Estudo da barreira funcional intestinal e concentraÃÃes sÃricas de rifampicina e isoniazida em pacientes com tuberculose multirresistente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Elizabeth Clara Barroso
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3571
Resumo: Baixos nÃveis sangÃÃneos de drogas antituberculose podem ser causa de resistÃncia do Mycobacterium tuberculosis. Este estudo objetivou avaliar a absorÃÃo intestinal transcelular e paracelular e verificar possÃvel repercussÃo nas concentra-ÃÃes sÃricas de de rifampicina (RMP) e isoniazida (INH) em pacientes com tuberculose multirresistente (TBMR). Realizou-se estudo caso-controle no AmbulatÃrio de Tisiologia do Hospital de Messejana, em Fortaleza-CearÃ, entre agosto de 2006 e abril de 2007. TBMR foi definida como o caso de portador de bacilo resistente a pelo menos RMP+INH, de acordo com o teste de sensibilidade realizado pelo mÃtodo das proporÃÃes. Foram formados dois grupos para controle, o dos portadores de tuberculose sensÃvel (TBS) e o dos voluntÃrios sÃos (VS). Realizaram-se exames hematolÃgicos e bioquÃmicos, o teste da lactulose / manitol (L/M) (para avaliar a absorÃÃo intestinal) e coleta de dados clÃnicos e sociais de todos os voluntÃrios. Para a avaliaÃÃo das concentraÃÃes sÃricas foi coletado sangue duas e seis horas apÃs a ingestÃo observada da RMP+INH. A tÃcnica utilizada para a quantificaÃÃo da L e M na urina e dosagem sÃrica de RMP e INH foi a cromatografia lÃquida de alta pressÃo. O total de componentes dos grupos com TBMR, TBS e de sadios foi, respectivamente, 41, 33 e 41, emparelhados por gÃnero e idade. Na anÃlise univariada, encontrou-se mediana / variaÃÃo do percentual de excreÃÃo urinÃria da L e M menor no grupo com TBMR em relaÃÃo aos sadios (p<0,05). Ao se corrigir para a associaÃÃo alcoolismo + tabagismo ou Ãndice de massa corporal (IMC), desapareceu a significÃncia da menor excreÃÃo de lactulose nos portadores de TBMR. ApÃs a anÃlise multivariada, a mÃdiaÂdesvio-padrÃo (dv) do percentual de excreÃÃo urinÃria do M foi menor no grupo com TBMR em relaÃÃo ao grupo de VS (p=0,0291) e em relaÃÃo ao de TBS (p=0,0369). A relaÃÃo L/M foi semelhante entre os grupos (p=0,4747). A concentraÃÃo sÃrica mÃxima de INH (CHX) mÃdiaÂdesvio-padrÃo foi maior no grupo com TBMR (3,82Â1,18) em relaÃÃo ao VS (2,79Â1,19), p<0,01, nÃo havendo diferenÃa entre TBS e VS nem entre TBMR e TBS. ApÃs a anÃlise multivariada, a CHX aumentou no grupo VS (3,07Â0,24), mas continuou a ser maior no grupo com TBMR e, agora, com diferenÃa significante em relaÃÃo apenas à TBS. Houve CHX < 3 Âg/ml em 18,8% (6/32) dos casos e 56,7% (17/30) dos sadios (p<0,05), nÃo havendo diferenÃa entre TBS, 39,3% (11/28) e sadios. ApÃs a anÃlise multivariada, a mediaÂdp da concentraÃÃo sÃrica mÃxima de RMP (CRX) foi menor no grupo com TBMR do que nos sadios (p<0,05) e no grupo com TBS do que nos sadios (p<0,001), nÃo havendo diferenÃa entre TBMR e TBS. Houve (CRX) < 8 Âg/ml em 90,6% (29/32) dos portadores de TBMR e 66,7% (20/30) dos sadios (p<0,05) e em 82,1% (23/28) do grupo com TBS (em relaÃÃo aos sadios, p<0,05). Em conclusÃo, observou-se reduÃÃo na absorÃÃo transcelular intestinal em pacientes com TBMR versus TBS ou sadios, e os dados sugerem significante participaÃÃo do alcoolismo+tabagismo e IMC na reduÃÃo do transporte paracelular em portadores de TBMR. A CRX foi mais baixa em portadores de TBMR e TBS do que em sadios, com altas proporÃÃes de nÃveis subterapÃuticos de RMP e INH nos trÃs grupos, principalmente para CRX, mas, tambÃm preocupante para CHX.