Variabilidade da RegiÃo ITS-1 do Cluster RibossÃmico Nuclear em PopulaÃÃes de Ostras de TrÃs EstuÃrios da Costa Cearense

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RÃgis Fernandes Vasconcelos
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2717
Resumo: ClassificaÃÃes taxonÃmicas de ostras sÃo problemÃticas, pois estes organismos possuem caracterÃsticas morfolÃgicas pouco informativas. A variabilidade da regiÃo ITS do cluster ibossÃmico tem sido bastante utilizada em estudos filogenÃticos e taxonÃmicos, visto que esta regiÃo apresenta uma variabilidade relativamente elevada e fÃcil amplificaÃÃo por termociclagem. A ostra Crassostrea brasiliana foi, por dÃcadas, confundida com C. rhizophorae, entretanto, estudos recentes indicam que sÃo duas espÃcies biologicamente distintas. Esta pesquisa objetivou analisar a variabilidade da regiÃo ITS-1 de populaÃÃes de ostras C. rhizophorae em trÃs estuÃrios da costa do Estado do Cearà e investigar a presenÃa de uma segunda espÃcie de ostra pertencente ao gÃnero Crassostrea. Exemplares da ostra nativa C. cf. rhizophorae foram coletados nos estuÃrios da costa cearense para anÃlise de variabilidade populacional. Foram coletados tambÃm espÃcimes de C. cf. brasiliana para estudo de filogenia e comparaÃÃo com o primeiro grupo de ostras. ApÃs extraÃÃo de DNA e amplificaÃÃo por PCR da regiÃo ITS-1, seqÃÃncias desta regiÃo foram obtidas para anÃlise filogenÃtica realizada atravÃs dos mÃtodos de neighbour-joining e mÃxima parcimÃnia. SequÃncias de ITS-1 descritas no GenBank para 35 indivÃduos, representando 12 espÃcies de ostras do gÃnero Crassostrea, e mais duas seqÃÃncias de Saccostrea glomerata (grupo externo), foram utilizadas para os alinhamentos com as sequÃncias obtidas na presente pesquisa. A variabilidade intraespecÃfica de C.cf.rhizophorae foi estudada pelo mÃtodo da mÃxima parcimÃnia. SeqÃÃncias inÃditas de ITS-1 completo foram obtidas para C.brasiliana e C.rhizophorae, com 427 e 439 pb, respectivamente. A Ãrvore de neighbour-joining evidenciou a clara separaÃÃo de C.cf.brasiliana e C.cf.rhizophorae em ramos distintos (100%), confirmando a ocorrÃncia de, pelo menos, duas espÃcies de Crassostrea no local de estudo. O estudo sugere a ocorrÃncia de C.brasiliana no Estado do CearÃ. Embora alguns autores tenham considerado C.brasiliana sinÃnimo de C.virginica, em nosso estudo, C.virginica mostrou-se muito mais prÃxima de C.rhizophorae, com forte agrupamento (100%). A Ãrvore de mÃxima parcimÃnia mostrou que as seqÃÃncias de C.cf.brasiliana e C.cf.rhizophorae formaram um grupo monofilÃtico com as demais espÃcies de Crassostrea em 100% das repetiÃÃes. C.cf.brasiliana apresentou-se na base do ramo monofilÃtico de Crassostrea e, portanto, foi o grupo mais prÃximo de S.glomerata. Esta Ãrvore tambÃm mostrou a separaÃÃo dos exemplares de C.cf.brasiliana e C.cf.rhizophorae em ramos distintos (100%), evidenciando o forte sinal filogenÃtico observado na anÃlise. Novamente, C.cf.rhizophorae mostrou-se prÃxima de C.virginica. A anÃlise de mÃxima parcimÃnia para variabilidade intraespecÃfica de C.cf.rhizophorae nos trÃs estuÃrios estudados mostrou a formaÃÃo de 7 diferentes sequÃncias para C.cf.rhizophorae. A ligaÃÃo entre as sequÃncias encontradas sugere a presenÃa de fluxo gÃnico entre as populaÃÃes estudadas e a ocorrÃncia de sequÃncias exclusivas pode indicar a formaÃÃo de populaÃÃes residentes em cada um dos estuÃrios analisados. A regiÃo ITS-1 mostrou-se ideal para estudos de filogenia de ostras e estudos de variabilidade gÃnica populacional. A confirmaÃÃo de uma segunda espÃcie de ostra pertencente ao gÃnero Crassostrea na costa cearense à relevante para uma melhor gestÃo destes recursos, que possuem grande importÃncia ecolÃgica, econÃmica e social para nosso Estado.