmo que sutilmente, o foco esvazia-se no ensino nomenclatural ou de identificaÃÃo ou internalizaÃÃo de conceitos, isto Ã, quando se afirma estar trabalhando os conteÃdos gramaticais, a fim de construir a coesÃo no texto, percebe-se que as questÃes pouco exploram as possibilidades de construÃÃo de progressÃo textual, limitando as formas de coesÃo a exercÃcios de substituiÃÃo, objetivando que o aluno aprenda as classes gramaticais, evidenciando, assim, uma perspectiva que nÃo và a gramÃtica como instrumento de coesÃo para que se construam textos inteligÃveis e bem construÃdos em prÃticas sociodiscursivas e interacionistas.