Perfil cognitivo, ritmo e padrÃes do sono em pacientes portadores de esquizofrenia.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: EugÃnio de Moura Campos
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2710
Resumo: A esquizofrenia à uma doenÃa heterogÃnea quanto a caracterÃsticas e gravidade dos sintomas. Diversas alteraÃÃes relacionadas ao sono, com possÃveis efeitos sobre a capacidade funcional, foram descritas. Dentre os poucos estudos que registraram ritmo circadiano na esquizofrenia, alguns sugerem que os indivÃduos com alteraÃÃes de ritmo apresentam menor rendimento em testes neuropsicolÃgicos. Os estudos neuropsicolÃgicos com pacientes esquizofrÃnicos dÃo conta de um comprometimento de diversos tipos de funÃÃes incluindo a memÃria operacional tanto verbal quanto viso-espacial. Muitos desses testes sÃo considerados longos e complicados e a utilidade de cada um deles ainda nÃo està esclarecida. Este trabalho teve por objetivo: avaliar os padrÃes do sono, o cronotipo, o perfil neurocognitivo e as suas relaÃÃes com parÃmetros clÃnicos e funcionais. Trata-se de estudo observacional, transversal, de pacientes com esquizofrenia, em uso de antipsicÃticos convencionais ou de Ãltima geraÃÃo, quanto à capacidade funcional, alteraÃÃes do sono e perfil neurocognitivo. Foram utilizadas medidas para avaliaÃÃo da capacidade de funcionamento (Escala de AvaliaÃÃo Global do Funcionamento â AGF), gravidade das comorbidades (Cumulative Illness Rating Scale â CIRS), qualidade do sono (Ãndice de Qualidade de Sono de Pittsburgh â IQSP), sonolÃncia diurna (Escala de sonolÃncia de Epworth â ESE), cronotipo (QuestionÃrio de Horne e Ãstberg) e uma bateria de testes neurocognitivos incluindo os testes de Stroop, DÃgitos Direto e Indireto, Corsi Direto e Indireto e FluÃncia Verbal (CategÃrico). Foram estudados 82 pacientes (51,2% do sexo masculino) com idade entre 17 e 59 anos (35,2Â10,4) em uso de antipsicÃticos convencionais (N=22), olanzapina (N=30) ou risperidona (N=30). Observou-se mÃ-qualidade do sono (IQSP>5) em 41 (50%) e sonolÃncia excessiva diurna (ESE≥10) em 20 (24,4%) pacientes. A mà qualidade do sono associou-se com o gÃnero feminino (P=0,01). Uma tendÃncia de associaÃÃo entre a capacidade funcional e a qualidade do sono (P=0,07) foi registrada. Observou-se que a pior capacidade funcional associou-se com a idade mais avanÃada, um nÃmero reduzido de anos escolares e maior gravidade das comorbidades. Com relaÃÃo ao cronotipo e considerando o grupo total, 08 pacientes (9,8%) eram do tipo definitivamente vespertino, 39 (47,6%) eram do tipo moderadamente vespertino, 33 (40,2%) eram do tipo indiferente, dois (2,4%) eram moderadamente do tipo matutino e nenhum era definitivamente matutino. Os pacientes mais jovens e do sexo masculino apresentavam uma preferÃncia mais vespertina (F= 6,32; P= 0,01), de forma semelhante à populaÃÃo em geral. Os casos em uso de antipsicÃticos convencionais apresentaram uma tendÃncia para maior preferÃncia vespertina. As comorbidades mais frequentemente relatadas relacionaram-se a queixas osteoarticulares, sintomas psicolÃgicos e alteraÃÃes metabÃlicas. Os testes neurocognitivos apresentaram-se alterados na maioria dos casos, observando-se que a maioria dos pacientes apresentava escores inferiores a 80% dos valores historicamente normais. O teste de Stroop relacionou-se com a AGF apÃs controle para a idade e escolaridade (F= 6,43; P= 0,001). O teste de DÃgitos Indireto relacionou-se com a AGF apÃs controle para o gÃnero, a escolaridade e o tipo de antipsicÃtico (F= 4,76; P= 0,003). O teste de Corsi Direto relacionou-se com a capacidade global de funcionamento apÃs ajuste para o gÃnero (F= 3,68; P= 0,01). O teste de Corsi Indireto relacionou-se com a capacidade global de funcionamento apÃs ajuste para o gÃnero, escolaridade e tipo de tratamento (F=3,03; P= 0,02). Os testes de Stroop e DÃgitos Indireto associaram-se mais fortemente e de forma independente com a capacidade funcional seguidos pelo Teste de Corsi Direto e Indireto. Observou-se uma relaÃÃo entre o sexo feminino e a alteraÃÃo do Teste de Corsi Indireto que avalia memÃria espacial. Em conclusÃo, mà qualidade do sono à comum e associa-se ao sexo feminino. Observa-se uma tendÃncia de associaÃÃo entre a qualidade do sono e a capacidade funcional. No grupo geral, a preferÃncia vespertina foi predominante. Os testes neurocognitivos estavam alterados na maioria dos casos. Os testes de Stroop e DÃgitos Indireto, dois testes de realizaÃÃo rÃpida e fÃcil que avaliam a memÃria operacional, foram os que melhor se associaram com a capacidade funcional.