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisVariabilidade da RegiÃo ITS-1 do Cluster RibossÃmico Nuclear em PopulaÃÃes de Ostras de TrÃs EstuÃrios da Costa CearenseVariability of ITS-1 region of nuclear ribosomal cluster in three populations of oysters from the Coast Estuaries Cearense2009-03-12Rodrigo Maggioni48990817072http://lattes.cnpq.br/759139526760468695907491353http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4753250U5RÃgis Fernandes VasconcelosUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias Marinhas TropicaisUFCBRCrassostrea ITS Filogenia Taxonomia OstrasCrassostrea ITS Phylogeny, Taxonomy, OystersMICROBIOLOGIA APLICADAClassificaÃÃes taxonÃmicas de ostras sÃo problemÃticas, pois estes organismos possuem caracterÃsticas morfolÃgicas pouco informativas. A variabilidade da regiÃo ITS do cluster ibossÃmico tem sido bastante utilizada em estudos filogenÃticos e taxonÃmicos, visto que esta regiÃo apresenta uma variabilidade relativamente elevada e fÃcil amplificaÃÃo por termociclagem. A ostra Crassostrea brasiliana foi, por dÃcadas, confundida com C. rhizophorae, entretanto, estudos recentes indicam que sÃo duas espÃcies biologicamente distintas. Esta pesquisa objetivou analisar a variabilidade da regiÃo ITS-1 de populaÃÃes de ostras C. rhizophorae em trÃs estuÃrios da costa do Estado do Cearà e investigar a presenÃa de uma segunda espÃcie de ostra pertencente ao gÃnero Crassostrea. Exemplares da ostra nativa C. cf. rhizophorae foram coletados nos estuÃrios da costa cearense para anÃlise de variabilidade populacional. Foram coletados tambÃm espÃcimes de C. cf. brasiliana para estudo de filogenia e comparaÃÃo com o primeiro grupo de ostras. 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Embora alguns autores tenham considerado C.brasiliana sinÃnimo de C.virginica, em nosso estudo, C.virginica mostrou-se muito mais prÃxima de C.rhizophorae, com forte agrupamento (100%). A Ãrvore de mÃxima parcimÃnia mostrou que as seqÃÃncias de C.cf.brasiliana e C.cf.rhizophorae formaram um grupo monofilÃtico com as demais espÃcies de Crassostrea em 100% das repetiÃÃes. C.cf.brasiliana apresentou-se na base do ramo monofilÃtico de Crassostrea e, portanto, foi o grupo mais prÃximo de S.glomerata. Esta Ãrvore tambÃm mostrou a separaÃÃo dos exemplares de C.cf.brasiliana e C.cf.rhizophorae em ramos distintos (100%), evidenciando o forte sinal filogenÃtico observado na anÃlise. Novamente, C.cf.rhizophorae mostrou-se prÃxima de C.virginica. A anÃlise de mÃxima parcimÃnia para variabilidade intraespecÃfica de C.cf.rhizophorae nos trÃs estuÃrios estudados mostrou a formaÃÃo de 7 diferentes sequÃncias para C.cf.rhizophorae. A ligaÃÃo entre as sequÃncias encontradas sugere a presenÃa de fluxo gÃnico entre as populaÃÃes estudadas e a ocorrÃncia de sequÃncias exclusivas pode indicar a formaÃÃo de populaÃÃes residentes em cada um dos estuÃrios analisados. A regiÃo ITS-1 mostrou-se ideal para estudos de filogenia de ostras e estudos de variabilidade gÃnica populacional. A confirmaÃÃo de uma segunda espÃcie de ostra pertencente ao gÃnero Crassostrea na costa cearense à relevante para uma melhor gestÃo destes recursos, que possuem grande importÃncia ecolÃgica, econÃmica e social para nosso Estado.Taxonomic classifications of oysters are problematic, because