Mamona e pinhÃo-manso apresentam mecanismos contrastantes na eficiÃncia fotossintÃtica em condiÃÃes de estresses abiÃticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Milton Costa Lima Neto
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=9494
Resumo: Plantas de pinhÃo-manso (Jatropha curcas) e de mamona (Ricinus communis) tÃm sido exploradas agronomicamente para fins de produÃÃo de biocombustÃveis, principalmente em regiÃes secas e quentes do semiÃrido do nordeste brasileiro. Estas espÃcies sÃo nativas de regiÃes tropicais e evoluÃram em resposta Ãs condiÃÃes abiÃticas adversas como alta temperatura e luz, seca e salinidade. Neste trabalho, partimos da principal hipÃtese de que plantas jovens de Jatropha curcas e de Ricinus communis possuem respostas anÃlogas de aclimataÃÃo da fotossÃntese e nos mecanismos de fotoproteÃÃo em resposta Ãs condiÃÃes de estresses abiÃticos. Para isso, os principais objetivos deste trabalho foram conhecer, analisar, descrever e discutir as principais respostas da fotossÃntese e os principais mecanismos de fotoproteÃÃo, como a dissipaÃÃo de excesso de energia na forma de calor, fotorrespiraÃÃo, drenos alternativos de elÃtrons e o metabolismo antioxidativo em plantas jovens de pinhÃomanso e mamona submetidas à condiÃÃes de estresses abiÃticos. Este trabalho foi divido em quatro capÃtulos. O capitulo I trata de uma revisÃo de literatura e estado da arte dos principais tÃpicos abordados ao longo do estudo. O capÃtulo II, na forma de artigo, teve como objetivo principal conhecer e discutir as principais respostas das trocas gasosas e fotoquÃmica dessas duas espÃcies em resposta a variaÃÃes nas condiÃÃes ambientais como o aumento de luz, concentraÃÃo interna de CO2, dÃficit de pressÃo de vapor (DPV), temperatura foliar e ao longo de um dia tÃpico em condiÃÃes de uma regiÃo semiÃrida. Foi claramente demonstrado nesse estudo que plantas de R. communis, quando bem hidratadas, possuem uma maior eficiÃncia fotossintÃtica, dada principalmente pela sua alta taxa de transpiraÃÃo e condutÃncia estomÃtica em comparaÃÃo a plantas jovens de J. curcas. No entanto, em condiÃÃo de seca, seja por suspenÃÃo de rega ou alto dÃficit de pressÃo de vapor, plantas jovens de J. curcas se mostraram mais eficientes na assimilaÃÃo de CO2 quando comparadas com R. communis. Os dados demonstraram ainda que as duas espÃcies estudadas possuem diferentes respostas aclimatativas da fotossÃntese sob condiÃÃes estressantes ou Ãtimas durante a fase inicial de crescimento. O capÃtulo III teve como objetivo demonstrar as diferenÃas nas principais respostas aclimatativas dessas duas espÃcies em condiÃÃo de seca e sua relaÃÃo com a tolerÃncia a esse estresse entre as duas espÃcies estudadas. Foi demonstrado que ambas as espÃcies apresentaram limitaÃÃes estomÃticas e metabÃlicas da fotossÃntese em condiÃÃo de seca, e que essas duas espÃcies apresentam diferentes respostas em termos de dissipaÃÃo de excesso de energia e drenos alternativos de elÃtrons para aliviar a produÃÃo de espÃcies reativas do oxigÃnio no cloroplasto, prevenindo a foto-oxidaÃÃo. As plantas de mamona sÃo mais sensÃveis à seca do que plantas jovens de pinhÃo manso. AlÃm disso, o quenching nÃo fotoquÃmico (NPQ) à um importante mecanismo para a tolerÃncia à seca de J. curcas enquanto que R. communis por nÃo possuir um NPQ tÃo eficiente necessita investir em outros drenos alternativos de elÃtrons para dissipar o excesso de energia. No quarto e Ãltimo capÃtulo, foram avaliadas as respostas aclimatativas da fotossÃntese de plantas jovens de pinhÃo manso e de mamona submetidas ao estresse salino. O tratamento salino imposto aumentou o dano de membrana apenas em folhas de pinhÃo-manso. O conteÃdo de osmÃlitos orgÃnicos compatÃveis aumentou em ambas as espÃcies expostas à salinidade. Plantas de mamona apresentaram, principalmente, restriÃÃes estomÃticas da