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Observou-se que a pior capacidade funcional associou-se com a idade mais avanÃada, um nÃmero reduzido de anos escolares e maior gravidade das comorbidades. Com relaÃÃo ao cronotipo e considerando o grupo total, 08 pacientes (9,8%) eram do tipo definitivamente vespertino, 39 (47,6%) eram do tipo moderadamente vespertino, 33 (40,2%) eram do tipo indiferente, dois (2,4%) eram moderadamente do tipo matutino e nenhum era definitivamente matutino. Os pacientes mais jovens e do sexo masculino apresentavam uma preferÃncia mais vespertina (F= 6,32; P= 0,01), de forma semelhante à populaÃÃo em geral. Os casos em uso de antipsicÃticos convencionais apresentaram uma tendÃncia para maior preferÃncia vespertina. As comorbidades mais frequentemente relatadas relacionaram-se a queixas osteoarticulares, sintomas psicolÃgicos e alteraÃÃes metabÃlicas. Os testes neurocognitivos apresentaram-se alterados na maioria dos casos, observando-se que a maioria dos pacientes apresentava escores inferiores a 80% dos valores historicamente normais. O teste de Stroop relacionou-se com a AGF apÃs controle para a idade e escolaridade (F= 6,43; P= 0,001). O teste de DÃgitos Indireto relacionou-se com a AGF apÃs controle para o gÃnero, a escolaridade e o tipo de antipsicÃtico (F= 4,76; P= 0,003). O teste de Corsi Direto relacionou-se com a capacidade global de funcionamento apÃs ajuste para o gÃnero (F= 3,68; P= 0,01). O teste de Corsi Indireto relacionou-se com a capacidade global de funcionamento apÃs ajuste para o gÃnero, escolaridade e tipo de tratamento (F=3,03; P= 0,02). Os testes de Stroop e DÃgitos Indireto associaram-se mais fortemente e de forma independente com a capacidade funcional seguidos pelo Teste de Corsi Direto e Indireto. Observou-se uma relaÃÃo entre o sexo feminino e a alteraÃÃo do Teste de Corsi Indireto que avalia memÃria espacial. Em conclusÃo, mà qualidade do sono à comum e associa-se ao sexo feminino. Observa-se uma tendÃncia de associaÃÃo entre a qualidade do sono e a capacidade funcional. No grupo geral, a preferÃncia vespertina foi predominante. Os testes neurocognitivos estavam alterados na maioria dos casos. Os testes de Stroop e DÃgitos Indireto, dois testes de realizaÃÃo rÃpida e fÃcil que avaliam a memÃria operacional, foram os que melhor se associaram com a capacidade funcional.Clinical characteristics and symptom severity are heterogeneous in schizophrenia making the course and outcome less predictable. Sleep disturbances have been frequently described in association with this illness and may have deleterious effect on functional abilities. A few studies have described circadian changes in schizophrenia and some suggest a relationship between circadian alterations and poor performance after neuropsychological tests. Previously, it has been shown that patients with schizophrenia have impairment of verbal and visual-spatial working memory. However, many of these tests are laborious, complicated and time consuming. The utility of the several available neuropsychological tests in schizophrenia is not yet totally clarified. We have aimed to study sleep alterations, morning-evening preference, neurognitive function and their relationship with clinical variables. This is a cross-sectional study of patients with schizophrenia on use of conventional or atypical antipsychotic regarding functional abilities, sleep alterations and cognitive function. Assessment procedures involved the use of the Global Assessment of Functioning (GAF) Scale, Cumulative Illness Rating Scale (CIRS), Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), Epworth Sleepiness Scale (ESS), Horne e Ãstberg questionnaire, and a neuropsychological battery that included the WAIS Digit Span Forward and Backward, Corsi block-tapping task (Forward and Backward), Stroop Color Word Interference Test and the