Juventudes, cultura de paz e escola: transformando possibilidades em realidade
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8506 |
Resumo: | A presente investigaÃÃo foi realizada de junho de 2010 a junho de 2011, na Escola Maria Melo em Teresina-PiauÃ, com o objetivo de contribuir na construÃÃo de uma Cultura de Paz neste ambiente escolar. O estudo, na modalidade pesquisa-intervenÃÃo, envolveu 71 alunos de 6 ao 9 do ensino fundamental, a equipe gestora, funcionÃrios e professores. Em conformidade com este tipo de pesquisa, construà o campo de anÃlise, formado pelo conjunto dos aportes teÃricos que tratam sobre: processo de institucionalizaÃÃo; pesquisa-intervenÃÃo; juventude e Cultura de Paz. Como campo de intervenÃÃo, escolhi uma escola pÃblica, onde houvesse demanda e a adesÃo voluntÃria da comunidade escolar. Os dispositivos de anÃlise ou estratÃgias de aÃÃo foram variados: grupos focais, encontros, oficinas temÃticas e questionÃrios. Os resultados mostram que os jovens sÃo vistos pela maioria dos professores como desinteressados pelos estudos, indisciplinados e em algumas situaÃÃes violentos. A culpa pela existÃncia desses problemas à atribuÃda à famÃlia que, segundo eles, nÃo educa nem impÃe limites. Em contraste, os jovens se percebem positivamente, reconhecem as dificuldades e os obstÃculos que enfrentam no dia a dia, demonstram valorizar os estudos e se vÃem como pessoas capazes de contribuir para melhorar o contexto onde vivem. Ao mesmo tempo em que vivem a ambiguidade e a imprecisÃo em relaÃÃo ao que sÃo, consideram a juventude um momento âmaravilhosoâ, âpassageiroâ, onde os erros sÃo âpermitidosâ. Quanto à paz, percebi, por parte dos membros da comunidade escolar, a predominÃncia da concepÃÃo negativa, na qual a paz à associada à quietude e harmonia, a nÃo existÃncia de conflitos e como atributo individual. Em decorrÃncia disso, hà uma dificuldade para pensar a paz como realidade intersubjetiva e como processo que se realiza coletivamente. Verifiquei, tambÃm, que a proposta pedagÃgica da Escola tem como foco a transmissÃo dos conteÃdos, nÃo havendo tempo e espaÃo para a abordagem de aspectos essenciais e constitutivos da vida humana. A partir disso, à possÃvel inferir que a compreensÃo de paz, violÃncia, juventude, escola e cultura de paz, explicitada pelos participantes da pesquisa, mostra que estas instituiÃÃes apresentam tipificaÃÃes de aÃÃes com carÃter controlador de condutas, atitudes e discursos, fato que pode explicar a resistÃncia apresentada por alguns membros da comunidade escolar para mudar suas prÃticas cotidianas, mesmo apÃs um processo de reflexÃo. à importante ressaltar, porÃm, que a realizaÃÃo da pesquisa-intervenÃÃo representou um avanÃo nesse sentido, particularmente no que se refere à revisÃo da noÃÃo de paz, que apÃs os debates e problematizaÃÃes, mostrou-se mais prÃxima da acepÃÃo positiva, o que pode sinalizar o passo inicial na construÃÃo de uma Cultura de Paz nesta Escola. |
id |
UFC_860c9c6ae75109bbd146bf46f8b7396a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.teses.ufc.br:5440 |
network_acronym_str |
UFC |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
spelling |
info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisJuventudes, cultura de paz e escola: transformando possibilidades em realidadeYouth, culture of peace education: transforming possibilities into reality2012-05-03Kelma Socorro Lopes de Matos24511269300http://lattes.cnpq.br/5611970215094383Grace Troccoli Vitorino26734869334Maria do Carmo Alves do Bomfim01452827320JoÃo Batista de Albuquerque Figueiredo12416444387http://lattes.cnpq.br/5738654153004098Ãngela Maria Bessa Linhares13659154334http://lattes.cnpq.br/8381361724149467 07757441315http://lattes.cnpq.br/0879495550515135Rosa Maria de Almeida MacedoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em EducaÃÃoUFCBRJuventudes Cultura de Paz EscolaYouth Culture of Peace SchoolEDUCACAOA presente investigaÃÃo foi realizada de junho de 2010 a junho de 2011, na Escola Maria Melo em Teresina-PiauÃ, com o objetivo de contribuir na construÃÃo de uma Cultura de Paz neste ambiente escolar. O estudo, na modalidade pesquisa-intervenÃÃo, envolveu 71 alunos de 6 ao 9 do ensino fundamental, a equipe gestora, funcionÃrios e professores. Em conformidade com este tipo de pesquisa, construà o campo de anÃlise, formado