fotossÃntese, devido à reduÃÃo na pressÃo parcial interna de CO2 (Ci) e por nÃo apresentar reduÃÃo na atividade de Rubisco. No entanto, plantas de pinhÃo-manso expostas à salinidade apresentaram restriÃÃes estomÃticas e metabÃlicas na fotossÃntese, demonstrado pelo aumento do Ci e restriÃÃo na atividade de Rubisco. Plantas de mamona expostas à salinidade apresentaram maior assimilaÃÃo de nitrato e maior fotorrespiraÃÃo, comparada com plantas de pinhÃo-manso sob condiÃÃo de estresse salino. No entanto, o pinhÃo-manso apresentou maior dissipaÃÃo e excesso de energia na forma de calor (NPQ). Como conclusÃo, nossos dados sugerem que as duas espÃcies estudadas empregam diferentes mecanismos para dissipar o excesso de energia na cadeia transportadora de elÃtrons (CTE) do cloroplasto, prevenindo a fotoinibiÃÃo e danos foto-oxidativos.
id UFC_939ff75ed68a157e68bd2f73c22298ed
oai_identifier_str oai:www.teses.ufc.br:6541
network_acronym_str UFC
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisMamona e pinhÃo-manso apresentam mecanismos contrastantes na eficiÃncia fotossintÃtica em condiÃÃes de estresses abiÃticosCastor and jatropha contrasting mechanisms present in photosynthetic efficiency under conditions of abiotic stress2012-12-17Joaquim AlbenÃsio Gomes da Silveira03258009287http://lattes.cnpq.br/6073841207993010EnÃas Gomes Filho04690478368http://lattes.cnpq.br/3716378739140249SÃrgio Luiz Ferreira da Silva70981027334http://lattes.cnpq.br/0173411400092352Josemir Moura Maia78686547320http://lattes.cnpq.br/5385801263390593Ricardo Ferraz de Oliveira06760824830http://lattes.cnpq.br/168729048094386102243594447http://lattes.cnpq.br/9490725972865670Milton Costa Lima NetoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em BioquÃmicaUFCBRfotoproteÃÃo fotoquÃmica Jatropha curcas Ricinus communis salinidade seca trocas gasosasdrought gas exchange Jatropha curcas photochemistry photoprotection Ricinus communis salinityBIOQUIMICAPlantas de pinhÃo-manso (Jatropha curcas) e de mamona (Ricinus communis) tÃm sido exploradas agronomicamente para fins de produÃÃo de biocombustÃveis, principalmente em regiÃes secas e quentes do semiÃrido do nordeste brasileiro. Estas espÃcies sÃo nativas de regiÃes tropicais e evoluÃram em resposta Ãs condiÃÃes abiÃticas adversas como alta temperatura e luz, seca e salinidade. Neste trabalho, partimos da principal hipÃtese de que plantas jovens de Jatropha curcas e de Ricinus communis possuem respostas anÃlogas de aclimataÃÃo da fotossÃntese e nos mecanismos de fotoproteÃÃo em resposta Ãs condiÃÃes de estresses abiÃticos. Para isso, os principais objetivos deste trabalho foram conhecer, analisar, descrever e discutir as principais respostas da fotossÃntese e os principais mecanismos de fotoproteÃÃo, como a dissipaÃÃo de excesso de energia na forma de calor, fotorrespiraÃÃo, drenos alternativos de elÃtrons e o metabolismo antioxidativo em plantas jovens de pinhÃomanso e mamona submetidas à condiÃÃes de estresses abiÃticos. Este trabalho foi divido em quatro capÃtulos. O capitulo I trata de uma revisÃo de literatura e estado da arte dos principais tÃpicos abordados ao longo do estudo. O capÃtulo II, na forma de artigo, teve como objetivo principal conhecer e discutir as principais respostas das trocas gasosas e fotoquÃmica dessas duas espÃcies em resposta a variaÃÃes nas condiÃÃes ambientais como o aumento de luz, concentraÃÃo interna de CO2, dÃficit de pressÃo de vapor (DPV), temperatura foliar e ao longo de um dia tÃpico em condiÃÃes de uma regiÃo semiÃrida. Foi claramente demonstrado nesse estudo que plantas de R. communis, quando bem hidratadas, possuem uma maior eficiÃncia fotossintÃtica, dada principalmente pela sua alta taxa de transpiraÃÃo e condutÃncia estomÃtica em comparaÃÃo a plantas jovens de J. curcas. No entanto, em condiÃÃo de seca, seja por suspenÃÃo de rega ou alto dÃficit de pressÃo de