Phonemic Verbal Fluency Test. We studied 82 patients (51.2% male) aged 17 to 59 years (35.2Â10.4). Twenty-two were using conventional antipsychotic, 30 olanzapine and 30 risperidone. Poor sleep quality (PSQI>6) was observed in 41 subjects (50%) and excessive daytime sleepiness (ESE≥10) in 20 (24.4%). Female gender was associated with poor sleep quality (P=0.01). A trend of association between quality of sleep and GAF was observed (P=0.07). Worse disability, as evaluated by GAF, was associated with age, reduced number of school years and greater comorbidity severity. In relation to morning-evening preference, eight patients (9.8%) were definitely evening, 39 (47.6%) were moderately evening 33 (40.2%) were indifferent, 2 (2.4%) were moderately morning and none were definitely morning type. Younger patients and of male gender showed more evening preference (F= 6.32; P= 0.01) similar to previous reports in the literature. Frequent comorbidities were related to osteoarticular complaints, psychological symptoms, and metabolic alterations. Neuropsychological tests were altered in the vast majority of patients with values below 80% of historical normal values. The Stroop test was associated with GAF after controlling for age and school years (F= 6.43; P= 0.001). The Digit Span Backward was associated with GAF after controlling for gender, school years and type of antipsychotic (F= 4.76; P= 0.003). The Corsi block-tapping task Forward was associated with GAF after controlling for gender (F= 3.68; P= 0.01). The Corsi block-tapping task Backward was associated with GAF after controlling for gender, number of school years and type of antipsychotic (F=3.03; P= 0.02). The Stroop and Digit Span Backward were best associated with functional ability followed by the Corsi block-tapping task (Forward and Backward). A correlation between female gender and visual-spatial memory as evaluated by the Corsi Block-tapping Task Backward was observed. In conclusion, poor sleep quality is common and more present in women with schizophrenia. A trend between poor sleep quality and functional disability was observed. In general, an evening preference was predominant. Neurocognitive tests were altered in the majority of cases. The Stroop and Digit Span Indirect, two quick and easy to perform tests that evaluate working memory, were those that presented the greater association with global functional abilityhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2710application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:15:46Zmail@mail.com -
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EugÃnio de Moura Campos
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dc.description.abstract.por.fl_txt_mv A esquizofrenia à uma doenÃa heterogÃnea quanto a caracterÃsticas e gravidade dos sintomas. Diversas alteraÃÃes relacionadas ao sono, com possÃveis efeitos sobre a capacidade funcional, foram descritas. Dentre os poucos estudos que registraram ritmo circadiano na esquizofrenia, alguns sugerem que os indivÃduos com alteraÃÃes de ritmo apresentam menor rendimento em testes neuropsicolÃgicos. Os estudos neuropsicolÃgicos com pacientes esquizofrÃnicos dÃo conta de um comprometimento de diversos tipos de funÃÃes incluindo a memÃria operacional tanto verbal quanto viso-espacial. Muitos desses testes sÃo considerados longos e complicados e a utilidade de cada um deles ainda nÃo està esclarecida. Este trabalho teve por objetivo: avaliar os padrÃes do sono, o cronotipo, o perfil neurocognitivo e as suas relaÃÃes com parÃmetros clÃnicos e funcionais. Trata-se de estudo observacional, transversal, de pacientes com esquizofrenia, em uso de antipsicÃticos convencionais ou de Ãltima geraÃÃo, quanto à capacidade funcional, alteraÃÃes do sono e perfil neurocognitivo. Foram utilizadas medidas para avaliaÃÃo da capacidade de funcionamento (Escala de AvaliaÃÃo