these bodies have little morphological information. The variability of the ITS region of the cluster ibossÃmico has been used in phylogenetic and taxonomic studies, since this region presents a relatively high variability and easy amplification by thermocycling. The oyster Crassostrea brasiliana was, by decades, confused with C. rhizophorae However, recent studies indicate that two biologically distinct species. This study aimed to analyze the variability of ITS-1 region of oyster populations of C. rhizophorae in three estuaries on the coast of Cearà State and investigate the presence of a second species of oysters belonging to the genus Crassostrea. Copies of the native oyster C. cf. rhizophorae were collected in the estuaries of the coast of Cearà for the analysis population ariability. Were also collected specimens of C. cf. brasiliana for study of phylogeny and compared with the first group of oysters. After extraction of DNA and amplification by PCR of the ITS-1 region, this region sequences were obtained for phylogenetic analysis performed by the methods of neighbor-joining and maximum parsimony. ITS-1 sequences described in GenBank for 35 individuals representing 12 species of oysters of the genus Crassostrea and two sequences of Saccostrea glomerata (external group) were used for the alignments with the sequences obtained in this study. The intraspecific variability of C.cf.rhizophorae was studied by the method of maximum parsimony. Unpublished sequences of ITS-1 were obtained for full C.brasiliana and C.rhizophorae with 427 and 439 bp, respectively. The neighbor-joining tree, showed the clear separation of C.cf.brasiliana and C.cf.rhizophorae in separate branches (100%), confirming the occurrence of at least two species of Crassostrea place of study. The study suggests the occurrence of C.brasiliana in the state of CearÃ. Although some authors have considered C.brasiliana synonymous with C.virginica in our study, C.virginica was very close to C.rhizophorae, with a strong group (100%). The tree of maximum parsimony showed that the sequences of C.cf.brasiliana and C.cf.rhizophorae formed a monophyletic group with other species of Crassostrea in 100% of replicates. C.cf.brasiliana presented on the basis of branch of Crassostrea monophyletic and, therefore, was the group nearest S.glomerata. This tree also showed the separation of the copies of C.cf.brasiliana and C.cf.rhizophorae in different branches (100%), showing the strong signal observed in the phylogenetic analysis. Again, C.cf.rhizophorae showed up near C.virginica. The maximum parsimony analysis of intraspecific variability of C.cf.rhizophorae for the three estuaries studied showed the formation of 7 different sequences for C.cf.rhizophorae. The connection between the sequences found suggests the presence of gene flow between populations and the occurrence of unique sequences may indicate the formation of resident populations in each of the estuaries examined. The region ITS-1 proved to be ideal for studies of phylogeny of oysters and studies of population genetic variability. Confirmation of a second species of oysters belonging to the genus Crassostrea in Cearà coast is important for better management of these resources, which have important ecological, economic and social to our state. Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2717application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:15:46Zmail@mail.com -