vapor, plantas jovens de J. curcas se mostraram mais eficientes na assimilaÃÃo de CO2 quando comparadas com R. communis. Os dados demonstraram ainda que as duas espÃcies estudadas possuem diferentes respostas aclimatativas da fotossÃntese sob condiÃÃes estressantes ou Ãtimas durante a fase inicial de crescimento. O capÃtulo III teve como objetivo demonstrar as diferenÃas nas principais respostas aclimatativas dessas duas espÃcies em condiÃÃo de seca e sua relaÃÃo com a tolerÃncia a esse estresse entre as duas espÃcies estudadas. Foi demonstrado que ambas as espÃcies apresentaram limitaÃÃes estomÃticas e metabÃlicas da fotossÃntese em condiÃÃo de seca, e que essas duas espÃcies apresentam diferentes respostas em termos de dissipaÃÃo de excesso de energia e drenos alternativos de elÃtrons para aliviar a produÃÃo de espÃcies reativas do oxigÃnio no cloroplasto, prevenindo a foto-oxidaÃÃo. As plantas de mamona sÃo mais sensÃveis à seca do que plantas jovens de pinhÃo manso. AlÃm disso, o quenching nÃo fotoquÃmico (NPQ) à um importante mecanismo para a tolerÃncia à seca de J. curcas enquanto que R. communis por nÃo possuir um NPQ tÃo eficiente necessita investir em outros drenos alternativos de elÃtrons para dissipar o excesso de energia. No quarto e Ãltimo capÃtulo, foram avaliadas as respostas aclimatativas da fotossÃntese de plantas jovens de pinhÃo manso e de mamona submetidas ao estresse salino. O tratamento salino imposto aumentou o dano de membrana apenas em folhas de pinhÃo-manso. O conteÃdo de osmÃlitos orgÃnicos compatÃveis aumentou em ambas as espÃcies expostas à salinidade. Plantas de mamona apresentaram, principalmente, restriÃÃes estomÃticas da fotossÃntese, devido à reduÃÃo na pressÃo parcial interna de CO2 (Ci) e por nÃo apresentar reduÃÃo na atividade de Rubisco. No entanto, plantas de pinhÃo-manso expostas à salinidade apresentaram restriÃÃes estomÃticas e metabÃlicas na fotossÃntese, demonstrado pelo aumento do Ci e restriÃÃo na atividade de Rubisco. Plantas de mamona expostas à salinidade apresentaram maior assimilaÃÃo de nitrato e maior fotorrespiraÃÃo, comparada com plantas de pinhÃo-manso sob condiÃÃo de estresse salino. No entanto, o pinhÃo-manso apresentou maior dissipaÃÃo e excesso de energia na forma de calor (NPQ). Como conclusÃo, nossos dados sugerem que as duas espÃcies estudadas empregam diferentes mecanismos para dissipar o excesso de energia na cadeia transportadora de elÃtrons (CTE) do cloroplasto, prevenindo a fotoinibiÃÃo e danos foto-oxidativos.Plants of Jatropha curcas and Ricinus communis have been exploited for agronomic production of biofuels, especially in hot and dry regions of semiarid at northeastern Brazil. These species are native to tropical and evolved in response to adverse abiotic conditions such as high temperature, drought, salinity and light. In this work, we start with the main hypothesis that saplings of Jatropha curcas and Ricinus communis have analogous mechanisms of acclimation of photosynthesis and photoprotection in response to abiotic stress conditions. For this, the main objectives of this work were to analyze, describe and discuss responses of photosynthesis and important photoprotection mechanisms such as dissipation of excess energy as heat, photorespiration, alternative electron sinks and antioxidant metabolism in young plants of physic nut and castor bean subjected to abiotic stress conditions. This work was divided into four chapters. The chapter I is a review of the literature and state of art of the main topics covered throughout the study. Chapter II, in the form of paper, aimed to meet and discuss the main responses of gas exchange and photochemistry of these two species in response to changes in environmental conditions such as increased lighting, internal CO2 concentration, vapor pressure deficit, leaf temperature and over a typical day in terms of a semiarid