Global do Funcionamento â AGF), gravidade das comorbidades (Cumulative Illness Rating Scale â CIRS), qualidade do sono (Ãndice de Qualidade de Sono de Pittsburgh â IQSP), sonolÃncia diurna (Escala de sonolÃncia de Epworth â ESE), cronotipo (QuestionÃrio de Horne e Ãstberg) e uma bateria de testes neurocognitivos incluindo os testes de Stroop, DÃgitos Direto e Indireto, Corsi Direto e Indireto e FluÃncia Verbal (CategÃrico). Foram estudados 82 pacientes (51,2% do sexo masculino) com idade entre 17 e 59 anos (35,2Â10,4) em uso de antipsicÃticos convencionais (N=22), olanzapina (N=30) ou risperidona (N=30). Observou-se mÃ-qualidade do sono (IQSP>5) em 41 (50%) e sonolÃncia excessiva diurna (ESE≥10) em 20 (24,4%) pacientes. A mà qualidade do sono associou-se com o gÃnero feminino (P=0,01). Uma tendÃncia de associaÃÃo entre a capacidade funcional e a qualidade do sono (P=0,07) foi registrada. Observou-se que a pior capacidade funcional associou-se com a idade mais avanÃada, um nÃmero reduzido de anos escolares e maior gravidade das comorbidades. Com relaÃÃo ao cronotipo e considerando o grupo total, 08 pacientes (9,8%) eram do tipo definitivamente vespertino, 39 (47,6%) eram do tipo moderadamente vespertino, 33 (40,2%) eram do tipo indiferente, dois (2,4%) eram moderadamente do tipo matutino e nenhum era definitivamente matutino. Os pacientes mais jovens e do sexo masculino apresentavam uma preferÃncia mais vespertina (F= 6,32; P= 0,01), de forma semelhante à populaÃÃo em geral. Os casos em uso de antipsicÃticos convencionais apresentaram uma tendÃncia para maior preferÃncia vespertina. As comorbidades mais frequentemente relatadas relacionaram-se a queixas osteoarticulares, sintomas psicolÃgicos e alteraÃÃes metabÃlicas. Os testes neurocognitivos apresentaram-se alterados na maioria dos casos, observando-se que a maioria dos pacientes apresentava escores inferiores a 80% dos valores historicamente normais. O teste de Stroop relacionou-se com a AGF apÃs controle para a idade e escolaridade (F= 6,43; P= 0,001). O teste de DÃgitos Indireto relacionou-se com a AGF apÃs controle para o gÃnero, a escolaridade e o tipo de antipsicÃtico (F= 4,76; P= 0,003). O teste de Corsi Direto relacionou-se com a capacidade global de funcionamento apÃs ajuste para o gÃnero (F= 3,68; P= 0,01). O teste de Corsi Indireto relacionou-se com a capacidade global de funcionamento apÃs ajuste para o gÃnero, escolaridade e tipo de tratamento (F=3,03; P= 0,02). Os testes de Stroop e DÃgitos Indireto associaram-se mais fortemente e de forma independente com a capacidade funcional seguidos pelo Teste de Corsi Direto e Indireto. Observou-se uma relaÃÃo entre o sexo feminino e a alteraÃÃo do Teste de Corsi Indireto que avalia memÃria espacial. Em conclusÃo, mà qualidade do sono à comum e associa-se ao sexo feminino. Observa-se uma tendÃncia de associaÃÃo entre a qualidade do sono e a capacidade funcional. No grupo geral, a preferÃncia vespertina foi predominante. Os testes neurocognitivos estavam alterados na maioria dos casos. Os testes de Stroop e DÃgitos Indireto, dois testes de realizaÃÃo rÃpida e fÃcil que avaliam a memÃria operacional, foram os que melhor se associaram com a capacidade funcional.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv Clinical characteristics and symptom severity are heterogeneous in schizophrenia making the course and outcome less predictable. Sleep disturbances have been frequently described in association with this illness and may have deleterious effect on functional abilities. A few studies have described circadian changes in schizophrenia and some suggest a relationship between circadian alterations and poor performance after neuropsychological tests. Previously, it has been shown that patients with schizophrenia have impairment of verbal and visual-spatial working memory. However, many of these tests are