Estudo da sensaÃÃo tÃrmica e definiÃÃo de limites de conforto para espaÃos abertos na cidade de Fortaleza, CE

• Autor(a) principal: Kety Vasconcelos Petalas
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=13754
• topic: Conforto ambiental; Bioclimatologia; Planejamento urbano; Thermal comfort indices. Environmental comfort. Biometeorology. urban planning; ENGENHARIA CIVIL

As reaÃÃes termofisiolÃgicas humanas Ãs condiÃÃes climÃticas sÃo comumente avaliadas a partir da aplicaÃÃo de Ãndices de conforto tÃrmico. Os resultados sÃo interpretados por meio de escalas de apreciaÃÃo definidas em funÃÃo do relacionamento entre o valor calculado e a sensaÃÃo tÃrmica relatada por pessoas adaptadas ao clima temperado. Entretanto, diversos estudos tÃm identificado um distanciamento entre estas respostas e apontado para a necessidade de ajustes. Fortaleza à uma cidade litorÃnea de clima tropical quente e Ãmido, naturalmente estressante devido ao calor. Por um lado, tem apresentando significativas alteraÃÃes climÃticas e, por outro, poucos estudos avaliam o impacto dessas alteraÃÃes na sensaÃÃo tÃrmica da populaÃÃo. Dessa forma, este estudo visa verificar a aplicabilidade de alguns Ãndices tÃrmicos e definir novos limites de conforto que possam ser aplicados em anÃlises bioclimÃticas de espaÃos abertos pÃblicos da cidade. Inicialmente, com o objetivo de identificar a percepÃÃo e preferÃncia tÃrmicas da populaÃÃo e coletar as informaÃÃes necessÃrias ao cÃlculo dos Ãndices, foram aplicados questionÃrios e realizadas mediÃÃes em campo em dias representativos das quatro estaÃÃes do ano, entre 2011 e 2012, das 09:00 Ãs 16:00h. A amostragem foi feita por conveniÃncia e considerou a populaÃÃo adulta, saudÃvel e aclimatada Ãs condiÃÃes climÃticas locais. Os Ãndices tÃrmicos foram calculados individualmente e todas as informaÃÃes foram tratadas estatisticamente a partir do teste chiquadrado, da anÃlise de variÃncia e da anÃlise de regressÃo probit. Os resultados mostram limites de conforto mais elevados e uma reduÃÃo na amplitude das faixas, identificando uma maior tolerÃncia ao calor em funÃÃo da abordagem adaptativa. TambÃm revelam a percepÃÃo do clima como levemente aquecido a quente, a preferÃncia da populaÃÃo por um ambiente tÃrmico mais fresco e indicam a necessidade de se preservar o sombreamento e a ventilaÃÃo proporcionados, respectivamente, pela arborizaÃÃo e pelas brisas marÃtimas e vento regional. Analisando o perÃodo de 1980 a 2010, observa-se que apesar da maioria dos dados situaremse entre os novos limites de conforto, hà indÃcios de uma sensaÃÃo tÃrmica mais aquecida. A definiÃÃo de novas faixas de conforto fornece subsÃdios aos planejadores urbanos no processo de tomada de decisÃo, permitindo uma avaliaÃÃo mais adequada dos espaÃos abertos, a comparaÃÃo de diferentes soluÃÃes e intervenÃÃes urbanas mais coerentes com o clima local.