region. It has been clearly demonstrated in this experiment that R. communis plants, when well hydrated, have a higher photosynthetic efficiency given mainly by its high transpiration rate and stomatal conductance compared to young plants of J. curcas. However, in dry condition, by watering suspension or high DPV, J. curcas young plants are more efficient in CO2assimilation compared with R. communis. The data showed that the two species have different responses of photosynthesis under optimal or stressful conditions during the early growth stages. Chapter III aimed to demonstrate the differences in the main responses of these two species under drought conditions and its relation to stress tolerance between the two studied species. It has been shown that both species showed stomatal and metabolic limitations of photosynthesis under drought conditions. And that these two species showed different responses in terms of excess energy dissipation and alternative electron sinks of CTE to alleviate the chloroplast ROS production, preventing photo-oxidation. In addition, it has been shown that castor bean plants are more sensitive to drought than J. curcas. Moreover, the NPQ is an important mechanism for drought tolerance of J. curcas whereas R. communis for not having a so efficient NPQ need to invest in other alternative electron sinks to dissipate the excess energy. In the fourth and final chapter, we evaluated the responses of photosynthesis of J. curcas and R. commnuis young plants exposed to salt stress. The salt treatment increased membrane damage only in leaves of J. curcas. The content of organic compatible osmolytes increased in both species exposed to salinity. Castor bean plants had mainly stomatal limitations of photosynthesis due to fall in Ci and by the maintaining in Rubisco activity. However, J. curcas plants exposed to salinity showed stomatal and metabolic restrictions on photosynthesis, demonstrated by the increase in Ci and a drop in Rubisco activity. Castor bean plants exposed to salinity showed higher nitrate assimilation and photorespiration, compared with J. curcas plants under salt stress condition. However, J. curcas had higher dissipation and excess energy as heat (NPQ). In conclusion, our data suggest that both species employ different mechanisms to dissipate excess energy in the CTE of the chloroplast, preventing photoinhibition and photo-oxidative damage.Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=9494application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:22:35Zmail@mail.com -
dc.title.pt.fl_str_mv Mamona e pinhÃo-manso apresentam mecanismos contrastantes na eficiÃncia fotossintÃtica em condiÃÃes de estresses abiÃticos
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Castor and jatropha contrasting mechanisms present in photosynthetic efficiency under conditions of abiotic stress
title Mamona e pinhÃo-manso apresentam mecanismos contrastantes na eficiÃncia fotossintÃtica em condiÃÃes de estresses abiÃticos
spellingShingle Mamona e pinhÃo-manso apresentam mecanismos contrastantes na eficiÃncia fotossintÃtica em condiÃÃes de estresses abiÃticos
Milton Costa Lima Neto
fotoproteÃÃo
fotoquÃmica
Jatropha curcas
Ricinus communis
salinidade
seca
trocas gasosas
drought
gas exchange
Jatropha curcas
photochemistry
photoprotection
Ricinus communis
salinity
BIOQUIMICA
title_short Mamona e pinhÃo-manso apresentam mecanismos contrastantes na eficiÃncia fotossintÃtica em condiÃÃes de estresses abiÃticos
title_full Mamona e pinhÃo-manso apresentam mecanismos contrastantes na eficiÃncia fotossintÃtica em condiÃÃes de estresses abiÃticos
title_fullStr Mamona e pinhÃo-manso apresentam mecanismos contrastantes na eficiÃncia fotossintÃtica em condiÃÃes de estresses abiÃticos
title_full_unstemmed Mamona e pinhÃo-manso apresentam mecanismos contrastantes na eficiÃncia fotossintÃtica em condiÃÃes de estresses abiÃticos