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEstudo da barreira funcional intestinal e concentraÃÃes sÃricas de rifampicina e isoniazida em pacientes com tuberculose multirresistenteIntestinal barrier function and bioavailability of rifampin and isoniazid in multidrug-resistant tuberculosis patients in cearà state, northeast-brazil2009-06-09Aldo Ãngelo Moreira Lima09055339334http://lattes.cnpq.br/2153321168945169ValÃria GÃes Ferreira Pinheiro04499620325http://lattes.cnpq.br/7170342727342153Jeovà Keny Baima Colares43025625368http://lattes.cnpq.br/7791998940815454 Marcus Barreto Conde71800620730AfrÃnio Lineu Kritski2995765695308811814391http://lattes.cnpq.br/2203505918226430Elizabeth Clara BarrosoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias MÃdicasUFCBRTuberculose multirresistente ConcentraÃÃo sÃrica de rifampicina, isoniazidaMultidrug-resistant tuberculosis intestinal permeability rifampin and isoniazid bioavailability intestinal malabsorptionMEDICINABaixos nÃveis sangÃÃneos de drogas antituberculose podem ser causa de resistÃncia do Mycobacterium tuberculosis. Este estudo objetivou avaliar a absorÃÃo intestinal transcelular e paracelular e verificar possÃvel repercussÃo nas concentra-ÃÃes sÃricas de de rifampicina (RMP) e isoniazida (INH) em pacientes com tuberculose multirresistente (TBMR). Realizou-se estudo caso-controle no AmbulatÃrio de Tisiologia do Hospital de Messejana, em Fortaleza-CearÃ, entre agosto de 2006 e abril de 2007. TBMR foi definida como o caso de portador de bacilo resistente a pelo menos RMP+INH, de acordo com o teste de sensibilidade realizado pelo mÃtodo das proporÃÃes. Foram formados dois grupos para controle, o dos portadores de tuberculose sensÃvel (TBS) e o dos voluntÃrios sÃos (VS). Realizaram-se exames hematolÃgicos e bioquÃmicos, o teste da lactulose / manitol (L/M) (para avaliar a absorÃÃo intestinal) e coleta de dados clÃnicos e sociais de todos os voluntÃrios. Para a avaliaÃÃo das concentraÃÃes sÃricas foi coletado sangue duas e seis horas apÃs a ingestÃo observada da RMP+INH. A tÃcnica utilizada para a quantificaÃÃo da L e M na urina e dosagem sÃrica de RMP e INH foi a cromatografia lÃquida de alta pressÃo. O total de componentes dos grupos com TBMR, TBS e de sadios foi, respectivamente, 41, 33 e 41, emparelhados por gÃnero e idade. Na anÃlise univariada, encontrou-se mediana / variaÃÃo do percentual de excreÃÃo urinÃria da L e M menor no grupo com TBMR em relaÃÃo aos sadios (p<0,05). Ao se corrigir para a associaÃÃo alcoolismo + tabagismo ou Ãndice de massa corporal (IMC), desapareceu a significÃncia da menor excreÃÃo de lactulose nos portadores de TBMR. ApÃs a anÃlise multivariada, a mÃdiaÂdesvio-padrÃo (dv) do percentual de excreÃÃo urinÃria do M foi menor no grupo com TBMR em relaÃÃo ao grupo de VS (p=0,0291) e em relaÃÃo ao de TBS (p=0,0369). A relaÃÃo L/M foi semelhante entre os grupos (p=0,4747). A concentraÃÃo sÃrica mÃxima de INH (CHX) mÃdiaÂdesvio-padrÃo foi maior no grupo com TBMR (3,82Â1,18) em relaÃÃo ao VS (2,79Â1,19), p<0,01, nÃo havendo diferenÃa entre TBS e VS nem entre TBMR e TBS. ApÃs a anÃlise multivariada, a CHX aumentou no grupo VS (3,07Â0,24), mas continuou a ser maior no grupo com TBMR e, agora, com diferenÃa significante em relaÃÃo apenas à TBS. Houve CHX < 3 Âg/ml em 18,8% (6/32) dos casos e 56,7% (17/30) dos sadios (p<0,05), nÃo havendo diferenÃa entre TBS, 39,3% (11/28) e sadios. ApÃs a anÃlise multivariada, a mediaÂdp da concentraÃÃo