laborious, complicated and time consuming. The utility of the several available neuropsychological tests in schizophrenia is not yet totally clarified. We have aimed to study sleep alterations, morning-evening preference, neurognitive function and their relationship with clinical variables. This is a cross-sectional study of patients with schizophrenia on use of conventional or atypical antipsychotic regarding functional abilities, sleep alterations and cognitive function. Assessment procedures involved the use of the Global Assessment of Functioning (GAF) Scale, Cumulative Illness Rating Scale (CIRS), Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), Epworth Sleepiness Scale (ESS), Horne e Ãstberg questionnaire, and a neuropsychological battery that included the WAIS Digit Span Forward and Backward, Corsi block-tapping task (Forward and Backward), Stroop Color Word Interference Test and the Phonemic Verbal Fluency Test. We studied 82 patients (51.2% male) aged 17 to 59 years (35.2Â10.4). Twenty-two were using conventional antipsychotic, 30 olanzapine and 30 risperidone. Poor sleep quality (PSQI>6) was observed in 41 subjects (50%) and excessive daytime sleepiness (ESE≥10) in 20 (24.4%). Female gender was associated with poor sleep quality (P=0.01). A trend of association between quality of sleep and GAF was observed (P=0.07). Worse disability, as evaluated by GAF, was associated with age, reduced number of school years and greater comorbidity severity. In relation to morning-evening preference, eight patients (9.8%) were definitely evening, 39 (47.6%) were moderately evening 33 (40.2%) were indifferent, 2 (2.4%) were moderately morning and none were definitely morning type. Younger patients and of male gender showed more evening preference (F= 6.32; P= 0.01) similar to previous reports in the literature. Frequent comorbidities were related to osteoarticular complaints, psychological symptoms, and metabolic alterations. Neuropsychological tests were altered in the vast majority of patients with values below 80% of historical normal values. The Stroop test was associated with GAF after controlling for age and school years (F= 6.43; P= 0.001). The Digit Span Backward was associated with GAF after controlling for gender, school years and type of antipsychotic (F= 4.76; P= 0.003). The Corsi block-tapping task Forward was associated with GAF after controlling for gender (F= 3.68; P= 0.01). The Corsi block-tapping task Backward was associated with GAF after controlling for gender, number of school years and type of antipsychotic (F=3.03; P= 0.02). The Stroop and Digit Span Backward were best associated with functional ability followed by the Corsi block-tapping task (Forward and Backward). A correlation between female gender and visual-spatial memory as evaluated by the Corsi Block-tapping Task Backward was observed. In conclusion, poor sleep quality is common and more present in women with schizophrenia. A trend between poor sleep quality and functional disability was observed. In general, an evening preference was predominant. Neurocognitive tests were altered in the majority of cases. The Stroop and Digit Span Indirect, two quick and easy to perform tests that evaluate working memory, were those that presented the greater association with global functional ability