title_sort Mamona e pinhÃo-manso apresentam mecanismos contrastantes na eficiÃncia fotossintÃtica em condiÃÃes de estresses abiÃticos
author Milton Costa Lima Neto
author_facet Milton Costa Lima Neto
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Joaquim AlbenÃsio Gomes da Silveira
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 03258009287
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6073841207993010
dc.contributor.referee1.fl_str_mv EnÃas Gomes Filho
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv 04690478368
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3716378739140249
dc.contributor.referee2.fl_str_mv SÃrgio Luiz Ferreira da Silva
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv 70981027334
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0173411400092352
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Josemir Moura Maia
dc.contributor.referee3ID.fl_str_mv 78686547320
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5385801263390593
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Ricardo Ferraz de Oliveira
dc.contributor.referee4ID.fl_str_mv 06760824830
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1687290480943861
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 02243594447
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9490725972865670
dc.contributor.author.fl_str_mv Milton Costa Lima Neto
contributor_str_mv Joaquim AlbenÃsio Gomes da Silveira
EnÃas Gomes Filho
SÃrgio Luiz Ferreira da Silva
Josemir Moura Maia
Ricardo Ferraz de Oliveira
dc.subject.por.fl_str_mv fotoproteÃÃo
fotoquÃmica
Jatropha curcas
Ricinus communis
salinidade
seca
trocas gasosas
topic fotoproteÃÃo
fotoquÃmica
Jatropha curcas
Ricinus communis
salinidade
seca
trocas gasosas
drought
gas exchange
Jatropha curcas
photochemistry
photoprotection
Ricinus communis
salinity
BIOQUIMICA
dc.subject.eng.fl_str_mv drought
gas exchange
Jatropha curcas
photochemistry
photoprotection
Ricinus communis
salinity
dc.subject.cnpq.fl_str_mv BIOQUIMICA
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv Plantas de pinhÃo-manso (Jatropha curcas) e de mamona (Ricinus communis) tÃm sido exploradas agronomicamente para fins de produÃÃo de biocombustÃveis, principalmente em regiÃes secas e quentes do semiÃrido do nordeste brasileiro. Estas espÃcies sÃo nativas de regiÃes tropicais e evoluÃram em resposta Ãs condiÃÃes abiÃticas adversas como alta temperatura e luz, seca e salinidade. Neste trabalho, partimos da principal hipÃtese de que plantas jovens de Jatropha curcas e de Ricinus communis possuem respostas anÃlogas de aclimataÃÃo da fotossÃntese e nos mecanismos de fotoproteÃÃo em resposta Ãs condiÃÃes de estresses abiÃticos. Para isso, os principais objetivos deste trabalho foram conhecer, analisar, descrever e discutir as principais respostas da fotossÃntese e os principais mecanismos de fotoproteÃÃo, como a dissipaÃÃo de excesso de energia na forma de calor, fotorrespiraÃÃo, drenos alternativos de elÃtrons e o metabolismo antioxidativo em plantas jovens de pinhÃomanso e mamona submetidas à condiÃÃes de estresses abiÃticos. Este trabalho foi divido em quatro capÃtulos. O capitulo I trata de uma revisÃo de literatura e estado da arte dos principais tÃpicos abordados ao longo do estudo. O capÃtulo II, na forma de artigo, teve como objetivo principal conhecer e discutir as principais respostas das trocas gasosas e fotoquÃmica dessas duas espÃcies em resposta a variaÃÃes nas condiÃÃes ambientais como o aumento de luz, concentraÃÃo interna de CO2, dÃficit de pressÃo de vapor (DPV), temperatura foliar e ao longo de um dia tÃpico em condiÃÃes de uma regiÃo semiÃrida. Foi claramente demonstrado nesse estudo que plantas de R. communis, quando bem hidratadas, possuem uma maior eficiÃncia fotossintÃtica, dada principalmente pela sua alta taxa de transpiraÃÃo e condutÃncia