sÃrica mÃxima de RMP (CRX) foi menor no grupo com TBMR do que nos sadios (p<0,05) e no grupo com TBS do que nos sadios (p<0,001), nÃo havendo diferenÃa entre TBMR e TBS. Houve (CRX) < 8 Âg/ml em 90,6% (29/32) dos portadores de TBMR e 66,7% (20/30) dos sadios (p<0,05) e em 82,1% (23/28) do grupo com TBS (em relaÃÃo aos sadios, p<0,05). Em conclusÃo, observou-se reduÃÃo na absorÃÃo transcelular intestinal em pacientes com TBMR versus TBS ou sadios, e os dados sugerem significante participaÃÃo do alcoolismo+tabagismo e IMC na reduÃÃo do transporte paracelular em portadores de TBMR. A CRX foi mais baixa em portadores de TBMR e TBS do que em sadios, com altas proporÃÃes de nÃveis subterapÃuticos de RMP e INH nos trÃs grupos, principalmente para CRX, mas, tambÃm preocupante para CHX.Reduced antituberculosis drugs concentrations are associated with Mycobacterium tuberculosis resistance. This study aims to evaluate intestinal permeability and serum concentrations of rifampin (RIF) and isoniazid (INH) in patients with multidrug-resistant tuberculosis (MDR-TB). A case-control was conducted with outpatients who attended Messejanaâs Hospital in Fortaleza-Cearà from August 2006 to April 2007. MDR-TB (case) was defined as resistance to at least RIF+INH according to the susceptibility test by the proportion method. Two control groups were formed. The drug sensible TB (DS-TB) group defined so when the isolate was sensible to RIF, INHH, streptomycin and ethambutol and the healthy control group (HC). The final MDR-TB, DS-TB and health control groups composition was 41, 33 and 41 respectively, matched by sex and age. Biochemical and haematological examinatios, lactulose:mannitol (L/M) test (to access intestinal absorption) were performed as well as social and clinical interview in all volunteers. To access the serum concentrations two blood samples were collect at two and six hours after RIF and INH ingestion in 32 MDR-TB and 28 DS-TB patients and 30 HC. The drug serum concentrations and L/M test in urine were performed by HPLC. After univariate analysis the median/range of the L and M urinary excretion percentage was significantly lower in MDR-TB patients comparing to HC (p<0.05). Adjusting for alcoholism+tabagism association or Body Mass Index (BMI), this difference disappeared for lactulose. After multivariate analysis the mean  standard (sd) deviation M urinary excretion percentage was lower in MDR-TB than in HC (p=0.0291) group or DS-TB (p=0.0369) group. The L:M ratio did not differ between the groups (p=0.4747). The meanÂsd of the INH maximum serum concentration (HCmax) was higher in MDR-TB (3.82Â1.18) than in HC (2.79Â1.19) group, p<0.01 and there was no difference between DS-TB and HC nor between MDR-TB and DS-TB groups. After multivariate analysis the HCmax increased in HC (3.07Â0.24), but, remained to be higher in MDR-TB group, and now, significantly higher only than DS-TB group. There was HCmax < 3 Âg/ml in 18.8% (6/32) of the cases and 56.7% (17/30) of the HC (p<0.05) and no difference between DS-TB (39.3%, 11/28) and HC. After multivariate analysis the meanÂsd RIF maximum serum concentration (RCmax) was lower in MDR-TB than in HC(p,0.05) and in DS-TB than in HC (p<0.001), with no difference between MDR-TB and DS-TB groups. The RCmax was < 8 Âg/ml in 90.6% (29/32) of the cases and 66.7% (20/30) of HC (p<0.05) and in 82.1% (23/28) of the DS-TB patients (comparing to HC, p<0.05). In conclusion there was reduction in transcellular intestinal absorption in MDR-TB versus DS-TB or HC and the data suggest that alcoholism+tabagism association and BMI have an important role in the reduction of paracellular transport in MDR-TB patients. The RCmax was low in MDR-TB and DS-TB patients with high proportions of subtherapeutic levels in theses groups, mainly for RCmax, but also worrying for HCmax. nÃo hÃhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3571application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:16:42Zmail@mail.com -