pelo conjunto dos aportes teÃricos que tratam sobre: processo de institucionalizaÃÃo; pesquisa-intervenÃÃo; juventude e Cultura de Paz. Como campo de intervenÃÃo, escolhi uma escola pÃblica, onde houvesse demanda e a adesÃo voluntÃria da comunidade escolar. Os dispositivos de anÃlise ou estratÃgias de aÃÃo foram variados: grupos focais, encontros, oficinas temÃticas e questionÃrios. Os resultados mostram que os jovens sÃo vistos pela maioria dos professores como desinteressados pelos estudos, indisciplinados e em algumas situaÃÃes violentos. A culpa pela existÃncia desses problemas à atribuÃda à famÃlia que, segundo eles, nÃo educa nem impÃe limites. Em contraste, os jovens se percebem positivamente, reconhecem as dificuldades e os obstÃculos que enfrentam no dia a dia, demonstram valorizar os estudos e se vÃem como pessoas capazes de contribuir para melhorar o contexto onde vivem. Ao mesmo tempo em que vivem a ambiguidade e a imprecisÃo em relaÃÃo ao que sÃo, consideram a juventude um momento âmaravilhosoâ, âpassageiroâ, onde os erros sÃo âpermitidosâ. Quanto à paz, percebi, por parte dos membros da comunidade escolar, a predominÃncia da concepÃÃo negativa, na qual a paz à associada à quietude e harmonia, a nÃo existÃncia de conflitos e como atributo individual. Em decorrÃncia disso, hà uma dificuldade para pensar a paz como realidade intersubjetiva e como processo que se realiza coletivamente. Verifiquei, tambÃm, que a proposta pedagÃgica da Escola tem como foco a transmissÃo dos conteÃdos, nÃo havendo tempo e espaÃo para a abordagem de aspectos essenciais e constitutivos da vida humana. A partir disso, à possÃvel inferir que a compreensÃo de paz, violÃncia, juventude, escola e cultura de paz, explicitada pelos participantes da pesquisa, mostra que estas instituiÃÃes apresentam tipificaÃÃes de aÃÃes com carÃter controlador de condutas, atitudes e discursos, fato que pode explicar a resistÃncia apresentada por alguns membros da comunidade escolar para mudar suas prÃticas cotidianas, mesmo apÃs um processo de reflexÃo. à importante ressaltar, porÃm, que a realizaÃÃo da pesquisa-intervenÃÃo representou um avanÃo nesse sentido, particularmente no que se refere à revisÃo da noÃÃo de paz, que apÃs os debates e problematizaÃÃes, mostrou-se mais prÃxima da acepÃÃo positiva, o que pode sinalizar o passo inicial na construÃÃo de uma Cultura de Paz nesta Escola.This research was conducted between June 2010 and June 2011, in the School Maria Melo, Teresina-PiauÃ, in order to contribute to building a Culture of Peace in the school environment. The study, in the form research-intervention, involved 71 students from 6th to 9th of elementary school, the management team, staff and teachers. In accord to this type of research, was built the field of analysis, formed by all the theoretical contributions that deal with: the process of institutionalization, research-intervention, youth and Culture of Peace. As a field of intervention, chose a public school, where there was the demand and voluntary compliance of the community school. The devices of analysis or action strategies were varied: focus groups, meetings, thematic workshops and questionnaires. The results show that young people are seen by most teachers as being uninterested in studies, undisciplined, and in some cases violent. The blame for the existence of these problems is attributed to the family, they say, does not educate or impose limits. In contrast, young people are perceived positively, recognize the difficulties and obstacles they face in everyday life, show value for studies and see themselves as people who can contribute to improving the environment where they live. While living the ambiguity and vagueness in relation to what they are, considered youth a moment "wonderful", "passenger" where the errors are "allowed". Relative to peace, I realized, by part of members of the school community, the predominance of negative conception, in which peace is associated with tranquility and harmony, the absence of conflicts and as individual attribute. As a result, it is difficult to think of peace as intersubjective reality and as a process that takes place collectively. I checked also the pedagogical School proposes and could note its focus is on the transmission of content, with no time and space for approach of essential and constitute