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description ClassificaÃÃes taxonÃmicas de ostras sÃo problemÃticas, pois estes organismos possuem caracterÃsticas morfolÃgicas pouco informativas. A variabilidade da regiÃo ITS do cluster ibossÃmico tem sido bastante utilizada em estudos filogenÃticos e taxonÃmicos, visto que esta regiÃo apresenta uma variabilidade relativamente elevada e fÃcil amplificaÃÃo por termociclagem. A ostra Crassostrea brasiliana foi, por dÃcadas, confundida com C. rhizophorae, entretanto, estudos recentes indicam que sÃo duas espÃcies biologicamente distintas. Esta pesquisa objetivou analisar a variabilidade da regiÃo ITS-1 de populaÃÃes de ostras C. rhizophorae em trÃs estuÃrios da costa do Estado do Cearà e investigar a presenÃa de uma segunda espÃcie de ostra pertencente ao gÃnero Crassostrea. Exemplares da ostra nativa C. cf. rhizophorae foram coletados nos estuÃrios da costa cearense para anÃlise de variabilidade populacional. Foram coletados tambÃm espÃcimes de C. cf. brasiliana para estudo de filogenia e comparaÃÃo com o primeiro grupo de ostras. ApÃs extraÃÃo de DNA e amplificaÃÃo por PCR da regiÃo ITS-1, seqÃÃncias desta regiÃo foram obtidas para anÃlise filogenÃtica realizada atravÃs dos mÃtodos de neighbour-joining e mÃxima parcimÃnia. SequÃncias de ITS-1 descritas no GenBank para 35 indivÃduos, representando 12 espÃcies de ostras do gÃnero Crassostrea, e mais duas seqÃÃncias de Saccostrea glomerata (grupo externo), foram utilizadas para os alinhamentos com as sequÃncias obtidas na presente pesquisa. A variabilidade intraespecÃfica de C.cf.rhizophorae foi estudada pelo mÃtodo da mÃxima parcimÃnia. SeqÃÃncias inÃditas de ITS-1 completo foram obtidas para C.brasiliana e C.rhizophorae, com 427 e 439 pb, respectivamente. A Ãrvore de neighbour-joining evidenciou a clara separaÃÃo de C.cf.brasiliana e C.cf.rhizophorae em ramos distintos (100%), confirmando a ocorrÃncia de, pelo menos, duas espÃcies de Crassostrea no local de estudo. O estudo sugere a ocorrÃncia de C.brasiliana no Estado do CearÃ. Embora alguns autores tenham considerado C.brasiliana sinÃnimo de C.virginica, em nosso estudo, C.virginica mostrou-se muito mais prÃxima de C.rhizophorae, com forte agrupamento (100%). A Ãrvore de mÃxima parcimÃnia mostrou que as seqÃÃncias de C.cf.brasiliana e C.cf.rhizophorae formaram um grupo monofilÃtico com as demais espÃcies de Crassostrea em 100% das repetiÃÃes. C.cf.brasiliana apresentou-se na base do ramo monofilÃtico de Crassostrea e, portanto, foi o grupo mais prÃximo de S.glomerata. Esta Ãrvore tambÃm mostrou a separaÃÃo dos exemplares de C.cf.brasiliana e C.cf.rhizophorae em ramos distintos (100%), evidenciando o forte sinal filogenÃtico observado na anÃlise. Novamente, C.cf.rhizophorae mostrou-se prÃxima de C.virginica. A anÃlise de mÃxima parcimÃnia para variabilidade intraespecÃfica de C.cf.rhizophorae nos trÃs estuÃrios estudados mostrou a formaÃÃo de 7 diferentes sequÃncias para C.cf.rhizophorae. A ligaÃÃo entre as sequÃncias encontradas sugere a presenÃa de fluxo gÃnico entre as populaÃÃes estudadas e a ocorrÃncia de sequÃncias exclusivas pode indicar a formaÃÃo de populaÃÃes residentes em cada um dos estuÃrios analisados. A regiÃo ITS-1 mostrou-se ideal para estudos de filogenia de ostras e estudos de variabilidade gÃnica populacional. A confirmaÃÃo de uma segunda espÃcie de ostra pertencente ao gÃnero Crassostrea na costa cearense à relevante para uma melhor gestÃo destes recursos, que possuem grande importÃncia ecolÃgica, econÃmica e social para nosso Estado.
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