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Multidrug-resistant tuberculosis
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dc.description.abstract.por.fl_txt_mv Baixos nÃveis sangÃÃneos de drogas antituberculose podem ser causa de resistÃncia do Mycobacterium tuberculosis. Este estudo objetivou avaliar a absorÃÃo intestinal transcelular e paracelular e verificar possÃvel repercussÃo nas concentra-ÃÃes sÃricas de de rifampicina (RMP) e isoniazida (INH) em pacientes com tuberculose multirresistente (TBMR). Realizou-se estudo caso-controle no AmbulatÃrio de Tisiologia do Hospital de Messejana, em Fortaleza-CearÃ, entre agosto de 2006 e abril de 2007. TBMR foi definida como o caso de portador de bacilo resistente a pelo menos RMP+INH, de acordo com o teste de sensibilidade realizado pelo mÃtodo das proporÃÃes. Foram formados dois grupos para controle, o dos portadores de tuberculose sensÃvel (TBS) e o dos voluntÃrios sÃos (VS). Realizaram-se exames hematolÃgicos e bioquÃmicos, o teste da lactulose / manitol (L/M) (para avaliar a absorÃÃo intestinal) e coleta de dados clÃnicos e sociais de todos os voluntÃrios. Para a avaliaÃÃo das concentraÃÃes sÃricas foi coletado sangue duas e seis horas apÃs a ingestÃo observada da RMP+INH. A tÃcnica utilizada para a quantificaÃÃo da L e M na urina e dosagem sÃrica de RMP e INH foi a cromatografia lÃquida de alta pressÃo. O total de componentes dos grupos com TBMR, TBS e de sadios foi, respectivamente, 41, 33 e 41, emparelhados por gÃnero e idade. Na anÃlise univariada, encontrou-se mediana / variaÃÃo do percentual de excreÃÃo urinÃria da L e M menor no grupo com TBMR em relaÃÃo aos sadios (p<0,05). Ao se corrigir para a associaÃÃo alcoolismo + tabagismo ou Ãndice de massa corporal (IMC), desapareceu a significÃncia da menor excreÃÃo de lactulose nos portadores de TBMR. ApÃs a anÃlise multivariada, a mÃdiaÂdesvio-padrÃo (dv) do percentual de excreÃÃo urinÃria do M foi menor no grupo com TBMR em relaÃÃo ao grupo de VS (p=0,0291) e em relaÃÃo ao de TBS (p=0,0369). A relaÃÃo L/M foi semelhante entre os grupos (p=0,4747). A concentraÃÃo sÃrica mÃxima de INH (CHX) mÃdiaÂdesvio-padrÃo foi maior no grupo com TBMR (3,82Â1,18) em relaÃÃo ao VS (2,79Â1,19), p<0,01, nÃo havendo diferenÃa entre TBS e VS nem entre TBMR e TBS. ApÃs a anÃlise multivariada, a CHX aumentou no grupo VS (3,07Â0,24), mas continuou a ser maior no grupo com TBMR e, agora, com diferenÃa significante em relaÃÃo apenas à TBS. Houve CHX < 3 Âg/ml em 18,8% (6/32) dos casos e 56,7% (17/30) dos sadios (p<0,05), nÃo havendo diferenÃa entre TBS, 39,3% (11/28) e sadios. ApÃs a anÃlise multivariada, a mediaÂdp da concentraÃÃo sÃrica mÃxima de RMP (CRX) foi menor no grupo com TBMR do que nos sadios (p<0,05) e no grupo com TBS do que nos sadios (p<0,001), nÃo havendo diferenÃa entre TBMR e TBS. Houve (CRX) < 8 Âg/ml em 90,6% (29/32) dos portadores de TBMR e 66,7% (20/30) dos sadios (p<0,05) e em 82,1% (23/28) do grupo com TBS (em relaÃÃo aos sadios, p<0,05). Em conclusÃo, observou-se reduÃÃo na absorÃÃo transcelular intestinal em pacientes com TBMR versus TBS ou sadios, e os dados sugerem significante participaÃÃo do alcoolismo+tabagismo e IMC na reduÃÃo do transporte paracelular em portadores de TBMR. A CRX foi mais baixa em portadores de TBMR e TBS do que em sadios, com altas proporÃÃes de nÃveis subterapÃuticos de RMP e INH nos trÃs grupos, principalmente para CRX, mas, tambÃm preocupante para CHX.