aspects of human life. From this we can infer that the understanding of peace, violence, youth, school and culture of peace, explained by the research shows that these institutions have typifications of actions with a controller character of behaviors, attitudes and discourse, which may explain the resistance of some members of the school community to change their daily practices, even after a process of reflection. Importantly, however, that the research-intervention represented a breakthrough in this direction, particularly as regards the revision of the concept of peace, that after the debates and concerns, was closest to the positive sense, which can signal the first step in building a Culture of Peace in this school. Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8506application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:21:32Zmail@mail.com - |
dc.title.pt.fl_str_mv |
Juventudes, cultura de paz e escola: transformando possibilidades em realidade |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Youth, culture of peace education: transforming possibilities into reality |
title |
Juventudes, cultura de paz e escola: transformando possibilidades em realidade |
spellingShingle |
Juventudes, cultura de paz e escola: transformando possibilidades em realidade Rosa Maria de Almeida Macedo Juventudes Cultura de Paz Escola Youth Culture of Peace School EDUCACAO |
title_short |
Juventudes, cultura de paz e escola: transformando possibilidades em realidade |
title_full |
Juventudes, cultura de paz e escola: transformando possibilidades em realidade |
title_fullStr |
Juventudes, cultura de paz e escola: transformando possibilidades em realidade |
title_full_unstemmed |
Juventudes, cultura de paz e escola: transformando possibilidades em realidade |
title_sort |
Juventudes, cultura de paz e escola: transformando possibilidades em realidade |
author |
Rosa Maria de Almeida Macedo |
author_facet |
Rosa Maria de Almeida Macedo |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Kelma Socorro Lopes de Matos |
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv |
24511269300 |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5611970215094383 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Grace Troccoli Vitorino |
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv |
26734869334 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Maria do Carmo Alves do Bomfim |
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv |
01452827320 |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
JoÃo Batista de Albuquerque Figueiredo |
dc.contributor.referee3ID.fl_str_mv |
12416444387 |
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5738654153004098 |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Ãngela Maria Bessa Linhares |
dc.contributor.referee4ID.fl_str_mv |
13659154334 |
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8381361724149467 |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
07757441315 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0879495550515135 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rosa Maria de Almeida Macedo |
contributor_str_mv |
Kelma Socorro Lopes de Matos Grace Troccoli Vitorino Maria do Carmo Alves do Bomfim JoÃo Batista de Albuquerque Figueiredo Ãngela Maria Bessa Linhares |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Juventudes Cultura de Paz Escola |
topic |
Juventudes Cultura de Paz Escola Youth Culture of Peace School EDUCACAO |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Youth Culture of Peace School |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
EDUCACAO |
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv |
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico |
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv |
A presente investigaÃÃo foi realizada de junho de 2010 a junho de 2011, na Escola Maria Melo em Teresina-PiauÃ, com o objetivo de contribuir na construÃÃo de uma Cultura de Paz neste ambiente escolar. O estudo, na modalidade pesquisa-intervenÃÃo, envolveu 71 alunos de 6 ao 9 do ensino fundamental, a equipe gestora, funcionÃrios e professores. Em conformidade com este tipo de pesquisa, construà o campo de anÃlise, formado pelo conjunto dos aportes teÃricos que tratam sobre: processo de institucionalizaÃÃo; pesquisa-intervenÃÃo; juventude e Cultura de Paz. Como campo de intervenÃÃo, escolhi uma escola pÃblica, onde houvesse demanda e a adesÃo voluntÃria da comunidade escolar. Os dispositivos de anÃlise ou estratÃgias de aÃÃo foram variados: grupos focais, encontros, oficinas temÃticas e questionÃrios. Os resultados mostram que os jovens sÃo vistos pela maioria dos professores como desinteressados pelos estudos, indisciplinados e em algumas situaÃÃes violentos. A culpa pela existÃncia desses problemas à atribuÃda à famÃlia que, segundo eles, nÃo educa nem impÃe limites. Em contraste, os jovens se percebem positivamente, reconhecem as dificuldades e os obstÃculos que enfrentam no dia a dia, demonstram valorizar os estudos e se vÃem como pessoas capazes de contribuir para melhorar o contexto onde vivem. Ao mesmo tempo em que vivem a ambiguidade e a imprecisÃo em relaÃÃo ao que sÃo, consideram a juventude um momento âmaravilhosoâ, âpassageiroâ, onde os erros sÃo âpermitidosâ. Quanto à paz, percebi, por parte dos membros da comunidade escolar, a predominÃncia da concepÃÃo negativa, na qual a paz à associada à quietude e harmonia, a nÃo existÃncia de conflitos e como atributo individual. Em decorrÃncia disso, hà uma dificuldade para pensar a paz como realidade intersubjetiva e como processo que se realiza coletivamente. Verifiquei, tambÃm, que a proposta pedagÃgica da Escola tem como foco a transmissÃo dos conteÃdos, nÃo havendo tempo e espaÃo para a abordagem de aspectos essenciais e constitutivos da vida humana. A partir disso, à possÃvel inferir que a compreensÃo de paz, violÃncia, juventude, escola e cultura de paz, explicitada pelos participantes da pesquisa, mostra que estas instituiÃÃes apresentam tipificaÃÃes de aÃÃes com carÃter controlador de condutas, atitudes e discursos, fato que pode explicar a resistÃncia apresentada por alguns membros da comunidade escolar para mudar suas prÃticas cotidianas, mesmo apÃs um processo de reflexÃo. à importante ressaltar, porÃm, que a realizaÃÃo da pesquisa-intervenÃÃo representou um avanÃo nesse sentido, particularmente no que se refere à revisÃo da noÃÃo de paz, que apÃs os debates e problematizaÃÃes, mostrou-se mais prÃxima da acepÃÃo positiva, o que pode sinalizar o passo inicial na construÃÃo de uma Cultura de Paz nesta Escola. |
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv |
This research was conducted between June 2010 and June 2011, in the School Maria Melo, Teresina-PiauÃ, in order to contribute to building a Culture of Peace in the school environment. The study, in the form research-intervention, involved 71 students from 6th to 9th of elementary school, the management team, staff and teachers. In accord to this type of research, was built the field of analysis, formed by all the theoretical contributions that deal with: the process of institutionalization, research-intervention, youth and Culture of Peace. As a field of intervention, chose a public school, where there was the demand and voluntary compliance of the community school. The devices of analysis or action strategies were varied: focus groups, meetings, thematic workshops and questionnaires. The results show that young people are seen by most teachers as being uninterested in studies, undisciplined, and in some cases violent. The blame for the existence of these problems is attributed to the family, they say, does not educate or impose limits. In contrast, young people are perceived positively, recognize the difficulties and obstacles they face in everyday life, show value for studies and see themselves as people who can contribute to improving the environment where they live. While living the ambiguity and vagueness in relation to what they are, considered youth a moment "wonderful", "passenger" where the errors are "allowed". Relative to peace, I realized, by part of members of the school community, the predominance of negative conception, in which peace is associated with tranquility and harmony, the absence of conflicts and as individual attribute. As a result, it is difficult to think of peace as intersubjective reality and as a process that takes place collectively. I checked also the pedagogical School proposes and could note its focus is on the transmission of content, with no time and space for approach of essential and constitute aspects of human life. From this we can infer that the