description A esquizofrenia à uma doenÃa heterogÃnea quanto a caracterÃsticas e gravidade dos sintomas. Diversas alteraÃÃes relacionadas ao sono, com possÃveis efeitos sobre a capacidade funcional, foram descritas. Dentre os poucos estudos que registraram ritmo circadiano na esquizofrenia, alguns sugerem que os indivÃduos com alteraÃÃes de ritmo apresentam menor rendimento em testes neuropsicolÃgicos. Os estudos neuropsicolÃgicos com pacientes esquizofrÃnicos dÃo conta de um comprometimento de diversos tipos de funÃÃes incluindo a memÃria operacional tanto verbal quanto viso-espacial. Muitos desses testes sÃo considerados longos e complicados e a utilidade de cada um deles ainda nÃo està esclarecida. Este trabalho teve por objetivo: avaliar os padrÃes do sono, o cronotipo, o perfil neurocognitivo e as suas relaÃÃes com parÃmetros clÃnicos e funcionais. Trata-se de estudo observacional, transversal, de pacientes com esquizofrenia, em uso de antipsicÃticos convencionais ou de Ãltima geraÃÃo, quanto à capacidade funcional, alteraÃÃes do sono e perfil neurocognitivo. Foram utilizadas medidas para avaliaÃÃo da capacidade de funcionamento (Escala de AvaliaÃÃo Global do Funcionamento â AGF), gravidade das comorbidades (Cumulative Illness Rating Scale â CIRS), qualidade do sono (Ãndice de Qualidade de Sono de Pittsburgh â IQSP), sonolÃncia diurna (Escala de sonolÃncia de Epworth â ESE), cronotipo (QuestionÃrio de Horne e Ãstberg) e uma bateria de testes neurocognitivos incluindo os testes de Stroop, DÃgitos Direto e Indireto, Corsi Direto e Indireto e FluÃncia Verbal (CategÃrico). Foram estudados 82 pacientes (51,2% do sexo masculino) com idade entre 17 e 59 anos (35,2Â10,4) em uso de antipsicÃticos convencionais (N=22), olanzapina (N=30) ou risperidona (N=30). Observou-se mÃ-qualidade do sono (IQSP>5) em 41 (50%) e sonolÃncia excessiva diurna (ESE≥10) em 20 (24,4%) pacientes. A mà qualidade do sono associou-se com o gÃnero feminino (P=0,01). Uma tendÃncia de associaÃÃo entre a capacidade funcional e a qualidade do sono (P=0,07) foi registrada. Observou-se que a pior capacidade funcional associou-se com a idade mais avanÃada, um nÃmero reduzido de anos escolares e maior gravidade das comorbidades. Com relaÃÃo ao cronotipo e considerando o grupo total, 08 pacientes (9,8%) eram do tipo definitivamente vespertino, 39 (47,6%) eram do tipo moderadamente vespertino, 33 (40,2%) eram do tipo indiferente, dois (2,4%) eram moderadamente do tipo matutino e nenhum era definitivamente matutino. Os pacientes mais jovens e do sexo masculino apresentavam uma preferÃncia mais vespertina (F= 6,32; P= 0,01), de forma semelhante à populaÃÃo em geral. Os casos em uso de antipsicÃticos convencionais apresentaram uma tendÃncia para maior preferÃncia vespertina. As comorbidades mais frequentemente relatadas relacionaram-se a queixas osteoarticulares, sintomas psicolÃgicos e alteraÃÃes metabÃlicas. Os testes neurocognitivos apresentaram-se alterados na maioria dos casos, observando-se que a maioria dos pacientes apresentava escores inferiores a 80% dos valores historicamente normais. O teste de Stroop relacionou-se com a AGF apÃs controle para a idade e escolaridade (F= 6,43; P= 0,001). O teste de DÃgitos Indireto relacionou-se com a AGF apÃs controle para o gÃnero, a escolaridade e o tipo de antipsicÃtico (F= 4,76; P= 0,003). O teste de Corsi Direto relacionou-se com a capacidade global de funcionamento apÃs ajuste para o gÃnero (F= 3,68; P= 0,01). O teste de Corsi Indireto relacionou-se com a capacidade global de funcionamento apÃs ajuste para o gÃnero, escolaridade e tipo de tratamento (F=3,03; P= 0,02). Os testes de Stroop e DÃgitos Indireto associaram-se mais fortemente e de forma independente com a capacidade funcional seguidos pelo Teste de Corsi Direto e Indireto. Observou-se uma relaÃÃo entre o sexo feminino e a alteraÃÃo do Teste de Corsi Indireto que avalia memÃria espacial. Em conclusÃo, mà qualidade do sono à comum e associa-se ao sexo feminino. Observa-se uma tendÃncia de associaÃÃo entre a qualidade do sono e a capacidade funcional. No grupo geral, a preferÃncia vespertina foi predominante. Os testes neurocognitivos estavam alterados na maioria dos casos. Os testes de Stroop e DÃgitos Indireto, dois testes de realizaÃÃo rÃpida e fÃcil que avaliam a memÃria operacional, foram os que melhor se associaram com a capacidade funcional.
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