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv Reduced antituberculosis drugs concentrations are associated with Mycobacterium tuberculosis resistance. This study aims to evaluate intestinal permeability and serum concentrations of rifampin (RIF) and isoniazid (INH) in patients with multidrug-resistant tuberculosis (MDR-TB). A case-control was conducted with outpatients who attended Messejanaâs Hospital in Fortaleza-Cearà from August 2006 to April 2007. MDR-TB (case) was defined as resistance to at least RIF+INH according to the susceptibility test by the proportion method. Two control groups were formed. The drug sensible TB (DS-TB) group defined so when the isolate was sensible to RIF, INHH, streptomycin and ethambutol and the healthy control group (HC). The final MDR-TB, DS-TB and health control groups composition was 41, 33 and 41 respectively, matched by sex and age. Biochemical and haematological examinatios, lactulose:mannitol (L/M) test (to access intestinal absorption) were performed as well as social and clinical interview in all volunteers. To access the serum concentrations two blood samples were collect at two and six hours after RIF and INH ingestion in 32 MDR-TB and 28 DS-TB patients and 30 HC. The drug serum concentrations and L/M test in urine were performed by HPLC. After univariate analysis the median/range of the L and M urinary excretion percentage was significantly lower in MDR-TB patients comparing to HC (p<0.05). Adjusting for alcoholism+tabagism association or Body Mass Index (BMI), this difference disappeared for lactulose. After multivariate analysis the mean  standard (sd) deviation M urinary excretion percentage was lower in MDR-TB than in HC (p=0.0291) group or DS-TB (p=0.0369) group. The L:M ratio did not differ between the groups (p=0.4747). The meanÂsd of the INH maximum serum concentration (HCmax) was higher in MDR-TB (3.82Â1.18) than in HC (2.79Â1.19) group, p<0.01 and there was no difference between DS-TB and HC nor between MDR-TB and DS-TB groups. After multivariate analysis the HCmax increased in HC (3.07Â0.24), but, remained to be higher in MDR-TB group, and now, significantly higher only than DS-TB group. There was HCmax < 3 Âg/ml in 18.8% (6/32) of the cases and 56.7% (17/30) of the HC (p<0.05) and no difference between DS-TB (39.3%, 11/28) and HC. After multivariate analysis the meanÂsd RIF maximum serum concentration (RCmax) was lower in MDR-TB than in HC(p,0.05) and in DS-TB than in HC (p<0.001), with no difference between MDR-TB and DS-TB groups. The RCmax was < 8 Âg/ml in 90.6% (29/32) of the cases and 66.7% (20/30) of HC (p<0.05) and in 82.1% (23/28) of the DS-TB patients (comparing to HC, p<0.05). In conclusion there was reduction in transcellular intestinal absorption in MDR-TB versus DS-TB or HC and the data suggest that alcoholism+tabagism association and BMI have an important role in the reduction of paracellular transport in MDR-TB patients. The RCmax was low in MDR-TB and DS-TB patients with high proportions of subtherapeutic levels in theses groups, mainly for RCmax, but also worrying for HCmax.