understanding of peace, violence, youth, school and culture of peace, explained by the research shows that these institutions have typifications of actions with a controller character of behaviors, attitudes and discourse, which may explain the resistance of some members of the school community to change their daily practices, even after a process of reflection. Importantly, however, that the research-intervention represented a breakthrough in this direction, particularly as regards the revision of the concept of peace, that after the debates and concerns, was closest to the positive sense, which can signal the first step in building a Culture of Peace in this school. |
description |
A presente investigaÃÃo foi realizada de junho de 2010 a junho de 2011, na Escola Maria Melo em Teresina-PiauÃ, com o objetivo de contribuir na construÃÃo de uma Cultura de Paz neste ambiente escolar. O estudo, na modalidade pesquisa-intervenÃÃo, envolveu 71 alunos de 6 ao 9 do ensino fundamental, a equipe gestora, funcionÃrios e professores. Em conformidade com este tipo de pesquisa, construà o campo de anÃlise, formado pelo conjunto dos aportes teÃricos que tratam sobre: processo de institucionalizaÃÃo; pesquisa-intervenÃÃo; juventude e Cultura de Paz. Como campo de intervenÃÃo, escolhi uma escola pÃblica, onde houvesse demanda e a adesÃo voluntÃria da comunidade escolar. Os dispositivos de anÃlise ou estratÃgias de aÃÃo foram variados: grupos focais, encontros, oficinas temÃticas e questionÃrios. Os resultados mostram que os jovens sÃo vistos pela maioria dos professores como desinteressados pelos estudos, indisciplinados e em algumas situaÃÃes violentos. A culpa pela existÃncia desses problemas à atribuÃda à famÃlia que, segundo eles, nÃo educa nem impÃe limites. Em contraste, os jovens se percebem positivamente, reconhecem as dificuldades e os obstÃculos que enfrentam no dia a dia, demonstram valorizar os estudos e se vÃem como pessoas capazes de contribuir para melhorar o contexto onde vivem. Ao mesmo tempo em que vivem a ambiguidade e a imprecisÃo em relaÃÃo ao que sÃo, consideram a juventude um momento âmaravilhosoâ, âpassageiroâ, onde os erros sÃo âpermitidosâ. Quanto à paz, percebi, por parte dos membros da comunidade escolar, a predominÃncia da concepÃÃo negativa, na qual a paz à associada à quietude e harmonia, a nÃo existÃncia de conflitos e como atributo individual. Em decorrÃncia disso, hà uma dificuldade para pensar a paz como realidade intersubjetiva e como processo que se realiza coletivamente. Verifiquei, tambÃm, que a proposta pedagÃgica da Escola tem como foco a transmissÃo dos conteÃdos, nÃo havendo tempo e espaÃo para a abordagem de aspectos essenciais e constitutivos da vida humana. A partir disso, à possÃvel inferir que a compreensÃo de paz, violÃncia, juventude, escola e cultura de paz, explicitada pelos participantes da pesquisa, mostra que estas instituiÃÃes apresentam tipificaÃÃes de aÃÃes com carÃter controlador de condutas, atitudes e discursos, fato que pode explicar a resistÃncia apresentada por alguns membros da comunidade escolar para mudar suas prÃticas cotidianas, mesmo apÃs um processo de reflexÃo. à importante ressaltar, porÃm, que a realizaÃÃo da pesquisa-intervenÃÃo representou um avanÃo nesse sentido, particularmente no que se refere à revisÃo da noÃÃo de paz, que apÃs os debates e problematizaÃÃes, mostrou-se mais prÃxima da acepÃÃo positiva, o que pode sinalizar o passo inicial na construÃÃo de uma Cultura de Paz nesta Escola. |
publishDate |
2012 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2012-05-03 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
format |
doctoralThesis |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8506 |
url |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8506 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de PÃs-GraduaÃÃo em EducaÃÃo |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFC |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
BR |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC instname:Universidade Federal do Ceará instacron:UFC |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
instname_str |
Universidade Federal do Ceará |
instacron_str |
UFC |
institution |
UFC |
repository.name.fl_str_mv |
-
|
repository.mail.fl_str_mv |
mail@mail.com |
_version_ |
1643295164938059776 |