Residualidade medieval em AluÃsio Azevedo: um estudo do medo e da culpa no romance O Homem.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Isabel GuimarÃes Rodrigues
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5133
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo analisar a residualidade medieval no romance naturalista O Homem, de AluÃsio Azevedo. Ao realizarmos a leitura do romance, percebemos aspectos ao longo da narrativa que nos remetem à mentalidade medieval, principalmente no que diz respeito à religiosidade, ao medo e sentimento de culpa ligado à construÃÃo da idÃia de pecado. A Idade MÃdia teve sua cultura e suas leis profundamente baseadas na religiosidade difundida pelos dogmas judaico-cristÃos da Igreja CatÃlica, a qual detinha o poder de conduzir o cotidiano da sociedade atravÃs dos sacramentos e rotinas religiosas, bem como tinha total liberdade para julgar e condenar as pessoas consideradas pecaminosas e hereges. Para tanto, fez uso de mecanismos de poder para manipular o pensamento e as atitudes dos indivÃduos. Em O Homem, percebe-se a presenÃa desses mecanismos da mentalidade medieval, o que torna pertinente a constÃncia residual desses mecanismos na mentalidade do Ocidente. E para realizar essa ponte entre Idade MÃdia e a obra faremos uso da Teoria da Residualidade, de Roberto Pontes, teoria que estuda os resquÃcios de uma mentalidade em outra mentalidade, seja no Ãmbito cultural ou literÃrio. Pretendemos desenvolver a teoria à luz da HistÃria das Mentalidades, uma das diretrizes norteadoras da teoria, bem como elucidar acerca dos conceitos de resÃduo, cristalizaÃÃo e hibridaÃÃo cultural. AlÃm disso, abordaremos aspectos da vida medieval, focando no papel da Igreja CatÃlica em meio à sociedade, para enfim analisarmos o romance, cujos pontos serÃo desenvolvidos em torno da idÃia de pecado original, demonologia e vampirismo.
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