description Baixos nÃveis sangÃÃneos de drogas antituberculose podem ser causa de resistÃncia do Mycobacterium tuberculosis. Este estudo objetivou avaliar a absorÃÃo intestinal transcelular e paracelular e verificar possÃvel repercussÃo nas concentra-ÃÃes sÃricas de de rifampicina (RMP) e isoniazida (INH) em pacientes com tuberculose multirresistente (TBMR). Realizou-se estudo caso-controle no AmbulatÃrio de Tisiologia do Hospital de Messejana, em Fortaleza-CearÃ, entre agosto de 2006 e abril de 2007. TBMR foi definida como o caso de portador de bacilo resistente a pelo menos RMP+INH, de acordo com o teste de sensibilidade realizado pelo mÃtodo das proporÃÃes. Foram formados dois grupos para controle, o dos portadores de tuberculose sensÃvel (TBS) e o dos voluntÃrios sÃos (VS). Realizaram-se exames hematolÃgicos e bioquÃmicos, o teste da lactulose / manitol (L/M) (para avaliar a absorÃÃo intestinal) e coleta de dados clÃnicos e sociais de todos os voluntÃrios. Para a avaliaÃÃo das concentraÃÃes sÃricas foi coletado sangue duas e seis horas apÃs a ingestÃo observada da RMP+INH. A tÃcnica utilizada para a quantificaÃÃo da L e M na urina e dosagem sÃrica de RMP e INH foi a cromatografia lÃquida de alta pressÃo. O total de componentes dos grupos com TBMR, TBS e de sadios foi, respectivamente, 41, 33 e 41, emparelhados por gÃnero e idade. Na anÃlise univariada, encontrou-se mediana / variaÃÃo do percentual de excreÃÃo urinÃria da L e M menor no grupo com TBMR em relaÃÃo aos sadios (p<0,05). Ao se corrigir para a associaÃÃo alcoolismo + tabagismo ou Ãndice de massa corporal (IMC), desapareceu a significÃncia da menor excreÃÃo de lactulose nos portadores de TBMR. ApÃs a anÃlise multivariada, a mÃdiaÂdesvio-padrÃo (dv) do percentual de excreÃÃo urinÃria do M foi menor no grupo com TBMR em relaÃÃo ao grupo de VS (p=0,0291) e em relaÃÃo ao de TBS (p=0,0369). A relaÃÃo L/M foi semelhante entre os grupos (p=0,4747). A concentraÃÃo sÃrica mÃxima de INH (CHX) mÃdiaÂdesvio-padrÃo foi maior no grupo com TBMR (3,82Â1,18) em relaÃÃo ao VS (2,79Â1,19), p<0,01, nÃo havendo diferenÃa entre TBS e VS nem entre TBMR e TBS. ApÃs a anÃlise multivariada, a CHX aumentou no grupo VS (3,07Â0,24), mas continuou a ser maior no grupo com TBMR e, agora, com diferenÃa significante em relaÃÃo apenas à TBS. Houve CHX < 3 Âg/ml em 18,8% (6/32) dos casos e 56,7% (17/30) dos sadios (p<0,05), nÃo havendo diferenÃa entre TBS, 39,3% (11/28) e sadios. ApÃs a anÃlise multivariada, a mediaÂdp da concentraÃÃo sÃrica mÃxima de RMP (CRX) foi menor no grupo com TBMR do que nos sadios (p<0,05) e no grupo com TBS do que nos sadios (p<0,001), nÃo havendo diferenÃa entre TBMR e TBS. Houve (CRX) < 8 Âg/ml em 90,6% (29/32) dos portadores de TBMR e 66,7% (20/30) dos sadios (p<0,05) e em 82,1% (23/28) do grupo com TBS (em relaÃÃo aos sadios, p<0,05). Em conclusÃo, observou-se reduÃÃo na absorÃÃo transcelular intestinal em pacientes com TBMR versus TBS ou sadios, e os dados sugerem significante participaÃÃo do alcoolismo+tabagismo e IMC na reduÃÃo do transporte paracelular em portadores de TBMR. A CRX foi mais baixa em portadores de TBMR e TBS do que em sadios, com altas proporÃÃes de nÃveis subterapÃuticos de RMP e INH nos trÃs grupos, principalmente para CRX, mas, tambÃm preocupante para CHX.
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