A Face Pobre da AIDS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roberto Kennedy Gomes Franco
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6040
Resumo: Em nossa investigaÃÃo, analisamos a proliferaÃÃo do vÃrus da imunodeficiÃncia humana â VIH sob a perspectiva do materialismo histÃrico-dialÃtico. A centralidade do texto à denunciar de forma engajada as contradiÃÃes do capitalismo contemporÃneo por intermÃdio da face pobre da AIDS/SIDA. O fio condutor de anÃlise se processa metodologicamente pela articulaÃÃo de fontes diversas (orais e escritas). Historicamente, o inicio da epidemia de AIDS no Brasil ocorreu ao longo da dÃcada de 1980, afetando inicialmente as classes sociais de maior escolaridade. Hoje, na terceira dÃcada de pandemia, os dados pesquisados claramente denunciam que o vÃrus dissemina-se de maneira crescente nas classes sociais de menor escolaridade, ou seja, a AIDS afeta especificamente a classe pobre. No contexto de mercantilizaÃÃo da saÃde, as estimativas indicam que, hegemonicamente, mais de 90% dos casos da pandemia de AIDS se concentram em alguns paÃses de economias perifÃricas da Ãfrica e AmÃrica Latina. Na realidade histÃrico-educativa brasileira, os dados apontam que cerca de 50% da populaÃÃo sorologicamente positiva para o HIV à pobre e com baixÃssimo nÃvel de escolaridade. O adoecimento, nesse sentido, reproduz as contradiÃÃes de classe da sociabilidade do Capital. Atrelado a este processo, analisa-se tambÃm o advento de um engajamento polÃtico caracterizado como ativismo de luta contra a AIDS, particularmente, o Movimento Social denominado de Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS (RNP+Brasil). Organizado na dÃcada de 1990, o associativismo deflagrado por este novo movimento social diz respeito ao processo histÃrico de tomada de consciÃncia polÃtica e de mobilizaÃÃo por melhores condiÃÃes de saÃde para vidas em experiÃncias corporais de adoecimento. à preciso salientar, entretanto, o limite dessa aÃÃo polÃtica reformista de luta por cidadania e direitos humanos e nÃo de ruptura anticapitalista com o Estado DemocrÃtico de Direito BurguÃs.
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