estomÃtica em comparaÃÃo a plantas jovens de J. curcas. No entanto, em condiÃÃo de seca, seja por suspenÃÃo de rega ou alto dÃficit de pressÃo de vapor, plantas jovens de J. curcas se mostraram mais eficientes na assimilaÃÃo de CO2 quando comparadas com R. communis. Os dados demonstraram ainda que as duas espÃcies estudadas possuem diferentes respostas aclimatativas da fotossÃntese sob condiÃÃes estressantes ou Ãtimas durante a fase inicial de crescimento. O capÃtulo III teve como objetivo demonstrar as diferenÃas nas principais respostas aclimatativas dessas duas espÃcies em condiÃÃo de seca e sua relaÃÃo com a tolerÃncia a esse estresse entre as duas espÃcies estudadas. Foi demonstrado que ambas as espÃcies apresentaram limitaÃÃes estomÃticas e metabÃlicas da fotossÃntese em condiÃÃo de seca, e que essas duas espÃcies apresentam diferentes respostas em termos de dissipaÃÃo de excesso de energia e drenos alternativos de elÃtrons para aliviar a produÃÃo de espÃcies reativas do oxigÃnio no cloroplasto, prevenindo a foto-oxidaÃÃo. As plantas de mamona sÃo mais sensÃveis à seca do que plantas jovens de pinhÃo manso. AlÃm disso, o quenching nÃo fotoquÃmico (NPQ) à um importante mecanismo para a tolerÃncia à seca de J. curcas enquanto que R. communis por nÃo possuir um NPQ tÃo eficiente necessita investir em outros drenos alternativos de elÃtrons para dissipar o excesso de energia. No quarto e Ãltimo capÃtulo, foram avaliadas as respostas aclimatativas da fotossÃntese de plantas jovens de pinhÃo manso e de mamona submetidas ao estresse salino. O tratamento salino imposto aumentou o dano de membrana apenas em folhas de pinhÃo-manso. O conteÃdo de osmÃlitos orgÃnicos compatÃveis aumentou em ambas as espÃcies expostas à salinidade. Plantas de mamona apresentaram, principalmente, restriÃÃes estomÃticas da fotossÃntese, devido à reduÃÃo na pressÃo parcial interna de CO2 (Ci) e por nÃo apresentar reduÃÃo na atividade de Rubisco. No entanto, plantas de pinhÃo-manso expostas à salinidade apresentaram restriÃÃes estomÃticas e metabÃlicas na fotossÃntese, demonstrado pelo aumento do Ci e restriÃÃo na atividade de Rubisco. Plantas de mamona expostas à salinidade apresentaram maior assimilaÃÃo de nitrato e maior fotorrespiraÃÃo, comparada com plantas de pinhÃo-manso sob condiÃÃo de estresse salino. No entanto, o pinhÃo-manso apresentou maior dissipaÃÃo e excesso de energia na forma de calor (NPQ). Como conclusÃo, nossos dados sugerem que as duas espÃcies estudadas empregam diferentes mecanismos para dissipar o excesso de energia na cadeia transportadora de elÃtrons (CTE) do cloroplasto, prevenindo a fotoinibiÃÃo e danos foto-oxidativos.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv Plants of Jatropha curcas and Ricinus communis have been exploited for agronomic production of biofuels, especially in hot and dry regions of semiarid at northeastern Brazil. These species are native to tropical and evolved in response to adverse abiotic conditions such as high temperature, drought, salinity and light. In this work, we start with the main hypothesis that saplings of Jatropha curcas and Ricinus communis have analogous mechanisms of acclimation of photosynthesis and photoprotection in response to abiotic stress conditions. For this, the main objectives of this work were to analyze, describe and discuss responses of photosynthesis and important photoprotection mechanisms such as dissipation of excess energy as heat, photorespiration, alternative electron sinks and antioxidant metabolism in young plants of physic nut and castor bean subjected to abiotic stress conditions. This work was divided into four chapters. The chapter I is a review of the literature and state of art of the main topics covered throughout the study. Chapter II, in the form of paper, aimed to meet and discuss the main responses of gas exchange and photochemistry of these