Polimorfismo genÃtico da apolipoproteÃna E e avaliaÃÃo sociodemogrÃfica em pacientes com periodontite crÃnica

• Autor(a) principal: Patricia de Barros Teles
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11371
• topic: Chronic periodontitis; polymorphism; Apolipoprotein E2; FARMACOLOGIA

A periodontite crÃnica inflamatÃria (PC) caracteriza-se por um processo inflamatÃrio nos tecidos de suporte dos dentes. à causada inicialmente por bactÃrias, mas sua progressÃo està relacionada à resposta individual do hospedeiro. à uma doenÃa multifatorial e complexa, na qual fatores genÃticos e ambientais interagem, promovendo e modificando a expressÃo clÃnica da doenÃa. Polimorfismos de genes envolvidos no processo inflamatÃrio tÃm sido estudados no intuito de identificar possÃveis marcadores genÃticos e elucidar diferenÃas na expressÃo de citocinas mediadoras da inflamaÃÃo. ApolipoproteÃna E (apoE) à uma proteÃna de importÃncia no metabolismo lipÃdico e està envolvida em processos fisiopatolÃgicos. O objetivo deste estudo foi investigar se hà associaÃÃo do polimorfismo do gene da apoE com a susceptibilidade à PC em indivÃduos que procuraram o serviÃo odontolÃgico da clÃnica de Periodontia da Universidade Federal do Cearà e avaliar achados sociodemogrÃficos relacionados com essa doenÃa. Foram selecionados 109 indivÃduos entre 30 e 70 anos (mÃdia = 44,5  9,64) de ambos os gÃneros e agrupados da seguinte forma: grupo controle n=53 e grupo Periodontite CrÃnica n=56. Foi extraÃdo DNA a partir de um bochecho e esfregaÃo da mucosa oral e o polimorfismo da apoE foi identificado pelo mÃtodo de PCR-RFLP (reaÃÃo de polimerase em cadeia â polimorfismo com restriÃÃo de fragmentos) e submetidos à eletroforese em gel de agarose a 5%. As distribuiÃÃes da frequÃncia alÃlica e dos genÃtipos foram avaliadas pelo teste qui-quadrado (p˂0,05). O risco associado com alelos e genÃtipos foi calculado como odds ratio (OR) com intervalo de confianÃa (IC) de 95%. Para relacionar os achados sociodemogrÃficos com a PC em indivÃduos com alelos especÃficos foi utilizada a anÃlise de regressÃo logÃstica. Os resultados da anÃlise individual do polimorfismo da apoE nÃo evidenciaram associaÃÃo dos alelos e genÃtipos com a susceptibilidade à PC. Observou-se associaÃÃo entre a doenÃa e a renda familiar mensal, de maneira que a chance de adoecer aumenta 3 vezes quando a renda diminui de mais que 3 salÃrios-mÃnimos para a renda de 1 a 3 salÃrios-mÃnimos. Ainda, hà um aumento significativo na chance de desenvolver a doenÃa em 5,1% a cada ano de vida. IndivÃduos que reportaram hipertensÃo arterial tiveram uma chance quase 2,5 vezes maior de ter a PC do que o grupo controle apesar de nÃo ter dado significado estatÃstico. Da mesma forma, foi encontrada maior chance de desenvolver a doenÃa em indivÃduos com baixo nÃvel de escolaridade (OR=3,7). O polimorfismo da apoE nÃo està associado à PC na populaÃÃo estudada.