Sexualidade de mulheres com deficiÃncia adquirida: enfermagem na promoÃÃo da saÃde e empoderamento

• Autor(a) principal: Rosilene Santos Baptista
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6292
• topic: pessoas com deficiÃncia; Nursing; sexuality; health promotion; disabled persons; ENFERMAGEM

A sexualidade à definida como um aspecto central do ser humano presente ao longo da existÃncia dos indivÃduos. Vivenciar a sexualidade em sua plenitude à um direito de todos, entretanto, percebem-se as distinÃÃes impostas pela sociedade Ãs mulheres com deficiÃncia. Numa sociedade na qual se valoriza o belo, o perfeito, destoar deste estereÃtipo pode levar à estigmatizaÃÃo. Desta forma, na perspectiva de valorizar aÃÃes com vistas a promover a sexualidade destas pessoas, decidiu-se elaborar esta pesquisa. Teve-se como objetivo geral intermediar o empoderamento de mulheres com deficiÃncia adquirida para que vivenciem a sexualidade de forma saudÃvel. Trata-se de um estudo de intervenÃÃo com abordagem qualitativa, realizado nos meses de junho a outubro de 2010. Os sujeitos foram seis mulheres com deficiÃncia adquirida, integrantes da AssociaÃÃo dos Deficientes do Compartimento da Borborema (ASDECB) em Campina Grande-PB. No desenvolvimento da pesquisa considerou-se a ResoluÃÃo 196/96 inerente à pesquisa envolvendo seres humanos. Como instrumentos para coleta de dados, utilizou-se um roteiro de entrevista, gravaÃÃes em MP3, observaÃÃes e registro no diÃrio de campo. Como mÃtodo e tÃcnica de investigaÃÃo, o grupo focal. Promoveram-se dez sessÃes de grupos focais, e os dados foram analisados e categorizados à luz da anÃlise de temÃtica, tendo como referencial teÃrico a promoÃÃo da saÃde na perspectiva do empoderamento. Emergiram da anÃlise dos dados trÃs categorias: ConcepÃÃes, PromoÃÃo da Sexualidade e Empoderamento, e suas respectivas subcategorias. Como resultados, as mulheres mostraram-se desempoderadas quanto ao exercÃcio das suas sexualidades; a famÃlia desfavoreceu, em sua maioria, a construÃÃo de uma sexualidade saudÃvel, no grupo estudado; os profissionais de saÃde revelaram-se despreparados ao lidar com aspectos da sexualidade; os desafios mais citados pelas mulheres foram vencer o preconceito e o medo de ser abusada sexualmente. Conforme se conclui, embora o empoderamento seja algo processual e inesgotÃvel, pode ser construÃdo mediante aÃÃes de promoÃÃo de saÃde que despertem nos sujeitos um senso crÃtico e reflexivo, viabilizando, portanto, a construÃÃo de uma sexualidade saudÃvel e empoderada.