two species in response to changes in environmental conditions such as increased lighting, internal CO2 concentration, vapor pressure deficit, leaf temperature and over a typical day in terms of a semiarid region. It has been clearly demonstrated in this experiment that R. communis plants, when well hydrated, have a higher photosynthetic efficiency given mainly by its high transpiration rate and stomatal conductance compared to young plants of J. curcas. However, in dry condition, by watering suspension or high DPV, J. curcas young plants are more efficient in CO2assimilation compared with R. communis. The data showed that the two species have different responses of photosynthesis under optimal or stressful conditions during the early growth stages. Chapter III aimed to demonstrate the differences in the main responses of these two species under drought conditions and its relation to stress tolerance between the two studied species. It has been shown that both species showed stomatal and metabolic limitations of photosynthesis under drought conditions. And that these two species showed different responses in terms of excess energy dissipation and alternative electron sinks of CTE to alleviate the chloroplast ROS production, preventing photo-oxidation. In addition, it has been shown that castor bean plants are more sensitive to drought than J. curcas. Moreover, the NPQ is an important mechanism for drought tolerance of J. curcas whereas R. communis for not having a so efficient NPQ need to invest in other alternative electron sinks to dissipate the excess energy. In the fourth and final chapter, we evaluated the responses of photosynthesis of J. curcas and R. commnuis young plants exposed to salt stress. The salt treatment increased membrane damage only in leaves of J. curcas. The content of organic compatible osmolytes increased in both species exposed to salinity. Castor bean plants had mainly stomatal limitations of photosynthesis due to fall in Ci and by the maintaining in Rubisco activity. However, J. curcas plants exposed to salinity showed stomatal and metabolic restrictions on photosynthesis, demonstrated by the increase in Ci and a drop in Rubisco activity. Castor bean plants exposed to salinity showed higher nitrate assimilation and photorespiration, compared with J. curcas plants under salt stress condition. However, J. curcas had higher dissipation and excess energy as heat (NPQ). In conclusion, our data suggest that both species employ different mechanisms to dissipate excess energy in the CTE of the chloroplast, preventing photoinhibition and photo-oxidative damage.
description Plantas de pinhÃo-manso (Jatropha curcas) e de mamona (Ricinus communis) tÃm sido exploradas agronomicamente para fins de produÃÃo de biocombustÃveis, principalmente em regiÃes secas e quentes do semiÃrido do nordeste brasileiro. Estas espÃcies sÃo nativas de regiÃes tropicais e evoluÃram em resposta Ãs condiÃÃes abiÃticas adversas como alta temperatura e luz, seca e salinidade. Neste trabalho, partimos da principal hipÃtese de que plantas jovens de Jatropha curcas e de Ricinus communis possuem respostas anÃlogas de aclimataÃÃo da fotossÃntese e nos mecanismos de fotoproteÃÃo em resposta Ãs condiÃÃes de estresses abiÃticos. Para isso, os principais objetivos deste trabalho foram conhecer, analisar, descrever e discutir as principais respostas da fotossÃntese e os principais mecanismos de fotoproteÃÃo, como a dissipaÃÃo de excesso de energia na forma de calor, fotorrespiraÃÃo, drenos alternativos de elÃtrons e o metabolismo antioxidativo em plantas jovens de pinhÃomanso e mamona submetidas à condiÃÃes de estresses abiÃticos. Este trabalho foi divido em quatro capÃtulos. O capitulo I trata de uma revisÃo de literatura e estado da arte dos principais tÃpicos abordados ao longo do estudo. O capÃtulo II, na forma de artigo, teve como objetivo principal conhecer e discutir as principais respostas das trocas gasosas e fotoquÃmica dessas duas espÃcies em resposta a variaÃÃes nas condiÃÃes ambientais como o aumento de luz, concentraÃÃo interna de CO2, dÃficit de pressÃo de vapor (DPV), temperatura foliar e ao longo de um dia tÃpico em condiÃÃes de uma regiÃo semiÃrida. Foi claramente demonstrado nesse estudo que plantas de R. communis, quando bem hidratadas, possuem uma maior eficiÃncia fotossintÃtica, dada principalmente pela sua alta taxa de transpiraÃÃo e condutÃncia estomÃtica em comparaÃÃo a plantas jovens de J. curcas. No entanto, em condiÃÃo de seca, seja por suspenÃÃo de rega ou alto dÃficit de pressÃo de vapor, plantas jovens de J. curcas se mostraram mais eficientes na assimilaÃÃo de CO2 quando comparadas com R. communis. Os dados demonstraram ainda que as duas espÃcies estudadas possuem diferentes respostas aclimatativas da fotossÃntese sob condiÃÃes estressantes ou Ãtimas durante a fase inicial de crescimento. O capÃtulo III teve como objetivo demonstrar as diferenÃas nas principais respostas aclimatativas dessas duas espÃcies em condiÃÃo de seca e sua relaÃÃo com a tolerÃncia a esse estresse entre as duas espÃcies estudadas. Foi demonstrado que ambas as espÃcies apresentaram limitaÃÃes estomÃticas e metabÃlicas da fotossÃntese em condiÃÃo de seca, e que essas duas espÃcies apresentam diferentes respostas em termos de dissipaÃÃo de excesso de energia e drenos alternativos de elÃtrons para aliviar a produÃÃo de espÃcies reativas do oxigÃnio no cloroplasto, prevenindo a foto-oxidaÃÃo. As plantas de mamona sÃo mais sensÃveis à seca do que plantas jovens de pinhÃo manso. AlÃm disso, o quenching nÃo fotoquÃmico (NPQ) à um importante mecanismo para a tolerÃncia à seca de J. curcas enquanto que R. communis por nÃo possuir um NPQ tÃo eficiente necessita investir em outros drenos alternativos de elÃtrons para dissipar o excesso de energia. No quarto e Ãltimo capÃtulo, foram avaliadas as respostas aclimatativas da fotossÃntese de plantas jovens de pinhÃo manso e de mamona submetidas ao estresse salino. O tratamento salino imposto aumentou o dano de membrana apenas em folhas de pinhÃo-manso. O conteÃdo de osmÃlitos orgÃnicos compatÃveis aumentou em ambas as espÃcies expostas à salinidade. Plantas de mamona apresentaram, principalmente, restriÃÃes estomÃticas da fotossÃntese, devido à reduÃÃo na pressÃo parcial interna de CO2 (Ci) e por nÃo apresentar reduÃÃo na atividade de Rubisco. No entanto, plantas de pinhÃo-manso expostas à salinidade apresentaram restriÃÃes estomÃticas e metabÃlicas na fotossÃntese, demonstrado pelo aumento do Ci e restriÃÃo na atividade de Rubisco. Plantas de mamona expostas à salinidade apresentaram maior assimilaÃÃo de nitrato e maior fotorrespiraÃÃo, comparada com plantas de pinhÃo-manso sob condiÃÃo de estresse salino. No entanto, o pinhÃo-manso apresentou maior dissipaÃÃo e excesso de energia na forma de calor (NPQ). Como conclusÃo, nossos dados sugerem que as duas espÃcies estudadas empregam diferentes mecanismos para dissipar o excesso de energia na cadeia transportadora de elÃtrons (CTE) do cloroplasto, prevenindo a fotoinibiÃÃo e danos foto-oxidativos.
publishDate 2012
dc.date.issued.fl_str_mv 2012-12-17
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
status_str publishedVersion
format doctoralThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=9494
url http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=9494
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de PÃs-GraduaÃÃo em BioquÃmica
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFC
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname:Universidade Federal do Ceará
instacron:UFC
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará
instacron_str UFC
institution UFC
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1643295171875438592